domingo, 4 de agosto de 2013

Zé Reinaldo admite que pode deixar PSB, mas prega unidade para candidatura de Flávio Dino

O ex-governador Zé Reinaldo Tavares admite que pode deixar o PSB, mas prega unidade em torno da candidatura a governador do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB). O ex-governador diz que “vive-se um momento fantástico em que o sentimento generalizado é de mudança”.

Zé Reinaldo afirma também que “Flávio encarna o avassalador desejo de mudança da maioria do povo maranhense. Ele é um homem preparado para a grande missão que tem pela frente de mudança total na governança e nos seus métodos. O Maranhão anseia por mudar e encontrar o seu destino de ser um grande estado brasileiro e não o produtor de escândalos e de notícias ruins e desalentadoras que é hoje”.

O ex-governador afirma que ainda não decidiu se concorre ao Senado ou à Câmara Federal. “Acredito que para o governo do Estado haverá uma completa união das oposições. Para o Senado pode-se chegar a união desde que o candidato das oposições seja escolhido em consenso por todos os partidos. Se for imposição ou por projeto pessoal poderemos perder esse grande momento e novamente não eleger ninguém para o Senado”, avalia.

A seguir a entrevista.

Jornal Pequeno – Como o senhor avalia o momento político do Maranhão?

Zé Reinaldo Tavares – Vive-se um momento fantástico em que o sentimento generalizado é de mudança. E o mais importante, pela primeira vez permeia todas as camadas sociais e diferentes níveis de renda. Acredito que seja definitivo.

JP – Como analisa o resultado do último IDH dos municípios, no qual três municípios do Estado lideram o lado negativo da lista?

ZRT – Mesmo com a mudança de metodologia feita pelo PNUD que mudou radicalmente a maneira de apuração do IDH, de uma maneira que agora, com o novo método, apareceu um crescimento do IDH em todo o Brasil que chega a mais de 40% e que se houvesse sido mantida a metodologia anterior haveria, na verdade, uma piora no indicador que seria muito ruim para o governo brasileiro. Assim, o Maranhão, embora continue no penúltimo lugar no Brasil, dá a impressão que experimentou um grande crescimento. Pela antiga metodologia teria piorado. Esse assunto precisa de um esclarecimento.

São Luís é a décima quinta entre as capitais e Imperatriz muito bem. Ambas sempre governadas pela oposição há anos. O Maranhão está em penúltimo entre os estados.

JP – O senhor permanece no PSB e o destino do partido? 

ZRT – A princípio permaneço no partido. Tenho recebido o pessoal dos movimentos sociais do partido que está muito preocupado porque não há um interlocutor confiável para tratar do crescimento do partido. O Luciano Leitoa é um dos melhores quadros do partido, mas suas responsabilidades como prefeito de uma cidade grande como Timon não permitem a ele uma presença cotidiana no partido. É preciso resolver essa interlocução e acalmar o partido.

JP – Como avalia o andamento da pré-candidatura do presidente da Embratur, Flávio Dino, a governador?
ZRT – Acho que Flávio encarna o avassalador desejo de mudança da maioria do povo maranhense. Ele é um homem preparado para a grande missão que tem pela frente de mudança total na governança e nos seus métodos. O Maranhão anseia por mudar e encontrar o seu destino de ser um grande estado brasileiro e não o produtor de escândalos e de notícias ruins e desalentadoras que é hoje.

JP – As oposições caminham para a unidade ou mais uma vez vão disputar o governo do Estado e o Senado, dividas?

ZRT – Acredito que para o governo do Estado haverá uma completa união das oposições. Para o Senado pode-se chegar a união desde que o candidato das oposições seja escolhido em consenso por todos os partidos. Se for imposição ou por projeto pessoal poderemos perder esse grande momento e novamente não eleger ninguém para o Senado.

JP – O senhor vai disputar cadeira no Senado ou na Câmara Federal?

ZRT – Ainda não decidi. A escolha do candidato ao senado ainda está envolta em muita nebulosidade política e a Câmara Federal precisa aglutinar a bancada federal para marchar unida nos projetos de grande interesse para o estado. Esse lado me fascina e atrai. De qualquer modo Flávio vai precisar de muito apoio no Congresso para poder governar. E eu pretendo estar lá para ajudar com minha experiência e disposição. Espero então merecer o apoio dos eleitores para ajudar nesse momento importante de mudança no Maranhão.

JP – O senhor acredita que o PSDB terminará se aliando a Flávio Dino ou a Roseana?
ZRT – O PSDB é oposição e pelo conhecimento que tenho do partido e dos seus líderes acredito que o partido estará unido a todos aqueles que querem mudar o Maranhão.

JP – Como o senhor viu a informação de que o senador José Sarney já articula uma aproximação com Aécio Neves, do qual teria ligações históricas?

ZRT –
 O senador José Sarney nunca aposta todas as fichas em um só. Mas resta saber se Aécio quer ter ao seu lado o senador e toda a carga pessoal de rejeição nacional que tem e se ele tem condições de abandonar Lula depois de tudo que este fez por ele. Não acredito que isso possa levar a alguma coisa.

JP – O senhor defende candidatura única das oposições para o Senado, mas o senhor só admite a unidade se for em torno do seu nome?

ZRT – Não, claro que não. O que me incomoda é o processo de escolha que querem impor. Temos grandes condições se nos unirmos de eleger o senador, mas temo que se a escolha for imposta por desejo pessoal que esse constrangimento leve a derrota mais uma vez.

JP – Por que o senhor resolveu apostar na reeleição de Castelo a apoiar a candidatura de Edivaldo Júnior em 2012? O senhor se arrepende da posição?

ZRT – Não tenho do que me arrepender e hoje me dedico a unir a oposição desunida pela eleição. O problema com o PSDB, partido que dispõe de mais tempo na propaganda eleitoral e tem a maior estrutura montada em todo o estado é decorrente dessa divisão eleitoral na disputa pela Prefeitura de São Luís. Essa divisão, muito recorrente no passado, deu muitas vitórias eleitorais ao grupo Sarney nas eleições estaduais. Isso ajudou muito e explica o longo domínio do grupo Sarney no estado. Creio nas vantagens que teríamos se estivéssemos unidos naquele momento. Mas acredito que o prefeito eleito possa fazer um bom trabalho e na atitude e na aceitação do Flávio pelos eleitores para superar tudo e cicatrizar as feridas abertas. Iremos unidos, não tenho dúvidas.

Fonte: Jorge Vieira


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