Fisco não concorda com forma societária com Unibanco
em 2008, diz Itaú. Banco contestou autuação e diz que entendimento da Receita é
'descabido'.
O Itaú Unibanco informou nesta sexta-feira (16) que recebeu
da Receita Federal auto de infração de cerca de R$
18,7 bilhões em Imposto de Renda e contribuição social, referentes a valores
que o banco teria deixado de recolher em 2008, quando ocorreu a associação
entre os conglomerados financeiros Itaú e Unibanco. O banco diz que contestou a
autuação.
Segundo comunicado divulgado ao mercado, a Receita
cobra R$ 11,845 bilhões em Imposto de Renda e R$ 6,867 bilhões em Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido, acrescidos de multa e juros.
A nota do banco explica que a Receita discorda da
forma societária adotada para unificar as operações do Itaú e do Unibanco na
época. No entendimento do Fisco, o Itaú Unibanco teria deixado de recolher os valores
em 2008, afirma o comunicado.
O banco diz, contudo, que a operação da forma
sugerida pela Receita não encontra respaldo nas normas aplicáveis às
instituições financeiras.
"Neste sentido, a companhia contestou o auto
de infração, afirmando serem apropriadas as operações realizadas, sendo
descabido, portanto, o entendimento da Receita de que houve ganho tributável. A
Companhia considera remoto o risco de perda no procedimento fiscal em
referência, entendimento esse corroborado por seus advogados e assessores
externos", diz o comunicado enviado ao mercado.
O banco diz, ainda, que as operações realizadas em
2008 foram legítimas, aprovadas pelos órgãos da administração das empresas
envolvidas e seus respectivos acionistas, e posteriormente sancionadas pelas
autoridades competentes (Comissão de Valores Mobiliários, Banco Central do
Brasil e Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
Fonte: G1
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