Deputados Rubens Jr., (PCdoB), Otlelino Neto (PPS) e Bira do Pindaré (PT) |
Deputados de oposição comentaram e criticaram, na manhã desta
terça-feira (13), a postura do secretário Luís Fernando Silva (Infraestrutura)
durante encontro em Santa Rita com o deputado César Pires (DEM), Dr. Muniz, Tim
Ribeiro (prefeito) e Márcio Muniz (presidente da Câmara). Conforme denúncia do
portal "Atual 7", a liberação de R$ 3,5 milhões em convênios com o
município teria sido acertada como forma de promoção do grupo político do
secretário de Infraestrutura.
Para Rubens Júnior, conforme o áudio divulgado, confunde-se o secretário
com o candidato e o público com o privado. O parlamentar considera que se trata
de uma denúncia gravíssima, que tem que ser apurada, mas garante que se
pretendem fazer em 2014 o que fizeram em 2010, o objetivo será frustrado. “O
plano de comprar a eleição de 2014 vai por água abaixo. A 'Bolsa Eleição' foi
desmontada, os convênios fantasmas estão sendo fiscalizados. O governo deve dar
explicações urgentes. Quem estava lá era o secretário ou o candidato?”,
indagou.
Para o deputado Othelino Neto (PPS), está havendo uma utilização
descarada da máquina pública para tentar fazer do escolhido pelo grupo Sarney
um candidato viável na eleição do ano que vem. Ele entende que esse uso
descarado passou a ficar evidente a partir da gravação feita por alguns presentes
da reunião em Santa Rita, onde se fala de forma aberta na utilização de R$ 3,5
milhões, independente de já ter o dito convênio obedecido aos trâmites legais.
“Com essa gravação fica a prova de quais são os métodos que estão sendo
utilizados pelo secretário Luís Fernando para viabilizar sua candidatura”,
disse.
A diferença, conforme Othelino, é que desta vez a oposição está
vigilante e vai denunciar caso a caso todas essas situações. Ele afirmou que
este episódio é grave, mas destacou “a farra de convênios da Secretaria de
Desenvolvimento Social” como indício de que existe uma estratégia para fazer
caixa para futuras campanhas eleitorais.
O deputado Bira do Pindaré (PT) viu no áudio divulgado pelo Atual 7
“uma confusão entre aquilo que é atividade de governo e aquilo que é atividade
do pré-candidato. “E me parece que há outra preocupação que é antecipar os
convênios, uma vez que em 2010, pelo parecer da Procuradoria Geral da República
ficou muito claro o uso de convênios para cooptação de cabos eleitorais. E Isso
nas vésperas da eleição”.
Bira lembrou a assinatura de 670 convênios na véspera da convenção,
no período vedado. Para ele, percebendo a barbeiragem que cometeram em 2010,
eles querem antecipar e utilizar essa forma tradicional de cooptação de cabos
eleitorais.
Suspeita o parlamentar que, exatamente por isso, o candidato Luís
Fernando foi colocado na Secretaria de Infraestrutura, a que faz mais
convênios, porque lá estão o asfaltamento, o calçamento, pontes e outros. Para
o deputado, é preciso que o Maranhão se integre à República brasileira, ao
invés de fazer convênios eleitoreiros e convênios fantasmas. E sugeriu que o
governo do Estado organize seus programas sociais e democratize o acesso dos
municípios a esses programas.
Bira disse que todos os convênios do governo do Estado vão ser
rigorosamente auditados, fiscalizados e vigiados. “Nós não vamos permitir que a
eleição de 2014 seja comprada de maneira antecipada e viciada no seu resultado
e na vontade popular, para que prevaleça a vontade do povo”, finalizou.
Agência Assembleia
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