Ministro
da Saúde formalizou parceria com Organização Panamericana. Acordo do governo
federal prevê contratação coletiva de médicos de Cuba.
![]() |
Alexandre Padilha, ministro da Saúde |
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou
nesta quarta-feira (21) termo de cooperação com a Organização Panamericana de
Saúde (Opas) para contratar coletivamente médicos de Cuba para atuar no Brasil.
O acordo prevê, até o final do ano, a chegada de 4 mil médicos cubanos.
Na primeira etapa do convênio, informou o governo,
desembarcarão no país no próximo final de semana 400 profissionais cubanos.
Eles serão alocados em parte dos 701 municípios que não foram escolhidos por
nenhum dos profissionais brasileiros ou estrangeiros aprovados na primeira fase
do programa Mais Médicos, destinado a levar profissionais de medicina para
cidades carentes de assistência no interior do país. Desses 701 municípios, 84%
estão nas regiões Norte e Nordeste.
Ao contrário dos brasileiros e estrangeiros que se
inscreveram no Mais Médicos, os cubanos não poderão escolher os municípios para
onde serão enviados.
Padilha disse que, pelo acordo, o governo
brasileiro pagará à Opas, o valor equivalente à remuneração dos demais profissionais
contratados pelo Mais Médicos (R$ 10 mil) e a organização repassará esse
dinheiro para o governo cubano.
O ministro afirmou não ter conhecimento sobre
quanto dos R$ 10 mil ficará com os médicos e quanto irá para o governo cubano.
Padilha disse que não cabe ao governo brasileiro fazer esse questionamento. O
representante da Opas no Brasil, Joaquín Molina, presente à entrevista coletiva
concedida nesta quarta no Ministério da Saúde, disse que também não sabia
informar.
Também serão oferecidos aos cubanos os demais
benefícios oferecidos a aprovados no Mais Médicos (auxílio-moradia e
alimentação), pagos pelas prefeituras.
A partir do dia 26, os médicos cubanos
participarão, ao lado dos profissionais brasileiros e estrangeiros selecionados
pelo Mais Médicos, de uma avaliação de três semanas em universidades públicas.
De acordo com Padilha, somente os profissionais aprovados por essas
universidades serão encaminhados aos municípios.
O ministro da Saúde informou que o segundo grupo de
cubanos (2 mil) chegará ao Brasil em 4 de outubro para participarem da segunda
rodada de avaliações. A data foi escolhida para coindicir com o período em que
serão avaliados nas universidades os profissionais brasileiros e estrangeiros
do Mais Médicos. O último grupo de cubanos (1,6 mil) deverá chegar até o final
de novembro.
De acordo com o representante da Opas, os médicos
cubanos poderão optar por trazer as famílias para o Brasil, mas serão os
responsáveis pelas tratativas para obtenção de visto de saída dos parentes.
Em maio, antes de o governo lançar o programa Mais Médicos, o ministro das Relações
Exteriores, Antonio Patriota, havia anunciado a negociação de um acordo para
contratações de médicos de Cuba. Na ocasião, Patriota falou em 6 mil cubanos.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário