sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Dilma e Marina empatadas com 34%; Aécio tem 15%

Na pesquisa anterior, divulgada dia 18, Dilma tinha 36% e Marina, 21%. Na simulação de segundo turno, Marina atinge 50% e Dilma, 40%


Pesquisa Datafolha sobre a corrida presidencial, divulgada nesta sexta-feira (29), indica uma situação de empate entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e a ex-senadora Marina Silva, candidata do PSB. Cada uma aparece com 34% das intenções de voto. A seguir, vem o senador Aécio Neves (PSDB), com 15%. Na pesquisa anterior do Datafolha, divulgada no último dia 18, Dilma tinha 36%, Marina, 21% e Aécio, 20%.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a ex-senadora alcançou 50% contra 40% da presidente. Na pesquisa anterior, Marina tinha 47% e Dilma, 43%.
No levantamento desta sexta, Pastor Everaldo (PSC) obteve 2%. Os outros sete candidatos somados têm 1%. Segundo o levantamento, os que disseram votar branco ou nulo são 7%, mesmo percentual dos que não sabem em quem votar.

Veja os números do Datafolha para a pesquisa estimulada (em que uma cartela com a relação dos candidatos é apresentada ao entrevistado):

- Dilma Rousseff (PT): 34%
- Marina Silva (PSB): 34%
- Aécio Neves (PSDB): 15%
- Pastor Everaldo (PSC): 2%
- José Maria (PSTU): 0% *
- Eduardo Jorge (PV): 0% *
- Luciana Genro (PSOL): 0% *
- Rui Costa Pimenta (PCO): 0% *
- Eymael (PSDC): 0% *
- Levy Fidelix (PRTB): 0% *
- Mauro Iasi (PCB): 0% *
- Brancos/nulos/nenhum: 8%
- Não sabe: 9%
(*) Os candidatos indicados com 0% são os que não atingiram 1% das intenções de voto; somados, os sete têm 1%.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pelo jornal "Folha de S.Paulo". O Datafolha fez 2.874 entrevistas em 178 municípios nestas quinta (28) e sexta (29). A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. Isso significa que, se forem realizados 100 levantamentos, em 95 deles os resultados estariam dentro da margem de erro de dois pontos prevista.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00438/2014.

ESPONTÂNEA - Na modalidade espontânea da pesquisa (em que o pesquisador somente pergunta ao entrevistado em quem ele pretende votar, sem apresentar a lista de candidatos), os resultados são os seguintes:

- Dilma Rousseff: 27%
- Marina Silva: 22%
- Aécio Neves: 10%
- Outras respostas: 3%
- Em branco/nulo/nenhum: 3%
- Não sabe: 32%

SEGUNDO TURNO - Nas simulações de segundo turno, o Datafolha avaliou os seguintes cenários:

- Marina Silva: 50%
- Dilma Rousseff: 40%
- Brancos/nulos/nenhum: 7%
- Não sabe: 3%
- Dilma Roussef: 48%
- Aécio Neves: 40%
- Brancos/nulos/nenhum: 9%
- Não sabe: 4%
O Datafolha não realizou simulação de segundo turno entre Marina e Aécio.

REJEIÇÃO - A presidente Dilma tem a maior taxa de rejeição (percentual dos que disseram que não votam em um candidato de jeito nenhum). Nesse item da pesquisa, os entrevistados puderam escolher mais de um nome.

- Dilma Roussef: 35%
- Pastor Everaldo: 23%
- Aécio Neves: 22%
- Zé Maria: 18%
- Eymael: 17%
- Levy Fidelix: 17%
- Rui Costa Pimenta: 16%
- Luciana Genro: 15%
- Marina Silva: 15%
- Eduardo Jorge: 14%
- Mauro Iasi: 14%

AVALIAÇÃO DA PRESIDENTE - A pesquisa mostra que a administração da presidente Dilma Rousseff tem a aprovação de 35% dos entrevistados – no levantamento anterior, eram 38%. O índice se refere aos entrevistados que classificaram o governo como "ótimo" ou "bom".
Os que julgam o governo "ruim" ou "péssimo" eram eram 23% e agora são 26%, segundo o Datafolha. Para 39%, o governo é "regular" – 38% no levantamento anterior.

- Ótimo/bom: 35%
- Regular: 39%
- Ruim/péssimo: 26%
- Não sabe: 1%
A nota média atribuída pelos entrevistados ao governo foi 5,9 – na pesquisa anterior, foi 6,0.

Fonte: G1


Orçamento prevê até 24,8 mil vagas para concursos no Executivo em 2015

Considerando todos poderes, número de vagas sobe para 41,2 mil

O governo pode contratar até 24.867 servidores por concurso público no Executivo no ano que vem para ocupar cargos que já existem e estão vagos ou substituir terceirizados.
Essas possíveis contratações são definidas no Anexo V da proposta de orçamento federal, que foi entregue ao Congresso Nacional nesta quinta-feira (28) pelo governo.
A margem de contratação para o próximo ano é menor que a deste ano, que foi de 47 mil servidores, de acordo com o previsto na proposta de orçamento de 2014, divulgado no ano passado. Nesta quinta-feira, o Ministério do Planejamento informou que este número subiu para 50,4 mil servidores (cargos já existentes e substituição de terceirizados no Poder Executivo).

Estão previstos concursos públicos para várias áreas no Poder Executivo no ano que vem, mas as prioritárias são Educação, Saúde, Segurança Pública, Previdência Social e Econômica, segundo o ministério.
Se todas as vagas forem ocupadas, a despesa no ano que vem será de R$ 1,8 bilhão para o Executivo (incluindo cargos para civis, militares, substituição de terceirizados e militares do GDF).

CIVIS, SUBSTITUIÇÃO DE TERCEIRIZADOS E MILITARES - Entre as contratações por meio de concursos para 2015 no Executivo estão 23.468 cargos vagos já existentes para civis, que poderão ou não ser usados; e outros 1.399 cargos para substituir terceirizados – totalizando os 24.867 cargos que podem ser preenchidos por concursos públicos.
Além dessas, há ainda 7.072 vagas nas Forças Armadas e 2.637 para militares do governo do Distrito Federal. Com isso, há ao todo 34.576 vagas no Executivo, mas nem todas serão preenchidas por meio de concurso.

OUTROS PODERES - Nos Poderes Legislativo e Judiciário, que poderão autorizar as contratações de forma independente, são 4.854 vagas. Para o Ministério Público da União e Conselho Nacional do Ministério Público, estão previstas outras 1.642 e, para a Defensoria Pública da União, mais 172 vagas. Ao todo, portanto, a proposta de orçamento enviada ao Congresso Nacional prevê 41.244 mil vagas - contra 67.777 neste ano.

ANEXO V - O Anexo V é a parte da proposta orçamentária com autorizações específicas de despesas de pessoal e encargos sociais. Os cargos vagos existentes por ano indicam o limite máximo de postos a serem criados com aprovação no Congresso Nacional e de vagas a serem ocupadas no serviço público, boa parte por meio de concurso público.
A quantidade de vagas considera os três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), o Ministério Público da União e o Conselho Nacional do Ministério Público.

O Anexo V é autorizativo, ou seja, apenas indica uma expectativa de criação de cargos e de ocupação de cargos vagos já existentes, que não necessariamente será total.
O Ministério do Planejamento ressalta que, levando em conta as condições econômicas, o governo autoriza os concursos que considera estratégicos para o atendimento de programas e áreas prioritárias ao país e essenciais para o funcionamento da administração pública. O ministério autoriza apenas os concursos do Poder Executivo.

No Anexo V, as vagas que poderão ser utilizadas são as da coluna “Provimento, Admissão ou Contratação”. As vagas da coluna “Criação” dizem respeito a cargos com probabilidade de serem criados por meio de lei.

A coluna “Criação” do Anexo V traz novas propostas de criação de cargos além do estoque dos “herdados de orçamentos passados”, que tratam de projetos de lei de criação de cargos que tramitam ou aguardam aprovação no Congresso Nacional. Enquanto não forem aprovados, continuarão a constar nos orçamentos seguintes.

Fonte: G1

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Salário mínimo previsto para 2015 será de R$ 788,06

Valor consta no projeto da Lei Orçamentária entregue pelo governo.  Ministra do Planejamento levou o projeto ao presidente do Senado.

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, anunciou nesta quinta-feira (28) que o Projeto de Lei Orçamentária elaborado pelo governo prevê salário mínimo de R$ 788,06 a partir de 1º de janeiro de 2015. O valor representa um reajuste de 8,8% em relação aos atuais R$ 724.
Belchior fez o anúncio após entregar o projeto da Lei Orçamentária ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Depois de ser entregue ao Congresso, o projeto passa pela análise da Câmara e do Senado e pode sofrer alterações antes de ser aprovado.

Segundo a assessoria da ministra, o impacto do aumento do salário mínimo nas contas públicas, com o pagamento de benefícios, será de R$ 22 bilhões em 2015.
O valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

“O salário mínimo previsto no Orçamento para 2015, a partir de janeiro de 2015, será de R$ 788,06. É a regra que está estabelecida de valorização do salário mínimo”, disse a ministra do Planejamento ao deixar o gabinete do presidente do Senado. O valor é superior à previsão inicial, de R$ 779,79, divulgada em abril passado.
A auxiliar da presidente Dilma Rousseff disse que as “grandes prioridades” do projeto são as áreas de saúde, educação, combate à pobreza e infraestrutura. O prazo para que o Executivo envie sua previsão de como vai arrecadar e gastar os recursos públicos termina sempre no dia 31 de agosto, conforme determina a lei.

TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO - A ministra Miriam Belchior pediu ao presidente do Senado uma “análise rápida” da proposta na Casa, de modo que seja aprovada até o final do ano, prazo que não precisa ser cumprido obrigatoriamente pelo Congresso Nacional. Ainda assim, Renan Calheiros confirmou que o parlamento deverá votar o Orçamento até o final do ano, apesar de o Legislativo estar em recesso branco devido ao período eleitoral.
"Esse é o desafio, votar o Orçamento até o final do ano. Vamos certamente ter um ano mais difícil em 2015 e é fundamental que tenhamos orçamento com começo, meio e fim, exequível, para que o país possa retomar a confiança. Vamos ter que otimizar o período que vai do final da eleição até o recesso do final do ano. Mas nós temos que entregar o Orçamento, esse é o dever fundamental do Legislativo", declarou o senador do PMDB após o encontro com a ministra do Planejamento.

“Coloquei toda a equipe do Ministério do Planejamento à disposição do Congresso Nacional para os esclarecimentos necessários, para que o Congresso possa fazer uma análise rápida do Orçamento e possa votá-lo até o final do ano, prazo com o qual o presidente do Senado confirmou que é possível fazer”, declarou Miriam Belchior.
Outros detalhes sobre a proposta orçamentária, segundo Belchior, serão dados durante coletiva de imprensa no Ministério do Planejamento.

O Congresso Nacional ainda não aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, que deveria servir de base para a elaboração pelo Executivo da proposta orçamentária. Deputados e senadores entraram em recesso informal, chamado “recesso branco”, para poderem se dedicar à campanha eleitoral nos seus estados e só deverão retomar as atividades plenas nas casas após o segundo turno, marcado para 26 de outubro.
A Constituição determina que o recesso oficial do Legislativo só poderia ocorrer se os parlamentares aprovassem a LDO até o último dia de trabalho do semestre (neste ano, 17 de julho).

Fonte: G1


quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Dilma veta pela segunda vez novas regras para criação de municípios

Texto havia sido negociado com o Planalto para que vetos fossem evitados. Fazenda justificou que medida poderia ‘desequilibrar’ recursos estaduais

A presidente Dilma Rousseff vetou integralmente o projeto de lei aprovado no início do mês pelo Senado que definia critérios para criação, emancipação e fusão de municípios. A decisão foi publicada na edição desta quarta-feira (27) do “Diário Oficial da União”.
A proposta havia sido elaborada após Dilma vetar integralmente, no ano passado, uma proposta semelhante, sob o argumento de que aumentaria as despesas públicas. Diante da ameaça de derrubada do veto pelo Congresso Nacional, a base aliada no Senado elaborou um novo texto, em acordo com o governo federal, tornando mais rigorosos os critérios para a emancipação de municípios.

Na justificativa do veto, dirigida ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a chefe do Executivo federal afirmou ter consultado o Ministério da Fazenda sobre os possíveis efeitos da nova legislação. De acordo com Dilma, a pasta apontou que, embora negociado entre o governo e os parlamentares, o texto aprovado pelos congressistas geraria despesas para custear a criação dos novos municípios, mas não condicionava as emancipações ao aumento de receitas.
“Ouvido, o Ministério da Fazenda manifestou-se pelo veto ao projeto de lei complementar pelas seguintes razões: Embora se reconheça o esforço de construção de um texto mais criterioso, a proposta não afasta o problema da responsabilidade fiscal na federação. Depreende-se que haverá aumento de despesas com as novas estruturas municipais sem que haja a correspondente geração de novas receitas”, informou a presidente.
Com a decisão, o veto da presidente deverá ser analisado pelo Congresso em sessão conjunta da Câmara e do Senado. Os parlamentares poderão manter o veto ou derrubá-lo.

NOVO PROJETO - O texto enviado pelo Congresso Nacional ao Palácio do Planalto no início do mês previa a exigência de 20 mil habitantes para a criação de municípios nas regiões Sul e Sudeste, 12 mil, no Nordeste, e 6 mil, no Centro-Oeste e Norte. A expectativa era de que fossem criados 200 novos municípios nos próximos cinco anos com as novas regras.
Conforme a redação do Legislativo, não haveria exigência de tamanho mínimo para a emancipação dos municípios. De acordo com a proposta, o primeiro passo para a criação de um município seria a apresentação, na Assembleia Legislativa, de um pedido assinado por 20% dos eleitores residentes na área geográfica diretamente afetada, no caso da criação ou desmembramento.

Após o pedido, a Assembleia teria que coordenar um "estudo de viabilidade" do novo município, que deveria comprovar, por exemplo, se na região havia condições de arrecadação suficientes para sustento próprio.
Além disso, um plebiscito deveria ser realizado e, se a maioria da população aprovasse a criação do município, a Assembleia elaboraria e votaria uma lei estabelecendo o nome e limites geográficos. A instalação do município se daria oficialmente com a posse do prefeito e vice-prefeito. 
Fonte: G1

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Ibope: se as eleições fossem hoje, Marina venceria

Saem os números oficiais do Ibope na corrida presidencial: a presidente Dilma Rousseff, do PT, tem 34%, contra 29% de Marina Silva, do PSB, e 19% de Aécio Neves, do PSDB; no segundo turno, no entanto, a candidata do PSB seria eleita com 45%, contra 36% da petista; entre Dilma e Aécio, a presidente venceria por 41% a 35%; reviravolta deve esquentar o debate entre os candidatos, que ocorre nesta noite; foram entrevistados 2.506 eleitores entre 23 e 25 de agosto

Marina Silva (PSB)
Acabam de sair os números oficiais do Ibope. A presidente Dilma Rousseff (PT) segue na liderança, com 34% das intenções de voto, seguida pela candidata do PSB, Marina Silva, com 29%, enquanto o senador Aécio Neves, do PSDB, aparece com 19%. 

No entanto, no segundo turno, Marina seria eleita, com 45% dos votos, contra 36% de Dilma. Numa simulação entre Dilma e Aécio, a presidente venceria por 41% a 35%.
Foram entrevistados 2.506 eleitores, entre 23 e 25 de agosto.

Leia, abaixo, reportagem da Reuters:
Marina supera Aécio em 10 pontos no 1º turno e venceria Dilma no 2º turno, diz Ibope 
A primeira pesquisa Ibope com Marina Silva oficialmente na corrida presidencial mostrou a candidata do PSB com 29 por cento das intenções de voto, 10 pontos percentuais à frente de Aécio Neves (PSB), que tem 19 por cento, e próxima da líder Dilma Rousseff (PT), com 34 por cento.
A sondagem, divulgada nesta terça-feira no site do jornal O Estado de S.Paulo, mostra Marina ainda com mais força do que em pesquisa Datafolha da semana passada, quando ela tinha 21 por cento, em empate técnico com Aécio, com 20 por cento, mas bem atrás de Dilma, que tinha 36 por cento.
Em simulação de segundo turno da pesquisa Ibope, Marina venceria Dilma por 45 a 36 por cento. Se o confronto fosse entre a presidente e o tucano, Dilma venceria por 41 a 35 por cento.
A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos. (Por Alexandre Caverni)

Fonte: Brasil 247


Pesquisa confirma pior cenário para tucanos e petistas

A primeira pesquisa Ibope depois que Marina Silva foi oficializada candidata pelo PSB confirmou o pior cenário para tucanos e petistas.
Ao abrir dez pontos de vantagem sobre Aécio Neves, do PSDB, Marina deixa o candidato tucano numa situação extremamente delicada, pois sinaliza que ele pode ficar fora do segundo turno.
Já na campanha de Dilma Rousseff (PT), o temor é em relação ao segundo turno. A pesquisa confirma simulações feitas pelas campanhas: a de que Marina venceria Dilma num embate direto: 45% a 36%, de acordo com o Ibope.
É a primeira pesquisa que mostra de forma explícita um cenário de derrota da petista Dilma Rousseff num eventual segundo turno.
Também assustou tucanos e petistas um item específico da pesquisa: a taxa de rejeição. Mesmo com toda a campanha recente, 36% do eleitores afirmam que não votariam em Dilma de jeito nenhum. A rejeição de Aécio é de 18%, enquanto a de Marina é de apenas 10%.
As primeiras consultas feitas pelo Blog a dirigentes petistas e tucanos, constataram um clima de pessimismo generalizado.
A cúpula do PSDB ainda está desnorteada com a confirmação dos números. O grande temor é que, neste primeiro momento, Aécio possa sofrer um processo de abandono gradual. Por isso, haverá uma tentativa de manter o ânimo da campanha.
Já para o PT, o ambiente é de perplexidade. Alguns petistas já defendem iniciar imediatamente uma campanha de desconstrução da imagem de Marina Silva.
“Se Marina continuar com essa rejeição baixa, num segundo turno será uma avalanche em cima da Dilma. O problema é que, mesmo com todo o esforço, Dilma não consegue diminuir a rejeição”, desabafou um petista ao Blog.
Há o reconhecimento no PSB que Marina foi beneficiada por uma forte exposição nas últimas duas semanas, depois do trágico acidente aéreo que vitimou o ex-governador Eduardo Campos.
Mas os socialistas avaliam que esse patamar de Marina está longe de ser uma onda. “A ordem agora é não errar”, disse ao Blog um coordenador da campanha de Marina.
Fonte: Blog do Camarotti

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

França: Marina virá ‘avassaladora’ na pesquisa IBOPE

Coordenador da campanha na torcida por bom resultado nas pesquisas
Márcio França espera ansioso por excelente resultado na pesquisa Ibope
O coordenador financeiro da campanha de Marina Silva, deputado Márcio França, disse na tarde desta segunda-feira, 25, que pesquisas internas mostram um resultado “avassalador” em favor da candidata do PSB. De acordo com ele, a pesquisa Ibope de que será divulgada nesta terça-feira, 26, mostrará que Marina é uma das favoritas na corrida presidencial.
“Para quem era uma zebra, eu acho que hoje a Marina é favorita”, disse o coordenador ao chegar para acompanhar o debate promovido pelo SBT com os candidatos ao governo de São Paulo. França é candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin (PSDB).

França não respondeu qual é o patamar “avassalador” em que Marina deve aparecer amanhã, mas disse que os “números são muito fortes”. “Os números que a gente tem de pesquisas internas, que o Ibope vai revelar amanhã, são avassaladores. Vai ter que se acostumar a um outro patamar”, disse. “O Eduardo brigava para ficar famoso. Agora é como se as pessoas quisessem conhecê-lo. Ficaram com saudade de uma coisa que não conheciam. Tudo isso, de certa forma, deságua na Marina”, avaliou.

França comentou ainda as declarações de Aécio Neves (PSDB) de que o bom desempenho de Marina Silva é como uma “onda”, e que acredita voltar ao segundo lugar isolado nas pesquisas “dentro de 15 ou 20 dias”. “O problema é o tamanho da onda. Tem onda de 2 metros, de 5 metros, de 10 metros. Aí não tem depois o que fazer se for muito grande”, disse.
França afirmou ainda que na classe C “em especial” os números de Marina são impressionantes. “A classe C desloca sempre junto, as pessoas falam entre si. Ao se convencerem (em quem votar), as pessoas convencem outras”, disse.

Questionado sobre seu novo papel de tesoureiro de campanha, França afirmou que assumiu o cargo nesta segunda e que ainda “não entrou nada”. “Mas soube por amigos que vai entrar. Empresário entra muito pela chance (nas pesquisas). É da índole se deslocar pela chance”, afirmou.
França comentou ainda a situação de resistência de Marina em dividir o palanque com Alckmin em São Paulo. Segundo o pessebista, a situação é a mesma de antes da morte de Eduardo Campos e agora caberá ao vice de Marina abrir espaço para o tucano. “Caberá a Beto Albuquerque pedir votos a Alckmin no programa eleitoral”, afirmou. 

Fonte: Diário do Poder


sábado, 23 de agosto de 2014

Marina supera Aécio e deixa tucanos apreensivos

Pesquisas telefônicas das campanhas presidenciais indicam que a ex-senadora Marina Silva já lidera as pesquisas em São Paulo, no Rio de Janeiro e ultrapassou o senador Aécio Neves (PSDB/MG) até em Minas Gerais, segundo informações obtidas pelo jornalista Ilimar Franco; a presidente Dilma Rousseff também perdeu votos, embora menos do que o rival tucano; a aposta é que, na próxima pesquisa, do Ibope, a candidata do PSB já aparecerá com cerca de 27% das intenções de voto, consolidando sua posição no segundo turno; no entanto, cientistas políticos ainda apostam que esse efeito pode ser passageiro, uma vez que os votos de Marina teriam menos consistência do que os de seus oponentes; será?

Informações obtidas pelo colunista Ilimar Franco, editor da coluna Panorama Político, do Globo, apontam um quadro preocupante para a campanha do senador Aécio Neves (PSDB-MG), mas também para a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, Marina já estaria liderando em São Paulo, no Rio de Janeiro e até mesmo em Minas Gerais. Aposta-se que, na próxima pesquisa, a do Ibope, a ser divulgada na terça-feira, ela aparecerá com cerca de 27%.

Leia, abaixo, as notas postadas por Ilimar Franco:

A queda de Aécio
O tucano Aécio Neves foi atingido em cheio pela entrada de Marina Silva (PSB) na eleição presidencial. Ela tirou a liderança de Aécio em Minas e assumiu a dianteira em São Paulo. Esses colégios eleitorais são vitais na estratégia de crescimento tucana. Agora, Marina também lidera no Rio, tendo atraído para si o elevado número de indecisos. A presidente Dilma também perde, mas menos. 

É para valer ou é balão de ensaio?
Pesquisas telefônicas feitas por várias campanhas registram essa reviravolta nos estados. Entre os tucanos paulistas, o abatimento é geral. Por lá, há quem diga que o quadro está consolidado e citam os 27% (Datafolha) que Marina tinha no primeiro semestre. Mas em institutos de pesquisa ainda se crê que Aécio pode se recuperar. “A Marina ainda é uma idealização. Não é candidata de carne e osso”, resume um cientista político. Este, citando pesquisas de consistência, diz que o índice de Marina é de apenas 50%, contra 70% de Aécio e Dilma. E lembra a excitação, em 1989, com a entrada em cena de Silvio Santos, que aspirou metade das intenções de voto de Fernando Collor.

Fonte: Brasil 247


'PSB perdeu seu protagonista. E deve respeitar Marina', diz candidato a vice

Para Beto Albuquerque, não há surpresas diante das tensões entre PSB e Rede. Sobre debandada, é enfático: 'Assessor não disputa eleição'

'NÃO HÁ DEBANDADA' - Candidato a vice Beto Albuquerque minimiza crise no PSB
Filiado ao PSB desde 1986, o deputado gaúcho Beto Albuquerque, de 51 anos, foi escolhido pelo partido para integrar a chapa de Marina Silva ao Planalto como candidato a vice porque preenchia importantes requisitos para a vaga: além de ter sido braço-direito de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo na semana passada, tem boa relação com a nova candidata da sigla – que, já é possível perceber diante das baixas na equipe de campanha, está longe de ser unanimidade no PSB. As divergências entre os socialistas e Marina foram escancaradas nesta quinta-feira, com a saída de dois importantes nomes da sigla da campanha presidencial: o secretário-geral do partido, Carlos Siqueira, e o coordenador de mobilização Milton Coelho preferiram abandonar o projeto a lidar com a ascensão da ex-senadora no partido. Ex-coordenador-geral da campanha, Siqueira não só deixou o cargo como o fez disparando pesada artilharia contra Marina. Diante do racha interno, Beto Albuquerque não se diz surpreso: “Quando nos coligamos com a Rede [grupo político de Marina], sabíamos que eles programaticamente têm restrições a doações. Sabíamos que eles não seriam PSB e que não concordavam com alguns palanques”, afirma. E minimiza a saída dos colegas: “Esses cargos intermediários de assessoramento não são mais importantes do que a campanha. Se as pessoas não quiserem ficar, outros assumirão as tarefas. Assessor não disputa eleição”, disse. Além do papel de conciliador, Albuquerque funcionará na campanha como "fiador" de Marina junto ao agronegócio, o deputado tem bom trânsito entre empresas de celulose e produtores de cereais gaúchos. 

Confira a seguir a entrevista de Albuquerque ao site de VEJA:
O senhor tem uma longa trajetória na política gaúcha, mas é desconhecido no âmbito nacional. O que acredita que pode agregar à campanha de Marina?
Eu coordenei toda a pré-campanha de Eduardo Campos, andamos muitos Estados brasileiros desde 2012, visitamos vários setores produtivos, participamos de vários debates nacionais. A um candidato a vice-presidente cabe, acima de tudo, ser discreto, fazer pontes e não imaginar que o vice deva ser maior que o candidato à Presidência. Vou agregar por meus compromissos. Tenho causas que dialogam com o país todo e vou contribuir sendo um companheiro leal, fiel e zeloso a Marina.

O senhor também vai assumir a função de pedir votos em palanques nos quais Marina não vai subir, como Rio de Janeiro e São Paulo. Nesses Estados, como pretende pedir votos para a Marina sem a presença dela?  
Nos Estados somos um partido forte e organizado. Vou representar a Marina onde ela não puder ir com a presença da chapa majoritária, que vai estar sempre em atividades que o partido vai organizar. A política é feita pelo esforço dos partidos coligados. O vice tem de cumprir a tarefa de representação, de substituir a candidata, que é a Marina.

Dois influentes integrantes do partido – Carlos Siqueira e Milton Coelho – deixaram a campanha no primeiro dia após a oficialização de Marina. Como o senhor analisa essa debandada?
Não existe debandada. O PSB deliberou por unanimidade a chapa Marina-Beto. Cargos intermediários de assessoramento não são mais importantes do que a campanha. Se as pessoas não quiserem ficar, outros assumirão as tarefas. Acho que se está fazendo uma tempestade em copo d’água. Não vamos ficar parados discutindo crise de assessorias. Vamos tratar da campanha.

Nos bastidores, fala-se em uma disputa de egos entre o PSB e o grupo de Marina. O senhor concorda?

Assessor não disputa eleição. Quem disputa a eleição são os candidatos. Não se pode querer disputar alguma coisa se não se é candidato.

A Ambev doou para a campanha de Campos, mas a Rede, que agora está à frente do comitê de finanças, não aceita doações de alguns setores, como os de bebida, tabaco, armamento e agrotóxicos. O senhor concorda com esses vetos?
Para o PSB, a única proibição de doação é de dinheiro ilícito ou de fonte ilegal. As responsabilidades com a campanha são agora de Marina e assim será. Quem tem a responsabilidade de fazer as coisas funcionarem é a Rede, que tem a candidatura dentro do PSB. A coordenação de arrecadação tem de pertencer à candidatura presidencial. Se eles têm esses limites, paciência. Nós vamos ter de arrumar recursos de outros setores. Campanha sem dinheiro não é possível fazer. 

O senhor recebeu doações de empresas ligadas ao agronegócio. Se Marina exigisse, deixaria de recebê-las?

Eu não tenho porque captar recursos. Sou candidato a vice. A candidatura presidencial e seu comitê financeiro têm de fazer isso. Se não querem recursos de quem temos contato, a gente não pede. Eu não vejo nenhum problema em uma empresa de armazenagem de grãos ou de reserva de sementes contribuir com a campanha. Agora, se não pode, não se pedirá para esses setores. Mas eu não vejo razões para proibir esse tipo de contribuição.

O senhor não acha que o partido está cedendo demais às imposições de Marina?
Marina é a candidata. Nós concordamos que ela estaria dentro do PSB. Os critérios dela precisam ser respeitados. O nosso candidato a presidente, infelizmente, morreu. Ele era o nosso protagonista. Mas a Marina era a vice do Eduardo e era natural que ela o substituísse. Não há nada que esteja acontecendo e que não sabíamos que ocorreria. Temos de compreender a dinâmica da Marina, o pensamento da Rede e conviver com eles. Quando nos coligamos com a Rede, sabíamos que eles programaticamente têm restrições a doações, sabíamos que eles não seriam PSB, que não concordavam com alguns palanques. Para nós não há nenhuma surpresa.

Como analisa as contradições entre o senhor e Marina? Em relação ao agronegócio, causas ambientais...
Nós nos completamos. Eu votei a favor da liberação da soja transgênica, eu sou a favor da ciência, da inovação e da tecnologia, mas quem editou essa medida provisória foi o presidente da República. Eu não tenho medo de inovação, da tecnologia e de avanços. Ninguém é obrigado a consumir produtos transgênicos, está tudo identificado nos produtos. Eu não me sinto em contradição com Marina em relação ao que ela pensa e tenho certeza de que não estou em contradição. Em 2005, relatei a concessão de florestas públicas, que era um projeto dela. Eu consegui aprovar esse projeto em menos de um ano. Nós temos coisas em comum e nos completamos.

Passada a comoção da morte de Campos, o que esperar das pesquisas de intenção de voto?
Marina vai continuar crescendo. A morte de Eduardo não foi em vão, ela despertou na sociedade o interesse pelas coisas que estão acontecendo no país. Há um movimento muito grande de mudança no Brasil e acho que isso foi despertado, infelizmente, pela morte do Eduardo. As pessoas estão mais mobilizadas e eu tenho convicção de que Marina vai crescer muito nesse próximo período.

Chegar ao Planalto era uma pretensão do senhor?
Não. Nós hoje somos fruto de uma tragédia. Eu era candidato ao Senado. Obviamente, sempre tive vontade de avançar – já tinha tomado a decisão de não ser candidato à reeleição na Câmara. Queria ir para frente. O Senado já era um desafio e agora a vice-presidência da República é um desafio muito maior, que vamos encarar com muita motivação para ajudar a mudar o Brasil. 

Fonte: Veja