segunda-feira, 30 de junho de 2014

“Eu vou ser governador de todas as famílias do Maranhão”, afirma Dino


Em Convenção realizada nesta manhã, Flávio Dino, Carlos Brandão e Roberto Rocha receberam o apoio de líderes políticos e homologaram suas candidaturas. Em seu discurso, Flávio apresentou suas propostas de governo, construídas após conversas com o povo durante o Movimento Diálogos pelo Maranhão.

Durante seu discurso na Convenção da Mudança, realizada pelo PCdoB, PDT, PSB e PPS, com participação também de PSDB, PP, PTC, PROS, Solidariedade e Militância Petista, que aconteceu na manhã deste domingo (29), no Centro de Convenções Pedro Neiva de Santana, em São Luís, e contou com a presença de mais de dez mil pessoas, Flávio Dino homologou sua candidatura e enfatizou suas propostas para governar o estado. “Nenhum império dura para sempre. Nós iremos proclamar a república no Maranhão”, afirmou.
Após discorrer sobre a situação atual do saneamento básico no Maranhão, onde metade da população não tem água e banheiro em casa, Flávio falou sobre a criação do programa “Água para Todos”, que pretende levar água encanada e banheiro a todos os que não os possuem. Ao saudar a juventude, Flávio Dino garantiu a construção de Universidades estaduais regionalizadas, com autonomia administrativa, para ampliar o número de vagas gratuitas e públicas e aproximar as instituições das comunidades. Além disso, garantiu a criação das escolas técnicas estaduais. “Nós vamos garantir escolas técnicas estaduais, integradas ao ensino médio, para a juventude do nosso estado”, afirmou.
Flávio também falou sobre a situação da saúde no Estado, lembrando pacientes que esperam um longo tempo por vagas em hospitais públicos. Flávio enfatizou a criação do “Mais Médicos” estadual. “O programa significa formar médicos maranhenses, apoiar as escolas de medicina do estado do maranhão, fazer uma carreira boa aos médicos daqui para que eles possam se dedicar aos maranhenses”, declarou.
Quando falou da segurança, Flávio Dino relembrou que atualmente a cidade passa por um momento de insegurança geral. Para isso, falou sobre o programa “Pacto pela Vida”, que vai dobrar o número de policiais e garantir segurança as famílias.
No campo da Assistência Social, o Programa “Minha Casa, Meu Maranhão” transforma o governo do estado em parceiro do Governo Federal, e vai reformar ou construir 200 mil casas. Além disso o Cadastro único dos Programas Sociais no Estado do maranhão vai permitir ampliar e integrar os programas sociais dirigidos à erradicação da pobreza no Estado. O programa Bolsa Família do Governo Federal será ampliado com o Cartão Material escolar, que vai garantir verba para ajudar na compra de materiais escolares para as crianças em idade escolar.
Ao final de seu discurso, Flávio Dino confirmou seu compromisso com o público: “Eu não vou ser governador da minha família, mas de todas as famílias do Maranhão”, ressaltou.
O ato político também oficializou as candidaturas de Carlos Brandão a vice e Roberto Rocha ao Senado Federal, e também os candidatos a deputados estaduais e federais.
Fonte: John Cutrim


sexta-feira, 27 de junho de 2014

Roseana decide deixar a vida pública e avisa que não disputará mais eleições


A governadora Roseana Sarney (PMDB-MA) decidiu deixar a vida pública. Em conversa com o Blog por telefone, ela foi direta: “Não vou disputar mais nenhum mandato eletivo”.
A decisão da governadora acontece dias depois de seu pai, o senador José Sarney (PMDB-AP), ter anunciado que também decidiu não disputar mais nenhum mandato.
“Chegou a hora. Já fui tudo o que eu podia ser. Não quero mais disputar eleição. Não quero saber mais de mandato. Vou sempre ajudar o Maranhão. Mas, agora, quero cuidar da minha vida”, desabafou a governadora.
Ela também demostrou contrariedade com ataques políticos sofridos nos últimos anos. “Eu estou perdendo toda a minha biografia. Estava virando apenas a filha de Sarney. Eu tenho uma vida política própria. Fui a primeira mulher governadora do país. Sempre tive uma forte atuação na luta das mulheres”, disse Roseana.
Ela também explica que vai cuidar mais da saúde. Roseana Sarney fez várias cirurgias ao longo da vida. “Minha mãe também está adoentada. Preciso cuidar mais da família”.
Questionada sobre a decisão de abandonar a vida pública no mesmo período do anúncio do pai, José Sarney, Roseana comentou: “Acho que está na hora dos dois. Outras pessoas vão surgir na política. Ele teve uma carreira vitoriosa. Eu, também”.
Fonte: Blog do Camarotti


quinta-feira, 26 de junho de 2014

Flávio Dino tem 58,2% contra 20,7% de Edinho Lobão

Com vantagem de quase 38 pontos em relação ao segundo colocado, Flávio Dino seria eleito governador pelo Maranhão – é o que traz a pesquisa do Instituto DataM contratada pelo jornal Atos e Fatos, divulgada nesta quarta-feira (25), pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB).
Flávio Dino possui a vantagem de 38 pontos percentuais sobre o candidato do PMDB, Edinho Lobo.Flávio Dino possui a vantagem de 38 pontos percentuais sobre o candidato do PMDB, Edinho Lobo. Com vantagem de quase 38 pontos em relação ao segundo colocado, Flávio Dino (PCdoB) seria eleito governador pelo Maranhão, de acordo com a pesquisa. Se as eleições fossem hoje, o pré-candidato da oposição teria 58,2% dos votos maranhenses, contra 20,7% de Edinho Lobão Filho (PMDB) apoiado pelo grupo Sarney.
Às vésperas das convenções que confirmarão as candidaturas partidárias, a pesquisa DataM/Atos e Fatos avaliou o desempenho de todos os pré-candidatos com candidaturas colocadas até o momento. Em terceiro lugar estaria José Luís Lago (PPL) com 1,5%, seguido de Saulo Arcângeli (PSTU) com 0,9%, e Antonio Pedrosa (PSOL) com 0,3%. Brancos e nulos somam 5% e 13,5% dos entrevistados não responderam.
Este é o cenário que dá início às eleições de 2014 no Maranhão, que promete ser polarizada entre Flávio Dino e Edinho Lobão Filho. O primeiro representando o grupo de oposição e o segundo com apoio do grupo Sarney, que hoje ocupa o Palácio dos Leões.
Num eventual segundo turno, em que haveria disputa direta entre os dois, Flávio Dino venceria com 62,9% dos votos contra 21,8% de Edinho Lobão Filho; 10,6% não souberam responder e 4,6% disseram que votariam em branco ou nulo. No cenário vizinho ao início da disputa eleitoral, Flávio Dino mantém a vantagem nas pesquisas que tem sido divulgadas desde 2013.
A pesquisa foi realizada em 50 municípios e ouviu 1499 eleitores de todas as regiões do estado entre os dias 18 e 23 de junho. Seu registro está na Justiça Eleitoral com protocolo MA-0015/2014 e BR-00183/2014.
REJEIÇÃO - A pesquisa avaliou ainda a rejeição dos pré-candidatos ao governo. Perguntados “em quem não votariam de jeito nenhum”, 31,5% dos eleitores responderam rejeitar a candidatura de Edinho Lobão, seguida de rejeição de Antonio Pedrosa, que apresentou 13,8% neste quesito, Saulo Arcangeli, com 9,4%, Zé Luís Lago, com 9% de rejeição e, por último, Flávio Dino, com 8,6%.
Nessa questão, 2,6% disseram que votaria em todos, 4,1% responderam branco ou nulo e não sabem/não responderam somaram 20,8% dos entrevistados.
Fonte:  John Cutrim


"Fundo da corrupção é tentativa desesperada da oligarquia se manter no poder", afirma Bira

A criação do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do Maranhão (FUNDEMA) voltou a polarizar os debates nesta manhã de quarta-feira (25). O deputado Bira do Pindaré (PSB) alertou para a presença, na Ordem do Dia, de um Projeto do deputado Hélio Soares (PMDB), que prevê a dispensa de certidão negativa de inadimplência dos municípios, ou seja, além de criar o Fundo, o Governo do Estado articula a criação das facilidades.

Para o deputado Bira do Pindaré, o que o Governo do Estado quer é criar o maior esquema de corrupção eleitoral de toda história do Maranhão, uma distribuição de dinheiro “A la vontê”, numa última tentativa desesperada da oligarquia se manter no poder.

O parlamentar ressaltou que até o senador Sarney anunciou que não disputará mais eleições, em uma demonstração clara de fraqueza política e do fim de um ciclo de mandonismo e de um jeito de se fazer política que o povo não aceita mais. Bira destacou que, na verdade, a população do Amapá aposentou Sarney, pois ele queria ser candidato, entretanto sofre inacreditável rejeição no estado.

“Na última participação pública dele no Amapá foi patético, porque acompanhado da presidente Dilma, ele viu o coro uníssono da população do Amapá dizendo: Fora Sarney. Gritavam: Fora Sarney. Eles não querem mais o Sarney e por isso que ele não é mais candidato, ou seja, não foi ele que decidiu não ser candidato, foi o povo que aposentou o Sarney, ele foi obrigado a pendurar as chuteiras porque não tem mais respaldo popular”, afirmou Bira.

No entendimento de Bira, não adianta o Governo do Estado querer inventar o FUNDEMA, não adianta dispensar certidão negativa, não adianta querer distribuir dinheiro à toque de caixa. Pois os deputados de oposição garantiram a fiscalização e pedirão ao Ministério Público Federal e ao Ministério Público Eleitoral o acompanhamento das eleições no Maranhão.

“Essa eleição não é só dos maranhenses é de todos os brasileiros que querem, de uma vez por todas ver esta oligarquia enterrada de uma vez e finalmente. Portanto, esse é o desejo do povo brasileiro que foi às ruas no ano passado gritando por uma política diferenciada e que, aqui no Maranhão, não há também mais espaço para esse tipo de prática e esse tipo de conduta”, concluiu.




quarta-feira, 25 de junho de 2014

Sarney durou tanto que se tornou ‘inaposentável’


Há José Sarney e existe “José Sarney”. Há o personagem e existe tudo o que está implícito quando se diz “Sarney”, como em “Sarney apoiou Lula e apoia Dilma” ou “Sarney não gostou da última reforma ministerial”. Em cena há quase seis décadas, “Sarney” é uma entidade além da biografia. Virou coletivo. Imagina-se majestático. Mas é pejorativo.
Quando Sarney, aos 34 anos, ainda sem aspas, assumiu o governo maranhense, sua posse foi documentada no filme Maranhão 66, de Glauber Rocha e Fernando Duarte. Ele discursou em praça pública, diante de uma multidão que, eufórica, recepcionara-o com um coro glorificador: Sarney!, Sarney!, Sarney!, Sarney!
“O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis, de seus vales úmidos, de seus babaçuais ondulantes, de suas fabulosas riquezas potenciais com a miséria, com a angústia, com a fome, com o desespero'', enumerou o novo governador.
“O Maranhão não quer a desonestidade no governo, a corrupção nas rapartições… O Maranhão não quer a violência como instrumento de política, para banir direitos os mais sagrados… O Maranhão não quer a miséria, a fome e o analfabetismo, as mais altas taxas de mortalidade infantil.''
Corta para 2014, dia 23 de junho, uma segunda-feira. Aos 84 anos, já adornado pelas aspas, “Sarney” foi com Dilma Rousseff entregar chaves do Minha Casa, Minha Vida a beneficiários do Amapá, Estado que o mantém no Senado há mais de duas décadas. O coro da multidão era outro: Fora Sarney!, fora Sarney!, fora Sarney!, fora Sarney!.
Aquele Sarney que prometia, na alvorada de sua carreira, inaugurar uma nova era a partir do Maranhão, chega ao ocaso de sua existência na pele de outro “Sarney”. Oligarca de mostruário, símbolo do arcaico, convive com o risco de ser derrotado em nova corrida para o Senado.
Ainda sob o impacto das vaias do Amapá, que soaram em cinco momentos da solenidade de entrega de casas, Sarney mandou dizer que não irá mais às urnas. “Entendo que é chegada a hora de parar um pouco com esse ritmo de vida pública que consumiu quase 60 anos de minha vida e afastou-me muito do convívio familiar”, ele declarou, por meio de nota.
A novidade escalou as manchetes na forma de uma aposentadoria. Impossível. Sarney durou tanto que, depois de ter virado “Sarney”,  tornou-se, por assim dizer, um organismo ‘inaposentável’. Ainda que Sarney, o personagem, vista pijamas, “Sarney”, a entidade, continuará surtindo seus efeitos sobre a vida nacional.
Aposentado, Sarney cuidará para que “Sarney” não descuide de sua missão. Que é a de servir de inspiração para todos os políticos que sonham com a transposição do atraso de suas almas regionais para dentro das instituições federais. Iniciado com a chegada das caravelas, esse plano de institucionalizar o atraso está em execução permanente.
Nas últimas décadas, ao mesmo tempo em que Sarney se empenhava para transformar o Brasil num Maranhão hipertrofiado, “Sarney” foi ficando vago. É o apoiador dos generais da ditadura, mas também é a mão estendida para Tancredo Neves. É o indesejável que as bactérias tornaram inevitável ao atacar o organismo do eleito, mas é o primeiro presidente desde Juscelino a cumprir integralmente o mandato, com as instituições e a imprensa funcionando.
Inquilino impensável do Planalto, “Sarney” foi o vice mais versa que a República já conheceu. Produzido pelo acaso, chegou ao final do governo tão execrado que não teve como patrocinar um candidato à sua própria sucessão. Seu aval cairia sobre qualquer candidatura como uma sentença de morte.
O processo de reabilitação de “Sarney” em vida foi deflagrado pelo sucessor, Fernando Collor, que conseguiu a façanha de realizar um governo ainda pior. Mais tarde, Lula forneceria uma biografia nova a “Sarney”. Fez isso ao procurá-lo para pedir apoio, em 2002, depois de tê-lo xingado de “ladrão” durante anos.
Quatro vezes presidente do Senado, “Sarney” protagonizou o escândalo dos atos secretos. Secretamente, deu emprego a uma sobrinha de sua mulher que morava em Campo Grande, forneceu contracheque a uma sobrinha do genro que residia em Barcelona, alçou à folha do Estado um personagem (“Secreta”) que trabalhava como mordomo na casa da filha Roseana Sarney…
Convidado pelos jornalistas a analisar o comportamento do aliado, Lula tratou-o com distinção: “Sarney não pode ser tratado como se fosse uma pessoa comum.'' De fato, se há algo de que “Sarney'' não pode ser acusado é de ser comum. Difícil saber agora o que os livros dirão de “Sarney'' quando puderem falar dele sem os ruídos da conjuntura. Vai à posteridade o “Sarney” incomum ou o Sarney ordinário?
Quando olha para o espelho, “Sarney” enxerga o brasileiro mais extraordinário que Sarney já conheceu. Nos modos, um sujeito cordial. Nas artes, a imortalidade da Academia Brasileira de Letras. Na política, a presidência de um “estadista” que soube completar a transição sem descuidar da “liturgia do cargo”.
Quando olhar para o Maranhão e verificar o sucesso que “Sarney” obteve sendo Sarney a vida inteira —do império estadual de comunicação até as edificações batizadas com os nomes de toda a família— a posteridade haverá de reconhecer: “Sarney” é a personificação de um Brasil em que a vida dos governantes sempre melhora. Mesmo quando piora a vida dos governados.

Ao perder uma eleição para governador da Califórnia, nos Estados Unidos, Richard Nixon convocou a imprensa para informar que deixaria a vida pública. “Vocês não terão mais Richard Nixon para chutar”, disse. O morubixaba do PMDB também se julga injustiçado pela imprensa. Mas não pode ecoar Nixon. Ainda que Sarney se aposente, sempre haverá um “Sarney” para ser chutado. Com muita justiça.
Fonte: Josias de Souza

Maranhão aparece em segundo lugar na "lista suja" de gestores públicos do país


No universo de uma lista com mais de 6 mil gestores públicos com contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Maranhão aparece com 513 nomes, ocupando a segunda posição entre as unidades federativas com maior número de gestores “ficha suja”. As pessoas que constam na relação podem ter suas eventuais candidaturas impedidas nas próximas eleições.

As irregularidades apontadas na lista do TCU podem ser utilizadas como principal recurso para os tribunais eleitorais negarem o registro de candidatos, com base na Lei da Ficha Limpa. A lista (clique aqui para acessar a relação completa de gestores separados por Estado) foi entregue ao TSE nesta terça-feira (24) pelo presidente do TCU, ministro Augusto Nardes.
“Além do fato de ficar oito anos fora das eleições, eles têm [de pagar] as multas que nós temos aplicado. Há casos de gestores que têm que assumir a responsabilidade com seu patrimônio pessoal, além de funcionários públicos que são demitidos, como há centenas de casos recentes”, disse o ministro Nardes.

As pessoas que constam da lista podem sofrer impugnação de eventuais candidaturas por iniciativa do juiz eleitoral, ou solicitadas por partidos políticos, Ministério Público Eleitoral (MPE), coligações ou candidatos.
Entre os citados na relação do tribunal estão funcionários públicos que ocupam cargos de menor responsabilidade, até ministros e governadores. Eles poderão ter os nomes excluídos da lista caso consigam decisão judicial ou liminar nesse sentido. A impugnação das candidaturas depende, em última instância, da Justiça Eleitoral.

MARANHÃO - Entre as unidades federativas com mais nomes listados, o Maranhão só aparece atrás do Distrito Federal, que tem 729 gestores apontados como responsáveis por contas irregulares. Os relacionados na lista do TCU cometeram as chamadas irregularidades insanáveis nos últimos oito anos, e tiveram negados todos os recursos possíveis no âmbito do Tribunal de Contas da União. O pagamento do débito ou da multa imposta como punição pelo TCU não implica retirada do nome do gestor da lista.

É dever dos tribunais de contas encaminharem as listas até o dia 5 de julho do ano eleitoral à Justiça Eleitoral. Os tribunais nos estados também estão fazendo isso e têm recebido orientação do TCU para disponibilizarem os nomes dos gestores citados na internet.
Liberada para o público, a relação será constantemente atualizada até fim do ano. Dessa forma, pessoas citadas que conseguirem liminares na Justiça podem ter os nomes retirados e outras, cujos recursos forem se esgotando, poderão ser acrescidas.

Fonte: Mário Carvalho


Fundo da Corrupção: vereadores criam fundos para receber recursos do BNDES

Marcelo Tavares denunciou a
imoralidade
do fundo criado por Roseana
para desviar R$ 3,8 bi do BNDES
Depois da imoral aprovação a toque de caixa na Assembleia Legislativa do projeto que cria o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do Maranhão – Fundema, os prefeitos aliados do Palácio dos Leões foram convocados a convocar seus vereadores para criaem um fundo municipal para que possam receber parte dos R$ 3,8 bi emprestados do BNDES.
Os prefeitos estão batizando seus fundos de Fundo de Estruturação Asfáltica, e segundo denúncias recebidas pelo blog, o prefeito de Bacuri ao reunir os vereadores do município teria explicado a urgência do projeto a necessidade de receber recursos para a campanha eleitoral.
O Fundema, batizado pelos deputados de oposição, como Fundo da Corrupção, foi a maneira encontrada pela governadora Roseana Sarney em transferir os R$ 3,8 bi concedidos pelos BNDES diretamente para as prefeituras e burlando a legislação eleitoral.
Os deputados de oposição denunciaram a manobra eleitoreira do governo Roseana, lembrando que não são contra um projeto de apoio aos municípios, mas que imoral pegar um recurso emprestado, que os maranhenses vão pagar nas próximas décadas, com juros exorbitantes, para financiar estrada vicinal que na maioria das vezes não vão sair do papel.
“É unicamente para tentar comprar a eleição que se aproxima, ninguém pensa no Estado do Maranhão, se o governo do Estado quer apoiar convênios eleitoreiros com os municípios deveria fazer com recursos do tesouro estadual, mas botaram recurso do Governo Federal, do BNDES, num ato irresponsável porque obras como essa, financiadas com o dinheiro do BNDES, deveriam ser obras estruturantes, obras, por exemplo, como saneamento inteiro da Ilha de São Luís, obras como transporte de massa aqui em São Luís, com veículo leve sobre trilhos, tão falado, obras de fato estruturantes que pudessem trazer retorno social e econômico para o povo do Maranhão com rapidez. Mas aqui querem gastar R$ 1 bilhão, para macular uma eleição”, lamentou o deputado Marcela Tavares (PSB).
Na avaliação do parlamentar, no entanto, o grupo da governadora deu um tiro no pé, porque os recursos são do Governo Federal e serão fiscalizados pelo Ministério Público Federal, Tribunal de Contas da União, Polícia Federal, Justiça Federal, Justiça Eleitoral. Ele alertou que, aqueles que tiverem oportunidade de manusear esses recursos o façam com responsabilidade, porque senão vão ter problemas graves com a Justiça.
Ainda mais agora que Sarney se vê obrigado a desistir da vida pública diante da rejeição ao seu nome no Amapá, onde pretendia com o apoio de Lula, concorrer a mais um mandato no Senado.
Sem Sarney muitos podem parar na cadeia.
Fonte: Raimundo Garrone


terça-feira, 24 de junho de 2014

Flávio Dino: Saída de Sarney equilibra disputas no MA e AP

*Por Sérgio Rodas Oliveira

Principal candidato de oposição à família Sarney no Maranhão (e talvez o único, uma vez que somente o PSOL deve lançar um postulante ao governo do estado), o ex-deputado federal e ex-presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) Flávio Dino demonstrou esperança que a desistência do senador José Sarney (PMDB-AP) de concorrer à reeleição, anunciada na segunda-feira (23), traga mudanças nos cenários políticos maranhense e amapaense.
“Eles [os Sarney] mantinham um domínio no Amapá e no Maranhão baseado na esfera nacional, uma vez que o José Sarney apoiou todos os governos federais desde o do Juscelino Kubitschek (1956-1961). Com o fim desse poder federal, a balança da disputa política nos estados ficará menos desigual e mais igualitária”, opina Dino.

O pré-candidato do PCdoB a governador do Maranhão também disse que tem a expectativa de que a aposentadoria de Sarney dos cargos públicos possibilite o desenvolvimento do estado, um dos mais atrasados do Brasil. Segundo Dino, é hora de “acabar com a lógica do compadrio [instituída pelos Sarney], e implantar um ambiente favorável que negócios”.
Embora José Sarney, que tem 84 anos, tenha divulgado publicamente que a razão de encerrar a sua carreira política se deva à saúde frágil de sua mulher, o motivo verdadeiro parece ser outro: o medo de perder a reeleição ao Senado, que inclusive teria sido confidenciado por ele a aliados. Para Flávio Dino, a decisão do ex-presidente da República deriva da perda de apoio popular.

“No Amapá, houve o desgaste com prisão do [ex-governador] Waldez Góes, que era aliado do Sarney. No Maranhão, o episódio do presídio de Pedrinhas, no começo do ano, forçou a Roseana [filha de José Sarney] a desistir de sua candidatura ao Senado”, avalia Dino.
Flávio Dino não acredita que o fim da vida pública de José Sarney baste para melhorar o funcionamento da política no país. Mas ele afirma que a ausência da “raposa tradicional” “pode abrir o caminho da mudança no jogo político brasileiro”, uma vez que ele “é uma peça importante de uma engrenagem baseada no fisiologismo, no compadrio, nas chantagens com o governo federal”.

* Portal Terra



Sarney, a última raposa


Há 59 anos na política, o senador José Sarney (PMDB-AP) retornou do Amapá nesta segunda-feira (23) decidido a se aposentar da vida pública e não disputar a reeleição para o Senado em outubro. A decisão de "pendurar as chuteiras políticas" foi comunicada à presidente Dilma Rousseff nesta segunda, durante uma carona de Sarney no avião da Presidência da República, retornando da capital do Amapá para Brasília.
Ele justificou à petista que iria se aposentar em razão de problemas de saúde de sua mulher, a ex-primeira-dama Marly Sarney. Nos bastidores, no entanto, ele confidenciou a aliados que está com receio de sofrer uma derrota nas urnas.
Há três meses, o ex-presidente da República já havia manifestado a aliados que havia desistido de tentar mais um mandato no Senado. Porém, no último mês, ele começou a se movimentar na direção contrária, tentado pavimentar a candidatura.
No passado, Sarney já falou várias vezes sobre o desejo de encerrar a longeva carreira política, mas sempre acabou recuando na última hora. A diferença desta vez, segundo interlocutores do senador, é que ele estaria avaliando que teria dificuldades de obter os votos necessários para se reeleger.
Durante a cerimônia de inauguração de um conjunto habitacional em Macapá (AP), nesta segunda, Sarney foi vaiado toda vez que seu nome era mencionado no sistema de som do evento. A solenidade também contou com a presença de Dilma.

Segundo a assessoria do senador do PMDB, ele não vai emitir uma nota oficial para anunciar a decisão. A eventual saída de Sarney do cenário político encerra a dobradinha Sarney e Renan, que tem comandado o Senado desde 2003, quando Lula assumiu a chefia do Palácio do Planalto.
Por Cristiana Lôbo

Lula, o personagem!

Lula é sempre a sensação nas convenções do PT, o mais aplaudido e aquele que faz a militância levantar o ânimo e relembrar o entusiasmo de 89. "Olê, olê, olé, olá, Lula, Lula..." cantam, invariavelmente. Natural. É a maior liderança e quem dá o tom dos discursos na rua e nas campanhas. Não foi diferente na convenção deste sábado que oficializou a candidatura de Dilma Rousseff à reeleição.

Com a camiseta branca do PT por baixo do paletó, ele falou pouco para os seus padrões, mas mandou a mensagem. A primeira delas, contestando uma afirmação feita minutos antes pelo presidente do PT, Rui Falcão, de que esta é uma eleição muito difícil para o partido. "Temos de mudar nosso discurso e não colocar tanta dificuldade",  afirmou. "O que vai ganhar a eleição é a nossa adrenalina, cada vez que formos para a rua com a camiseta do PT".
Lula disse o que já vem falando em outros encontros políticos: que os petistas não devem temer o embate sobre corrupção. "Vejo muitos companheiros preocupados com o debate sobre corrupção. Não precisa ficar. Nunca nenhum governo criou tantas leis para combater a corrupção", ensinou.
Logo depois, Lula, de forma bem discreta, contestou o slogan preparado pelo marketing político. "Muda mais e mais futuro". Ele discordou. "Nada de futuro. Essa é uma eleição em que nós militantes temos de ir para a rua; uma eleição se ganha com um bom programa e mostrando o que fizemos nestes 12 anos. Precisamos saber de cor e salteado o que fizemos nestes 12 anos e comparar com o que eles fizeram em 500 anos". E aí estava de novo o "nós e eles", uma polarização que Lula gosta de repetir.
E foi adiante: "Para eles, mulher é para ser objeto de cama e mesa; para nós, é para fazer política e mandar neste país". Só não disse quem eram "eles".
Por Cristiana Lôbo


Sai a lista de “inelegíveis” do TCU; veja a situação do seu candidato

O Presidente do Tribunal de Contas da União, ministro Augusto Nardes, entregou, nesta terça-feira (24), lista de responsáveis com contas julgadas irregulares ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro José Antônio Dias Toffoli. Integram a lista mais de 6.500 responsáveis.
A lista, por estado, pode ser consultada aqui. Os maranhenses estão listados a partir da página 128. Um deles é o presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, ex-presidente do Incra, que ainda ainda pensa em ser candidato a suplente de senador na chapa do senador Edison Lobão Filho (PMDB).
O ex-prefeito Ildon Marques, de Imperatriz, também segue citado entre os gestores com contas julgadas irregulares.
Pela oposição figuram nomes como os do ex-deputado estadual Rubens Pereira, pai do líder da oposição na Assembleia Legislativa, Rubens Júnior (PCdoB), e o do deputado federal Zé Vieira (PROS).
O Tribunal de Contas da União (TCU) analisa e julga contas de administradores públicos. Essa análise verifica se os atos de gestão praticados pelos agentes atendem aos princípios de legalidade, legitimidade e economicidade.
O julgamento das contas pelo TCU como irregulares, exauridas as possibilidades de interposição de recurso, acarreta implicações aos respectivos gestores. Uma delas é a inclusão do seu nome em lista elaborada pelo TCU para subsidiar eventual declaração, pela Justiça Eleitoral, da inelegibilidade desse cidadão.
A lista de responsáveis com contas julgadas irregulares – ou simplesmente lista – de elaboração do TCU, não se confunde com a declaração de inelegibilidade. O TCU apenas encaminha a lista de responsáveis com contas julgadas irregulares à Justiça Eleitoral para que esta, com base em critérios definidos em lei e se entender cabível, declare a inelegibilidade da pessoa.
Fonte: Gilberto Léda


Deputados criticam aprovação do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do Maranhão

Com o Fundo, classificado por parlamentares oposicionistas de ‘eleitoreiro’, os recursos destinados aos municípios serão depositados diretamente nas contas das prefeituras

Deputados Marcelo Tavares, Bira do Pindaré e Othelino Neto
Os deputados de oposição, Marcelo Tavares (PSB), Bira do Pindaré (PSB) e Othelino Neto (PCdoB), voltaram a acusar o Governo do Estado de criar o novo Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios do Maranhão (Fundema) com objetivo eleitoreiro. Com o Fundo, os recursos destinados aos municípios serão depositados diretamente nas contas das prefeituras.

Quem primeiro abordou o assunto, na sessão desta terça-feira (24), foi o deputado Marcelo Tavares, que criticou em diversos momentos a criação do Fundema. “O governo Roseana Sarney chega aos últimos dias defendendo uma lei chamada Fundema, parece piada pronta, se não fosse trágico. Vejo a bancada governista defendendo o Fundema, que coisa obscena, não só o nome”, acusou.

Tavares disse que os recursos do empréstimo feito pelo Governo Roseana junto ao BNDES serão retirados das obras e colocados diretamente nas contas de prefeitos apadrinhados. “Pegaram o dinheiro do empréstimo para construir os hospitais, a Estrada de Feira Nova, a Estrada do Arroz. No dia de aprovar o empréstimo disseram: ‘Não, é para fazer as obras, é para terminar o Pam Diamante, é para fazer o Hospital do Câncer lá no Hospital Carlos Macieira’, mas o dinheiro foi todinho para o Fundema. Tiraram dos hospitais, das estradas.”, afirmou. O parlamentar disse que o Fundo não deveria ter sido criado em ano eleitoral.

O deputado Bira do Pindaré fez críticas ao Fundema na mesma linha e disse que a oposição deve recorrer até a uma ação judicial para impedir o funcionamento dele. “Eu também não estava presente na sessão que aprovou este tal de Fundema, que, de fato, até o nome é de baixo calão. Foi aprovado sem qualquer discussão, até a tramitação foi em caráter de urgência”, revelou. “Tenho absoluta convicção de que isso não vai prosperar, nós vamos usar todas as nossas prerrogativas, vamos usar todos os meios institucionais, todos os mecanismos da justiça democrática nesse País para derrubar essa imoralidade”, assegurou.

Em seguida foi a vez de o deputado Othelino Neto criticar duramente a criação do Fundo e rebater a acusação do bloco governista de que o candidato a governador pela oposição, Flávio Dino (PCdoB), estaria caindo nas pesquisas.

“Trocaram de candidato e vem falar de desespero da oposição. Não conseguem sequer, a menos de uma semana do fim do prazo das convenções, escolher um vice. E nós que estamos desesperados? Não, quem está desesperado é um grupo que há 50 anos manda no Estado e que percebe o império ruir”, assegurou. 

(Agência Assembleia)

Adeus, Sarney!

*Por Reinaldo Azevedo
Ai, ai… Lá vamos nós. Como vocês sabem, José Sarney inventou um Estado do qual ele pudesse ser senador: o Amapá. Foi a sua turma que forçou a mão na Constituinte de 1988 para que houvesse a mudança de status do então território. Em 1991, instalou-se o Estado, o político maranhense estabeleceu lá o seu domicílio eleitoral — o que é piada porque, obviamente, nunca morou na região —, elegeu-se um dos senadores e permanece nessa condição até agora, já no seu terceiro mandato. Antes disso, sua carreira toda foi feita no Maranhão, até que a Presidência da República lhe caiu no colo, vocês sabem como. Nesta segunda, fez o anúncio oficial de que não vai disputar a eleição neste ano. A decisão está sendo vendida por sua turma como uma espécie de descanso do guerreiro. Obviamente, não é disso que se trata.
Sarney só está largando o osso porque não conseguiria, vejam que vexame!, se reeleger no Amapá. Não é o guerreiro que decidiu se aposentar da luta; é o povo que decidiu aposentá-lo. A situação no Estado, apesar dos esforços de Lula, está conflagrada. O chefão petista tenta impor o apoio do PT a Waldez Goes, do PDT, que é homem de Sarney, mas o PT quer manter a aliança com o governador Camilo Capiberibe, do PSB. A petista Dora Nascimento, vice-governadora, afirma que não há acordo com o grupo do ainda senador. Vamos ver. Não se esqueçam de que Lula quebrou o PT maranhense para impor a aliança com Roseana. Sarney encomendou pesquisas e chegou à conclusão de que não conseguiria se reeleger.
A presidente Dilma esteve em Macapá nesta segunda para entregar unidades do programa Minha Casa Minha Vida. Estava devidamente escoltada pelo velho político. Esses eventos, como vocês sabem, têm hoje o público rigidamente controlado pela turma do Planalto. Mesmo assim, Sarney foi vaiado cinco vezes.
Pior: Capiberibe estava no palanque e fez um discurso francamente hostil ao senador. Anunciou que as ruas do conjunto habitacional receberiam nomes de pessoas que lutaram contra a ditadura, como Miguel Arraes, avô do presidenciável Eduardo Campos, Leonel Brizola e Vladimir Herzog, entre outros. Parece que citou também Carlos Marighella — aí já vira homenagem a assassino, né? Mas fazer o quê?
Referindo-se indiretamente a Sarney, mandou brasa: “É preciso lembrar e reverenciar os que ousaram lutar. A senhora [dirigia-se a Dilma] lutou e pagou um preço alto. Existem aqueles que se aliaram aos ditadores, não podemos esquecer, o Brasil não pode esquecer, senão, poderemos voltar a viver aqueles anos tristes”.
Sarney, cujo grupo, se a eleição fosse hoje, perderia também no Maranhão — o favorito é Flávio Dino, do PCdoB — ouviu tudo calado. Resta-lhe agora criar má literatura de ficção, no que ele é bom, para tentar fazer parecer um ato de vontade sua o que é vontade do povo. Chegou a hora de ir para casa. O homem exerce cargo púbico desde 1955. Já está bom, né? Nesses 59 anos, aprendemos a que vieram os Sarneys. O Maranhão, o Estado com os piores indicadores sociais do país, embora não exiba a seca que caracteriza o agreste nordestino, também sabe. E os maranhenses conhecem o atraso literalmente na carne.
A pior obra de Sarney, acreditem, não é a literária. Adeus!
* Colunista de Veja


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Sarney joga a toalha e desiste da candidatura ao Senado

O senador José Sarney teria confidenciado a interlocutores no Amapá que estava desistindo da disputa ao Senado em função da insistência do deputado Davi Alcolumbre em também disputar a vaga, e ainda pelo fracionamento do grupo político que, historicamente, tem lhe garantido a reeleição. 

Segundo fonte muito próxima ao senador, Sarney teria partido de Macapá, na quinta-feira, 19, extremamente aborrecido com a fragmentação de seu grupo político no Estado.
Além da relutância do antigo aliado Davi Alcolumbre em manter a sua candidatura ao Senado, que lhe tira votos na base eleitoral, Sarney estava descontente com o fracionamento do grupo político que lhe tem dado sustentação política no Estado, conhecido como "harmonia entre os poderes", ou simplesmente "grupo da harmonia", composto por políticos, empresários e outras autoridades, que foram apeados do poder nas eleições de 2010, com a eleição ao governo do socialista Camilo Capiberibe (PSB/AP), e que, até pouco tempo, eram comandados pelo ex-governador Waldez Góes, que foi preso – juntamente com as outras autoridades – pela Polícia Federal na operação "Mãos Limpas".
Outro motivo do agastamento de Sarney é a radicalização do PT local em relação à sua presença política no Estado. Mesmo com interferência da direção nacional, que tem simpatia pelo senador, os petistas amapaenses não abrem mão de seguir com o PSB nestas eleições. A vice-governadora Dora Nascimento (PT/AP), que é pré-candidata ao Senado, diz com todas as letras e para quem quiser ouvir que com Sarney não tem acordo.
Mas a gota d'água para a desistência do velho oligarca teria sido o conhecimento antecipado dos resultados da pesquisa de intenção de votos realizada pelo Ibope no Amapá. A pesquisa foi anunciada pelos seus próprios aliados da mídia amapaense, inclusive noticiaram a data do fechamento de seu campo, mas depois, estranhamente, informaram através de uma nota lacônica que a tal pesquisa teria sido cancelada. Reza a lenda que Sarney teria mexido os pauzinhos para que a pesquisa não fosse divulgada.
Isso porque, nela, Sarney teria visto tudo o que não esperava ver. O seu crescimento nas intenções de voto para o Senado teria empacado em torno dos 23 pontos percentuais, enquanto as dos seus adversários teriam avançado. Inclusive, a própria avaliação positiva do governador do Estado, Camilo Capiberibe, um desafeto político histórico, teria crescido significativamente. O senador octogenário teria vislumbrado, neste cenário, uma ameaça de morte ao seu projeto de reeleição e teria resolvido jogar a toalha.
Um fato parece confirmar essa versão. Na edição deste domingo, 22, do jornal A Gazeta, um periódico ligado umbilicalmente ao senador, na coluna Gazetilha, o político maranhense, em tom de despedida, afirma que "qualquer que seja a sua decisão sobre concorrer ou não ao cargo de senador, continuará ajudando o estado a se desenvolver". O curioso é que as notas que falam do político maranhense têm o sugestivo titulo de "A hora de Sarney", como que a indicar uma "passagem" para outra esfera política.

Sem dúvida, sem poder contar com as máquinas do Estado e do município, que estão nas mãos de seus adversários políticos, com o grupo esfacelado e ainda ter que se defender do fogo amigo, a campanha de Sarney à reeleição seria um empreitada extremamente difícil de alcançar êxito. Para quem já foi presidente da República seria um triste e inglório fim. Melhor tirar o time de campo e ficar, de agora em diante, na plateia. Doí menos...

Fonte: mzportal


“Bacanal Eleitoral” cria desafio para Dilma no Rio

Prefeito Eduardo Paes lembra orgias do deus do vinho, Baco, para definir cena eleitoral no Rio de Janeiro; marineiro Alfredo Sirkis chama de "suruba" a consolidação das alianças partidárias; aliados da presidente Dilma Rousseff fortalecem os principais adversários dela; governador Luiz Fernando Pezão leva antecessor Sergio Cabral a sair da disputa pelo Senado para ter como candidato o ex-adversário Cesar Maia, do DEM; chapa Aezão, criada por Jorge Picciani, presidente regional da legenda, se fortalece; petista Lindbergh Farias atrai deputado federal Romário (PSB) como candidato a senador e, na prática, firma aliança com presidenciável Eduardo Campos; é o Carnaval fora de época e proibidão?

A troca de alianças entre partidos atingiu no Rio de Janeiro um novo estágio. Classificado de "bacanal eleitoral" pelo prefeito Eduardo Paes e como "suruba" pelo deputado federal Alfredo Sirkis (PSB), esse é o nível em que vai sendo posicionada a rodada definitiva de acordos para as eleições a presidente, governador e senador.
No final de semana, os chefes partidários transformaram o que parecia ser, no máximo, um carnaval animado numa festa com cenas as mais inusitadas. Mesmo líder nas pesquisas para a eleição ao Senado, o ex-governador Sergio Cabral, que sempre se mostrou aliado da presidente Dilma Rousseff, abriu mão de sua candidatura para permitir a entrada do ex-adversário Cesar Maia, do DEM, na coligação regional.
Sob a bandeira da chamada chapa Aezão, que pede o voto para o tucano Aécio Neves e o governador peemedebista Luiz Fernando Pezão, Maia será o candidato a senador. "Promete pedir voto para você com a mesma ênfase que farei por meus companheiros de partido", disse Pezão para Cesar Maia no ato que selou a nova amizade.
Enquanto isso, noutro movimento surpreendente, e mais uma vez contra os interesses da presidente Dilma, o candidato petista ao governo, senador Lindbergh Farias, atraiu para sua chapa o deputado federal Romário (PSB), que será candidato a senador. Com isso, Lindbergh fortaleceu no Rio o presidenciável Eduardo Campos, que passa a ter um palanque mais forte.
A aliança entre o PT e o PSB no Estado levou o deputado federal Alfredo Sirkis, um dos mais ligados à ex-ministra Marina Silva, a chamar o acordo de "suruba", usando uma imagem ainda mais forte que a empregada pelo prefeito Paes. Este, aliás, parece estar afivelando as malas para encontrar um novo partido para atuar.
Para o deputado federal Anthony Garotinho (PR), líder nas pesquisas de intenção de voto para governador, o resultado das mexidas é o risco de isolamento de Dilma no terceiro maior colégio eleitoral do País.
Fonte: Brasil 247