quinta-feira, 28 de abril de 2016

Ibope: Para 62% dos brasileiros, prioridade deve ser nova eleição

Para a maioria da população brasileira, a melhor saída para a crise política seria a convocação de novas eleições. Pesquisa Ibope feita entre 14 e 18 de abril mostra que 62% dos entrevistados apoiam essa opção.
Na faixa etária entre 16 e 24 anos, o percentual chega a 70%. Foram ouvidas 2.022 pessoas em 142 municípios e a margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Também de acordo com a sondagem, 8% consideram o impeachment da presidente Dilma Rousseff e sua substituição pelo vice Michel Temer seria “a melhor forma de superar a crise política”.
De acordo com as leis brasileiras, só podem ser realizadas novas eleições no caso dos cargos de presidente e vice ficarem vagos. Nessa hipótese, presidente da Câmara, atualmente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), assume o comando do país até o novo pleito.
Até o ano passado, se os cargos ficassem vagos nos dois últimos anos de mandato, seriam convocadas eleições indiretas. Porém, a reforma eleitoral mudou o prazo para os últimos seis meses. A mudança, contudo, pode ser contestada juridicamente.
Outra forma de convocar novas eleições seria por uma emenda à Constituição, hipótese defendida por alguns parlamentares. A opção também provoca controvérsias jurídicas.
As saídas de Dilma e Temer poderiam acontecer se os dois renunciassem, se o Congresso aprovasse o impeachment de cada um - o de Dilma está no Senado e o de Temer parado na Câmara - ou via cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Quatro ações investigam o uso de dinheiro público na campanha de 2014.

Fonte: Brasil Post


Sem Dilma nem Temer: Senadores exigem novas eleições antes do impeachment da presidente


No dia em que a pesquisa Ibope mostrou que 62% dos entrevistados acreditam que a melhor saída para a crise política é a convocação de novas eleições, o discurso pelo novo pleito ganhou força entre setores do Partido dos Trabalhadores e para um grupo de senadores que não se identificam como aliados nem defendem o impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O senador João Capiberibe (PSB-AP) é um dos que acreditam que o impeachment só "interessa os dois grupos que estão se engalfinhando pelo poder, não interessa à sociedade”.

"O que interessa à sociedade – e a voz rouca da rua tem que influenciar este plenário –, o que interessa é a eleição. O povo, o Ibope vem de soltar uma pesquisa em que 62% da população brasileira quer uma nova eleição, porque sabe que nós não temos condições hoje de conduzir esse processo. E entre os jovens, o índice é de 70% dos jovens. Os jovens querem nova eleição. E nós temos que ir ao encontro da voz que vem das ruas.”

A ideia defendida por Capiberibe e outros senadores, como Cristovam Buarque (PPS-DF) e Lídice da Mata (PSB-BA), é convocar o novo pleito para outubro, quando ocorrem as eleições municipais.
Para isso, a Proposta de Emenda à Constituição que tramita para possibilitar as eleições teria que ser aprovada antes da conclusão do processo de impeachment.
Estratégia - O discuso dos senadores vai ao encontro da estratégia que o Partido dos Trabalhadores vem traçando para o momento em que a presidente Dilma for afastada do cargo.
Internamente, a legenda já dá como certo o afastamento da presidente no próximo dia 11, quando o plenário do Senado vota se o processo de impeachment deve ser levado adiante.
A partir deste momento, o vice Michel Temer assume o comando do País e os petistas planejam engrossar o coro, com o argumento de que esta seria uma "saída não golpista".
Há entre os integrantes da legenda o reconhecimento de que, mesmo que a presidente volte ao comando do País, a governabilidade que já era difícil se tornará “impossível”.
O discurso oficial, porém, ainda minimiza a defesa por novas eleições. Ao HuffPost Brasil, o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (AP), disse que a sigla vai defender o mandato da presidente até o último instante.

“Se formos derrotados aqui, uma coisa é certa: vamos para as ruas, vamos fazer uma oposição ferrenha. Claro que novas alternativas serão discutidas.”

Fonte: Brasil Post

Desde 2014, oposição bloqueia quase tudo no Brasil e mídia faz propaganda antigoverno, diz jornal alemão

Para 'Die Zeit', votação na Câmara parecia 'carnaval político': deputados “carregavam colegas que votavam ‘sim’, tiravam selfies e cantavam”

Deputados soltaram confete após realizarem voto na Câmara dos Deputados durante "carnaval político"

Uma reportagem do jornal alemão Die Zeitao repercutir a votação na Câmara dos Deputados do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, comparou a ação a um “carnaval político”. Além disso, disse que a oposição “bloqueia” quase todos os atos da mandatária e apontou a concentração de mídia no país.
"Desde a reeleição da presidente brasileira no final de 2014, a oposição bloqueou quase todas as decisões no parlamento. Os principais meios de comunicação do país fornecem um fogo contínuo de propaganda antigoverno: a maioria pertence a oligarcas influentes com opiniões de direita e padrões jornalísticos relaxados.", afirma a publicação.

Para o Die Zeit, que publicou a reportagem último dia 19/04, no entanto, a “gravidade da situação política” no Brasil foi evidenciada de fato durante a votação pela continuação do processo de impeachment de Dilma no último domingo (17/04). Nesse dia, a publicação ressaltou que os deputados “carregavam colegas que votavam ‘sim’, tiravam selfies e cantavam”, transformando aquela etapa do processo em um “carnaval político”.

Diante desse cenário, o jornal ainda aponta para o baixo índice de aprovação de Dilma. "No parlamento, ninguém quer trabalhar junto com ela, e se acredita que ela deve urgentemente ir embora e que se deve recomeçar".
“E agora?”, questiona o Die Zeit. O veiculo prevê que Dilma, seu partido e seus apoiadores — o que inclui uma parcela da população — tentarão resistir por meios políticos e jurídicos até que o Senado determine se a presidente sofrerá ou não o impeachment. "Caso nada disso dê certo, possivelmente irão tentar um acordo com a oposição para novas eleições", conclui o jornal.
Fonte: Opera Mundi

Dilma revela tristeza por ser vítima de injustiça

Em entrevista exclusiva à âncora da CNN Internacional, Christiane Amanpour, a presidente Dilma Rousseff revelou que se sente injustiçada com o processo de impeachment movido contra ela no Senado; "Eu estou realmente triste, porque eu acho que a pior coisa para qualquer ser humano é ser vítima de injustiça. E eu estou sendo vítima do processo de impeachment atual", afirmou Dilma; ela lembrou que a maioria dos líderes que encabeçaram o impeachment são citados ou respondem por atos de corrupção; "Principalmente o presidente da Câmara [Eduardo Cunha]", lembrou; Dilma lamentou também a possibilidade de não liderar o País na abertura dos Jogos Olímpicos do Rio; "É justo dizer, temos feito um grande esforço para a realização dos Jogos. Eu gostaria muito de participar no processo Olímpico, porque ajudei a construir esse esforço desde o primeiro dia”

A presidente Dilma Rousseff recebeu nessa quarta-feira, 27, a âncora da CNN International Christiane Amanpour, no Palácio do Planalto para uma entrevista exclusiva, onde falou sobre o momento econômico, Jogos Olímpicos, além de analisar sua própria situação política, às vésperas do processo de impeachment caminhar para o Senado.
Ao ser indagada por Amanpour sobre sua baixa popularidade, Dilma explica que impopularidade não é o suficiente para encaminhar um processo de impeachment. "No Brasil, um país com sistema presidencialista, assim como os Estados Unidos, ninguém pode ser levado a um processo de impeachment por impopularidade porque impopularidade é cíclica. Todos os presidentes ou primeiros-ministros da Europa que tiveram taxas de desemprego de 20% teriam que sofrer processo de impeachment porque também tiveram profundas quedas na popularidade", afirmou a presidente à rede americana de notícias.
Diretamente sobre o processo em curso no Congresso, a presidente também se mostrou confiante ao afirmar que "mais do acreditar que irei sobreviver, irei lutar para sobreviver. Não somente pelo meu mandato, mas lutarei porque defendo o princípio democrático que governa a vida política no Brasil".
Amanpour perguntou também como a presidente se sentia, depois de preparar a vinda dos Jogos Olímpicos para o Brasil, não fosse capaz de recebê-los como presidente, na possibilidade de o processo passar pelo Senado. "Se isso acontecer, vou ficar muito triste porque, é justo dizer, temos feito um grande esforço para a realização dos Jogos. Eu gostaria muito de participar no processo Olímpico, porque ajudei a construir esse esforço desde o primeiro dia", resumiu a presidente, que completou: "Mas eu estou realmente triste, um pouco mais triste por outro motivo, porque eu acho que a pior coisa para qualquer ser humano é ser vítima de injustiça. E eu estou sendo vítima do processo de impeachment atual"
A íntegra da entrevista com a Presidente Dilma Rousseff vai ao ar hoje, quinta, 28, às 15h, com exclusividade na CNN International.
Fonte: Brasil 247


Senado elege os 21 membros da comissão que analisará impeachment

Segundo Raimundo Lira, colegiado será instalado em reunião nesta terça. Expectativa é que parecer sobre processo seja votado dia 9 na comissão.


O plenário do Senado elegeu na tarde desta segunda-feira (25), em votação simbólica (sem contagem nominal dos votos), os 21 membros titulares e 20 suplentes da comissão especial que analisará as acusações contra a presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment.
Segundo o senador Raimundo Lira (PMDB-PB), indicado pelo PMDB para presidir o colegiado, a instalação será nesta terça (26), às 10h, com a eleição de presidente e relator. Na previsão de Lira, o parecer pela instauração ou não do processo de impeachment deve ser votado na comissão no dia 9 de maio. No plenário, a votação deve ocorrer por volta do dia 12 de maio.
Nos últimos dias, os partidos indicaram nomes para compor a comissão, de acordo com o tamanho das bancadas. Dos nomes indicados para suplente da comissão, a 21ª vaga ainda depende de indicação do PMDB, que ficou com assento disponível devido à troca feita após o senador Waldir Maranhão (PMDB-PB) desistir da vaga de titular.(veja no fim da reportagem os membros da comissão)
O PMDB, por ter mais senadores, terá 5 integrantes. Os blocos do PSDB e do PT terão 4 cada um.
A eleição ocorre em meio à polêmica sobre quem deverá assumir a relatoria do processo. A indicação de Raimundo Lira para a presidência da comissão foi bem aceita por oposição e governo. Mas o PSDB, que integra o segundo maior bloco do Senado, quer indicar o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria, o que vem sendo contestado por parlamentares governistas.
O tucano ficaria responsável por elaborar parecer pela admissibilidade ou não do processo. Se for instaurado o procedimento de impeachment, Dilma terá que se afastar da Presidência por 180 dias. Também cabe ao relator elaborar parecer final sobre o mérito das acusações, recomendando ou não a cassação do mandato.

PT e PC do B questionam Anastasia para relator  - Parlamentares do PT e do PCdoB questionaram a isenção do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) para ser o relator da comissão. Em uma questão de ordem, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou que Anastasia já tinha manifestado sua opinião favorável ao impeachment. “Há uma clara antecipação de juízo de valor”, argumentou.
A senadora Vanessa Graziottin (PCdoB-AM) também apresentou uma questão de ordem sobre a imparcialidade de Anastasia, mas com base no fato de que ele pertence a um dos partidos que apoiaram o pedido de impeachment. “Paira sobre o PSDB toda a sorte de suspeição. Vê-se com toda clareza as digitais do PSDB no pedido de impeachment da presidente da República”, disse.
Líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB) saiu em defesa de Anastasia e disse que a questão de orde, se tratava de uma “implicância do PT”. “É impossível encontrar alguém mais capacitado neste plenário”, afirmou.
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do partido, também rebateu as questões de ordem e ponderou que Anastasia é “reconhecido como um dos mais capacitados”, além de ser “equilibrado” e “ameno no trato”.
O presidente do Senado entendeu, porém, que as questões de ordem tratavam de um assunto que deveria ser resolvido pela comissão especial. “A questão de ordem não pode ser decidida neste momento pois é da competência da comissão que acabamos de eleger. Competirá apenas a ela (...) responder a essa e a qualquer outra questão de ordem”, explicou Renan.
Candidatura avulsa - Indicado para presidir a comissão, Raimundo Lira afirmou que poderá haver candidatura avulsa para a relatoria, mas defendeu a indicação de Anastasia. “Não posso impedir, mas acredito que o nome que será efetivamente indicado é o do Antônio Anastasia. Ele é professor de direito constitucional, um homem moderado. Acredito que essas pequenas divergências serão superadas”, disse.
Logo no início da sessão desta segunda, senadores governistas também chegaram a apresentar uma questão de ordem para que o processo de impeachment de Dilma, que já tramitou na Câmara, e o do vice-presidente, Michel Temer, sejam analisados conjuntamente pelo Senado.
O pedido, porém, foi negado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que destacou que o pedido para afastar Temer ainda não foi processado pela Câmara.
Trabalhos da comissão - A partir da instalação da comissão especial, prevista para esta terça-feira, o relator terá 10 dias úteis para elaborar um parecer pela admissibilidade ou não do processo de impeachment. O relatório é votado na comissão e, depois, submetido ao plenário. A oposição quer concluir a votação no plenário entre os dias 11 e 15 de maio.
Para que Dilma seja afastada por até 180 dias, basta o voto da maioria – 41 dos 81 senadores. Se isso ocorrer, inicia-se a fase de coleta de provas, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assumirá a condução do processo e Dilma terá direito de apresentar defesa. Para cassar o mandato da presidente, o quórum exigido no plenário é maior – dois terços, ou 54 dos 81 senadores.

Veja os nomes da comissão do impeachment no Senado:

PMDB (5 vagas)
Titulares
- Raimundo Lira (PB)
- Rose de Freitas (ES)
- Simone Tebet (MS)
- Dário Berger (SC)
- Waldemir Moka (MS)
Suplentes
- Hélio José (DF)
- Marta Suplicy (SP)
- Garibaldi Alves (RN)
- João Alberto Souza (MA)
- a definir
Bloco da oposição (PSDB, DEM e PV, 4 vagas)
Titulares
- Aloysio Nunes (PSDB-SP)
- Antônio Anastasia (PSDB-MG)
- Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
- Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Suplentes
- Tasso Jereissati (PSDB-CE)
- Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
- Paulo Bauer (PSDB-SC)
-Davi Alcolumbre (DEM-AP)
Bloco de Apoio ao Governo (PT e PDT, 4 vagas)
Titulares
- Lindbergh Farias (PT-RJ)
- Gleisi Hoffmann (PT-PR)
- José Pimentel (PT-CE)
- Telmário Mota (PDT-RR)
Suplentes
- Humberto Costa (PT-PE)
- Fátima Bezerra (PT-RN)
- Acir Gurgacz (PDT-RO)
- João Capiberibe (PSB-AP)*
*O PT cedeu uma vaga de suplência ao PSB.
Bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC, 2 vagas)
Titulares
- Wellington Fagundes (PR-MT)
- Zezé Perrella (PTB-MG)
Suplentes
- Eduardo Amorim (PSC-SE)
- Magno Malta (PR-ES)
Bloco Democracia Progressista (PP e PSD, 3 vagas)
Titulares
- José Medeiros (PSD-MT)
- Ana Amélia Lemos (PP-RS)
- Gladson Cameli (PP-AC)
Suplentes
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Sérgio Petecão (PSD-AC)
- Wilder Moraes (PP-GO)
Bloco Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede, 3 vagas)
Titulares
- Fernando Bezerra (PSB-PE)
- Romário (PSB-RJ)
- Vanessa Grazziotin (PC do B-AM)
Suplentes
- Roberto Rocha (PSB-MA)
- Randolfe Rodrigues (Rede-AP)
- Cristovam Buarque (PPS-DF)
Fonte: G1


Temer fica preocupado com críticas em suas redes sociais: “golpista”

Vice-presidente pediu ajuda de sua equipe para mudar imagem em descrédito nas redes sociais
Michel Temer, chamado pelo governo de “comandante do golpe” – Foto: EBC
Se a mídia tradicional questiona pouco as manobras do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para chegar ao poder, as redes sociais não perdoam. As críticas a ele são tantas que vêm despertando a preocupação do presidente licenciado do PMDB.
Ao contrário do que ele imaginava, a eventual queda da presidenta Dilma Rousseff não fez dele um ídolo instantâneo. Chamado de “golpista” nas redes sociais, inclusive em sua própria página, Temer pediu ajuda.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o vice pediu ao seus auxiliares que façam um estudo sobre sua popularidade nas redes e planejem uma reação.
Em sua página, praticamente toda postagem recebe algum comentário de opositores, embora também surjam quem o defendam. “O PMDB de Michael Temer acabou com o plano de Dilma e Lula de transformar o Brasil em uma nova Cuba”, disse um deles. Mas outros preferem criticá-lo.  “Temer você mesmo tem que temer. Seu hipócrita”, disse outro.
“Traidor” - O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse nesta segunda-feira (25) que prepara uma plano contra os direitos civis e sociais, caso assuma a Presidência da República. “Traidor de sua colega de chapa, contra a qual conspira abertamente, Temer já anunciou um programa antipopular, de supressão de direitos civis e sociais, de privatizações e de entrega do patrimônio nacional a grupos estrangeiros”, disse em discurso durante seminário promovido pela Aliança Progressista, uma rede internacional de partidos e organizações de esquerda. 
Falcão classificou o processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff de golpe de Estado. “Mas o fato é que vivemos um novo e indigno capítulo da nossa história: após 31 anos de vida democrática, um golpe de Estado busca depor a presidenta Dilma Rousseff, a primeira mulher a governar o Brasil e que foi reeleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos.”
Fonte: Terra

Temer articula apoio de Alckmin ao impeachment

Vice-presidente Michel Temer pode encontrar-se com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PMDB) neste fim de semana em São Paulo; segundo a colunista Mônica Bergamo, Temer deve repetir a ele o que disse a senadores do PSDB em Brasília: em caso de impeachment, buscará um governo de "união nacional"; E não será candidato à reeleição em 2018, deixando o caminho livre para postulantes como o governador paulista; articulação eleva possibilidade de participação do PSDB num eventual governo Temer
O vice-presidente Michel Temer pode encontrar-se com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PMDB) neste fim de semana em São Paulo.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, da Folha, neste sábado, 5, Temer deve repetir a ele o que disse a senadores do PSDB em Brasília: em caso de impeachment, buscará um governo de "união nacional". E não será candidato à reeleição em 2018, deixando o caminho livre para postulantes como o governador paulista.
Em outubro, parlamentares ligados a Temer procuraram Alckmin para dizer a mesma coisa. O governador ouviu –mas seguiu desconfiado.
Fonte: Brasil 247

Câmara aprova golpe parlamentar contra Dilma

Às 23h07 deste domingo, a oposição atingiu o número de 342 votos necessários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, que poderá ser cassada sem ter cometido crime de responsabilidade; líder da minoria, deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) foi quem deu o voto necessário para o golpe, quando eram contabilizados 135 votos contrários; placar final foi de 367 votos a favor e 137 contra; agora, o processo será encaminhado ao Senado, onde será instalada uma comissão especial; se vier a ser aprovada pelo plenário, Dilma, a primeira mulher presidente, será afastada por 180 dias e o vice Michel Temer assumirá a presidência até o julgamento também pelo Senado

Às 23h07 deste domingo, a oposição atingiu o número de 342 votos necessários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, que poderá ser cassada sem ter cometido crime de responsabilidade.
O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), líder da minoria, foi o deputado que deu o voto decisivo, o último necessário para o golpe, quando eram contabilizados 135 votos contrários ao impeachment. O placar final foi de 367 votos a favor e 137 contra, com sete abstenções e duas ausências - Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Clarissa Garotinho (PR-RJ), por motivo de saúde.
Agora, o processo será encaminhado ao Senado, onde será instalada uma comissão especial. Se vier a ser aprovada pelo plenário, Dilma, a primeira mulher presidente, será afastada por 180 dias e o vice Michel Temer assumirá a presidência até o julgamento também pelo Senado.
Leia mais na reportagem da Agência Brasil:
Câmara aprova abertura de impeachment de Dilma; processo segue para o Senado

Iolando Lourenço - O plenário da Câmara dos Deputados aprovou hoje (17) a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A votação ainda não terminou, mas já atingiu os 342 votos favoráveis necessários para dar continuidade ao processo de afastamento da presidenta.
O deputado Bruno Araújo (PSDB-PE) deu o 342º voto pelo andamento do impeachment, que agora será analisado pelo Senado Federal. Trinta e seis deputados ainda não votaram. O quórum no painel eletrônico do plenário da Câmara registra 511 parlamentares presentes na sessão. Até o placar que definiu a abertura do impeachment, 127 deputados votaram "não" e seis se abstiveram. Dois parlamentares não compareceram.
A votação - A sessão de hoje foi aberta às 14h pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Após manifestações do relator da Comissão Especial do Impeachment, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), de líderes partidários e representantes da minoria e do governo, a votação começou por volta de 17h45.
Os deputados foram chamados a votar de acordo com ordem definida no regimento interno da Câmara, da região Norte para a Sul do país. O primeiro a votar foi o deputado Abel Galinha (DEM-RR), que disse "sim" ao impeachment.
A discussão do parecer sobre a abertura de processo de impeachment de Dilma, que antecedeu a sessão de hoje, começou na última sexta-feira (15), durou mais de 43 horas ininterruptas e se tornou a mais longa da história da Câmara dos Deputados.
Histórico - Antes de chegar ao plenário, na Comissão Especial do Impeachment, o relatório de Arantes pela admissibilidade do processo foi aprovado com placar de 38 votos favoráveis e 27 contrários. O pedido de impeachment, assinado pelos juristas Miguel Reale Jr., Janaína Paschoal e Hélio Bicudo, foi recebido por Cunha em dezembro de 2015.
O pedido teve como base o argumento de que Dilma cometeu crime de responsabilidade por causa do atraso nos repasses a bancos públicos para o pagamento de benefícios sociais, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais. Os autores do pedido também citaram a abertura de créditos suplementares ao Orçamento sem autorização do Congresso Nacional como motivo para o afastamento da presidenta.
Collor - Na votação do impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, estiveram presentes 480 dos 503 deputados que compunham a Câmara na época. O placar na ocasião foi de 441 votos favoráveis ao impeachment, 38 contrários. Houve 23 ausências e uma abstenção.
Fonte: Brasil 247

Impeachment avança na Câmara em meio ao caos político e jurídico

No dia da posse de Lula ministro, deputados aprovam comissão, etapa inicial do processo de destituição
Parlamentares protestam pelo impeachment nesta quinta.  Agência Brasil
O destino da presidenta Dilma Rousseff à frente da Presidência do Brasil começou a ser definido nesta quinta-feira. Por 433 votos favoráveis e um contrário, os parlamentares aprovaram a comissão  que terá a missão de avaliar o pedido de impeachment feito contra ela por alegação de improbidade administrativa nas chamadas pedaladas fiscais. A previsão é que os trabalhos da comissão acabem até o próximo dia 15 de abril, quando o parecer, seja ele favorável ou contrário ao impeachment, chegará ao Plenário da Câmara para votação final. Se o impeachment ganhar sinal verde dos deputados, o processo ainda terá que ser aceito no Senado, onde também terá que ser aprovado em vota passar por uma votação para ser aprovado.

A formação da comissão era o primeiro grande teste da nova base de apoio de Rousseff após a nomeação polêmica do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de ministro da Casa Civil.   O que era para trazer certa margem de manobra para o Planalto na Congresso, acabou sendo mais um elemento do tumulto jurídico e das ruas nesta quinta-feira. Oficializada horas antes da votação dos deputados, a nomeação de Lula foi alvo de uma ofensiva legal para barrá-la: ações populares e partidos querem anular a posse para que o petista continue sendo julgado pela Justiça de Curitiba, onde é investigado, e não pelo Supremo Tribunal Federal, como corresponde a ministros. A volta do ex-presidente a Brasília provocou ainda mais um dia de protestos em Brasília e no Rio, turbinados pela divulgação de grampos telefônicos envolvendo o ex-presidente pela Operação Lava Jato.

A comissão é formada por 65 deputados distribuídos de forma proporcional à representação dos partidos da Câmara. O Governo conseguiu garantir que a cota dos partidos aliados na instância não fosse majoritariamente por deputados rebeldes. Os cargos importantes, no entanto, acabaram ficando com parlamentares da ala considerada mais volátil. A avaliação inicial dos governistas é de que a composição será favorável à presidenta, mas, diante da atual crise política, se torna cada vez mais difícil saber de qual lado os parlamentares aliados realmente estão. Segundo um levantamento feito pelo colunista do site UOL, Fernando Rodrigues, há ao menos 31 votos favoráveis ao impeachment entre os 65, e 28 se declaram contrários. PRB, PMB e Rede Sustentabilidade ainda não definiram voto, aponta ele.

Os cargos de comando da comissão, entretanto, não serão controlados por nenhum dos principais defensores de Rousseff. O deputado Rogério Rosso, do PSD do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, será o presidente. Apesar de estar em um partido aliado ao Governo, ele já se rebelou contra Rousseff no Congresso. Em outubro do ano passado, por exemplo, foi um dos líderes responsáveis por esvaziar a sessão plenária que votaria vetos importantes para a presidenta. A relatoria, talvez o cargo mais importante, ficará com Jovair Arantes (PTB), aliado do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. O relatório aprovado pela comissão é relevante no processo porque influenciará a decisão do Plenário. Se for contrário e embasado tecnicamente com argumentos, pode contribuir para constranger os deputados a não acatar o afastamento de Rousseff.

O líder do Governo na Câmara, José Guimarães, afirmou, antes da reunião dos líderes que indicou o presidente e o relator da comissão, que os dois nomes eram indicações da base Governista. Mas ambos os nomes agradam também a oposição. Eles são considerados deputados que transitam bem pelos dois lados. A base aliada sabia que não conseguiria emplacar nomes estritamente fiéis a  Rousseff.
Outro ponto que não é favorável à presidenta é a existência de um oposicionista na primeira vice-presidência. Carlos Sampaio (PSDB) foi indicado para a vaga que pode assumir a presidência da comissão caso Rosso tenha algum impedimento. A segunda vice-presidência é ocupada por Maurício Quintella (PR) e a terceira por Fernando Coelho Filho (PSB). A deputada Jandira Feghali, do PCdoB, reclamou da inclusão desses três nomes e disse que eles não faziam parte do acordo. O partido dela, ao lado do PT, afirmam que entrará no Supremo contra a decisão. PSOL e Rede também reclamaram de que não participaram do acordo.
Votação pacífica - A votação dos nomes que integrariam a comissão foi iniciada na tarde desta quinta-feira sob as regras determinadas pelo Supremo Tribunal Federal. O tribunal havia anulado a votação para a escolha da comissão em dezembro, quando ganhou uma composição não indicada pelos líderes, modalidade estimulada por Eduardo Cunha. Nesta quinta, caso os nomes indicados pelos líderes não fossem aprovados pelo Plenário, eles deveriam indicar novos nomes, que seriam submetidos a uma nova votação. Isso, entretanto, não foi necessário. A votação aconteceu com a concordância de todos os partidos e com poucos confrontos sobre o rito, apesar do clima de gritaria entre os contrários ao Governo, que pediam o impeachment envolvidos em bandeiras do Brasil, e os favoráveis, que os chamavam de golpistas.

O único contratempo da sessão foi protagonizado pelo PMDB. O deputado José Priante, indicado pelo líder Picciani, afirmou no Plenário que não queria fazer parte da comissão e, assim, renunciava sua vaga. Picciani pediu para indicar o nome do deputado Altineu Côrtes, que foi aceito. Mas, quase no final da sessão, Cunha disse que ele não poderia compor a cota do partido, pois sua filiação ao PMDB ainda não estava confirmada oficialmente - ele era do PR e mudou em fevereiro de partido. No lugar dele, foi indicado um parlamentar mais alinhado com Cunha, Leonardo Quintão. Côrtes diz que irá recorrer da decisão.

OS NOMES DA COMISSÃO

PMDB (8 membros)
Leonardo Picciani (RJ), Washington Reis (RJ), Valtenir Pereira (MT), Lúcio Vieira Lima (BA), Osmar Terra (RS), Mauro Mariani (SC), Leonardo Quintão (MG), João Marcelo Souza (MA)
PT (8 menbros)
Henrique Fontana (RS), Wadih Damous (RJ), Paulo Teixeira (SP), Arlindo Chinaglia (SP), Zé Geraldo (PA), Pepe Vargas (RS), José Mentor (SP), Vicente Candido (SP)
PSDB (6 membros)
Bruno Covas (SP), Carlos Sampaio (SP), Jutahy Junior (BA), Nilson Leitão (MT), Paulo Abi-akel (MG), Shéridan (RR)
PP (5 membros)
Aguinaldo Ribeiro (PB), Jerônimo Gorgen (RS), Julio Lopes (RJ), Paulo Maluf (SP), Roberto Brito (BA)
PSB (4 membros)
Fernando Coelho Filho (PE), Tadeu Alencar (PE), Danilo Forte (CE), Bebeto (BA)
PR (4 membros)
Maurício Quintela Lessa (MG), José Rocha (BA), Edio Lopes (RR), Zenaide Maia (RN)
PSD (4 membros)
Rogério Rosso (DF), Júlio Cesar (PI), Paulo Magalhães (BA), Marcos Montes (MG)
DEM (3 membros)
Mendonça Filho (PE), Rodrigo Maia (RJ), Elmar Nascimento (BA)
PTB (3 membros)
Benito Gama (BA), Jovair Arantes (GO), Luiz Carlos Busato (RS)
PRB (2 membros)
Vinicius Carvalho (SP), Jhonathan de Jesus (RR)
PDT (2 membros)
Weverton Rocha (MA), Flávio Nogueira (PI)
SD (2 membros)
Fernando Francischini (PR), Paulo Pereira da Silva (SP)
PSC (2 membros)
Eduardo Bolsonaro (SP), Marco Feliciano (SP)
PROS (2 membros)
Eros Biondini (MG), Ronaldo Fonseca (DF)
PTdoB (1 membro)
Silvio Costa (PE)
PPS (1 membro)
Alex Manente (SP)
PCdoB (1 membro)
Jandira Feghali (RJ)
PSOL (1 membro)
Chico Alencar (RJ)
PTN (1 membro)
Bacelar (BA)
PEN (1 membro)
Júnior Marreca (MA)
PHS (1 membro)
Marcelo Aro (MG)
PV (1 membro)
Evair Melo (ES)
PMB (1 membro)
Weliton Prado (MG)
Rede (1 membro)
Aliel Machado (PR)
Fonte: El País