O juiz Gladiston Cutrim, titular de Arari, presidiu uma sessão do
Tribunal do Júri na comarca. No banco dos réus, Firmo Bezerra da Silva, acusado
de ter assassinado João Lopes Pereira. Ele foi considerado inocente e foi
absolvido, por maioria, pelo Conselho de Sentença. De acordo com a denúncia, a
vítima consumia bebida alcoólica e constantemente arrumava confusão no povoado
Cajazinho em Arari.
Na noite anterior ao crime, João Lopes teria defecado na casa do
acusado em frente da esposa do mesmo, o que teria causado grande
constrangimento ao acusado na localidade. Firmo Bezerra, então, reclamou do
comportamento da vítima no dia seguinte, no caminho da roça. Ao se aproximar,
Firmo observou João Lopes pegando uma chibanca (espécie de cavadeira). Nesse
momento, o acusado desferiu dois golpes de facão na vítima e deixou
imediatamente o local.
João Lopes foi removido para o hospital em São Luis e, quatro dias
depois, recebeu alta e voltou pra casa. Pouco tempo depois, ele morreu no
banheiro de casa.
Durante o julgamento, as promotoras Silvia Menezes de Miranda e Maria
Jose Lopes Correa, entenderam não existir provas suficientes para afirmar que a
morte da vítima se deu em virtude dos golpes proferidos pelo réu. Por isso,
pediram pela absolvição.
A defesa do acusado foi feita pelo advogado Sebastião da Costa Sampaio
Neto que reiterou os argumentos do Ministério Público pela absolvição do
acusado. O crime ocorreu em setembro de 2002, e somente agora foi possível o
seu julgamento por conta dos recursos interpostos junto ao Tribunal de Justiça
do Maranhão.
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