quinta-feira, 29 de maio de 2014

Barbosa deve anunciar aposentadoria no plenário do Supremo ainda nesta quinta-feira

Ministro comunicou aos presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros e Henrique Alves, que deixará o tribunal

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, passou nesta quinta-feira pela Senado e pela Câmara dos Deputados para anunciar sua aposentadoria aos presidentes das duas casas. Barbosa comunicou ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL) que deixará o tribunal. Depois, ele conversou com o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Aves (PMDB-RN). Segundo Alves, Barbosa disse que agora “vai se dedicar à vida privada”. O ministro deve fazer um pronunciamento nesta quinta-feira na abertura da sessão plenária do Supremo. Há meses ele vinha deixando claro sua intenção de se aposentar até o fim deste ano.

- Ele (Joaquim) disse que vai deixar o STF. Nos comunicou que a visita era para se despedir. Sentimos muito porque é uma das melhores personalidades do país. Estamos muito tristes - disse Renan Calheiros.
O presidente do Senado afirmou que a aposentadoria de Joaquim Barbosa deve se dar em junho, mas ainda não teria data confirmada.
No percurso entre o Senado e o gabinete do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Joaquim evitou confirmar, mas indiretamente deixou claro que vai se aposentar mesmo.
- Aguardem. Direi no momento oportuno. Não confirmo nada - disse Joaquim.

Mas, ao ser perguntado por uma repórter se deixará o tribunal em junho, o presidente do STF deixou claro que está de saída.
- Não tem data ainda.
Antes de ir para o Senado, Barbosa se encontrou com a presidente Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto. Foi Barbosa quem pediu a audiência, que durou cerca de 15 minutos. Segundo o Planalto, participaram do encontro somente Barbosa e Dilma. O ministro pediu que a presidente mantivesse reserva sobre o teor da conversa.
Barbosa repassaria a presidência do STF no fim do ano para o ministro Ricardo Lewandowski, com que quem ele não tem bom relacionamento desde o início do processo do mensalão, quando ambos ficaram em campos opostos.

HENRIQUE ALVES CONFIRMA DECISÃO DE BARBOSA - O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), confirmou que o presidente do STF irá se aposentar.
- Ele (Joaquim) veio de forma gentil e respeitosa nos comunicar que vai se aposentar agora, antes do recesso (em julho). Ele disse que já vinha amadurecendo essa questão há tempos e que tomou essa decisão há dois meses - disse Henrique Eduardo Alves, que continuou:

- Foi um mandato importante (de Joaquim no STF), polêmico, mas com uma conduta muito responsável. Desejei-lhe boa sorte na nova vida que vai iniciar. Ele disse que sai com a consciência de dever cumprido e que vai se dedicar à vida privada. Disse também que ficará entre Rio e Brasília. E que vai assistir à Copa do Mundo - completou Alves.

BARBOSA NÃO PODE MAIS SER CANDIDATO ESTE ANO - Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello e Gilmar Mendes disseram nesta quinta-feira que Joaquim Barbosa não pode mais se candidatar nas eleições deste ano. Para isso, teria que ter deixado o cargo com pelo menos seis meses de antecedência, ou seja, até o começo de abril.
- Ele teria que ter se desincompatibilizado (do cargo de ministro do STF) até 4 de abril. Parece que o cavalo passou encilhado e ele não colocou o pé no estribo. Não dá mais. Agora, ele está inelegível - explicou Marco Aurélio.

O ministro criticou a decisão de Barbosa de deixar o cargo. Por outro lado, minimizou o caso, lembrando das fortes dores de coluna do colega. Marco Aurélio disse que vai deixar o cargo só quando não o deixarem mais, ou seja, quando completar 70 anos, idade da aposentadoria compulsória.

- Ele tem um problema seríssimo de coluna. Eu como integrante do Supremo não concebo que se vire as costas a uma cadeira no Supremo. Eu, por exemplo só vou sair na undécima hora, com cartão vermelho, "vai pra casa". Agora, ele tem um problema de saúde muito sério. E talvez por isso esteja deixando. Meu Deus do céu, ele é um homem de quantos anos? - questionou Marco Aurélio.
Informado de que Barbosa fará 60 anos em outubro, o ministro disse:
- Teria praticamente 11 anos (ainda de Supremo).

Fonte: O Globo



PT nacional não reconheceu José Heluy como vice de Lobão Filho

A executiva nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) reconheceu em parte a pré-candidatura de José Antônio Heluy a vice da chapa de Lobão Filho.

Desta forma, o presidente do PT no Maranhão, Raimundo Monteiro, deverá ter encontro com a executiva nacional para estabelecer a aliança entre as duas siglas.

Confira a nota do Diretório Estadual do Partido dos Trabalhadores, divulgada, nesta segunda-feira (26), pelo presidente Raimundo Monteiro:


Fonte: TV Guará


Tucanato descarta candidatura de João Castelo ao Senado

A Executiva Nacional do PSDB descartou, no começo da noite desta quarta-feira, 28, qualquer possibilidade de João Castelo ser candidato a senador nas eleições deste ano.

Na reunião conduzida pelo presidenciável Aécio Neves, ficou definido que o partido indicará o nome do deputado federal Carlos Brandão para vice da chapa do ex-presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB).

De acordo com um dos presentes na reunião, o ex-prefeito de São Luís ainda argumentou, alegando que as últimas pesquisas indicaram que a sua candidatura seria bem mais viável que a de Roberto Rocha (PSB). No entanto, a executiva tucana optou por confirmar o acordo firmado com Dino no início do mês.

Agora, João Castelo vai insistir na candidatura até as convenções, mas deverá ser efetivado como candidato a deputado federal. A filha dele, deputada estadual Gardeninha Castelo (PSDB), abrirá mão de concorrer à reeleição.

A decisão do PSDB foi comemorada com euforia pelo ex-tucano Roberto Rocha, na sede da Imagine Comunicação.

Fonte: Marrapá



MA permanece com 18 deputados federais apesar da decisão do TSE

A Mesa Diretora do Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (28) proposta do presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), para que o Congresso Nacional mova uma ação declaratória de constitucionalidade do decreto legislativo que altera o número de deputados federais em 13 estados.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu ontem que o decreto legislativo é inválido e retomou uma resolução já aprovada pelo próprio tribunal anteriormente alterando a representatividade dos estados na Câmara. Com base em dados do Censo de 2010, o tribunal alterou o número de deputados federais de 13 estados, alguns para mais, outros para menos.

Renan Calheiros, que também é presidente do Congresso, considerou que decisão invade as competências do Parlamento e criticou o TSE. “Nós já temos uma lei complementar que diz que qualquer alteração na representação deverá ser feita por lei complementar. O TSE não pode fazer isso diretamente”, alegou.

Nesta quinta-feira (29), Renan terá uma reunião no Senado com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa.

No caso do Maranhão, a bancada federal do estado permaneceu com 18 representantes.

Fonte: TV Guará


Flávio Dino mantém vantagem de 30 pontos percentuais sobre Edinho

O instituto Amostragem divulgou na tarde de ontem os números da corrida eleitoral para o Governo do Estado. Com 54% das intenções de voto, Flávio Dino (PCdoB) lidera a corrida pelo Palácio dos Leões contra 18,92% de Lobão Filho (PMDB), segundo colocado.
No cenário mais provável para o confronto eleitoral, em terceiro aparece Antônio Pedrosa (PSOL) com 1,46% seguido de Saulo Arcângeli (PSTU), 1,23%. Do total de 1300 eleitores maranhenses ouvidos, 13,46% disseram que ainda não sabem em quem votarão e outros 10,92% afirmam que votariam brancos e nulos.
Em um embate direto entre os dois pré-candidatos favoritos na disputa eleitoral, Flávio Dino também venceria com 57,46% dos votos. Já Lobão Filho teria 20,62% dos votos. Neste cenário, 11,08% ainda não sabem em quem votar e 10,85% votariam branco ou nulo.
O instituto Amostragem realizou pesquisa entre os dias 16 e 19 de maio e ouviu 1300 eleitores de 40 municípios em todas as regiões do estado. A pesquisa está registrada sob o protocolo MA-00012/2014 no Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão e possui margem de erro de 2,66 pontos para mais ou para menos.
REJEIÇÃO – Quando os eleitores são perguntados em quem não votariam de jeito nenhum, 38,77% dos eleitores maranhenses responderam Lobão Filho. No quesito rejeição, em segundo lugar fica Antonio Pedrosa, com 27,15%, seguido de Saulo Arcângeli (23,23%) e Flávio Dino (15,85%). Branco ou nulo somam 4,06% e 11,08% disseram não saber ou preferiram não responder.

Esta é a primeira pesquisa realizada pelo Instituto Amostragem para avaliar o embate tendo Lobão como pré-candidato apoiado pelo grupo Sarney, após a renúncia da candidatura de Luís Fernando Silva (PMDB).
Fonte: Jornal Pequeno


sexta-feira, 23 de maio de 2014

Supremo vai avaliar suspeita de que Sarney foi beneficiado por banqueiro

Senador teria sacado R$ 2 milhões do Banco Santos antes de intervenção. Ao G1, José Sarney disse que não recebeu informação privilegiada

A Justiça Federal de São Paulo enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) documentos que apontam a suspeita de que o senador José Sarney (PMDB-AP), ex-presidente da República, recebeu informação privilegiada por resgatar R$ 2 milhões aplicados em fundos do Banco Santos um dia antes de o Banco Central decretar intervenção na instituição financeira, em novembro de 2004.
Ao G1, Sarney disse que não recebeu informação privilegiada e que só resgatou os valores porque todos estavam tirando dinheiro em razão do noticiário sobre o banco. "Eu tirei porque todo mundo estava tirando", declarou.

O senador lembrou que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) já entendeu que ele não foi favorecido. "Na CVM, já foi encerrado. Acredito que será arquivado no Supremo", disse.
Após decretar a intervenção, o BC identificou empréstimos irregulares e práticas de gestão fraudulenta. Diversas empresas perderam dinheiro. Segundo o Ministério Público Federal, os credores do banco tiveram prejuízo de mais de R$ 2 bilhões.

Os documentos sobre a suposta relação do senador Sarney com o caso chegaram ao Supremo na segunda-feira (19). O relator do caso é o ministro Dias Toffoli, que deverá autorizar ou não a continuidade da apuração.
Nesta quinta-feira (22), Toffoli enviou o processo para a Procuradoria Geral da República, que não tem prazo para dar um parecer sobre o assunto e devolver o processo.
A ação que apura se o banqueiro Edemar Cid Ferreira cometeu crimes contra o sistema financeiro no Banco Santos tramitou na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Paulo. O banqueiro já foi condenado a 21 anos de prisão por crimes como gestão fraudulenta, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, mas recorreu.

A 6ª Vara enviou os documentos sobre Sarney ao Supremo porque, como senador, ele só pode ser investigado em inquérito autorizado pela Suprema Corte.

O Ministério Público Federal em São Paulo apontou a possibilidade de Sarney ter sido beneficiado e ter cometido crime contra o sistema financeiro em razão de sua "proximidade" com o banqueiro Edemar Cid Ferreira. Eles seriam amigos íntimos, conforme a Procuradoria. Testemunhas dizem que o próprio banqueiro teria dado instruções para o resgate do dinheiro.

Fonte: G1

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Dilma tem 40%, Aécio, 20%, e Campos, 11%, aponta pesquisa Ibope

Na pesquisa anterior (abril), Dilma tinha 37%, Aécio, 14%, e Campos, 6%. Instituto ouviu 2.002 eleitores entre os últimos dias 15 e 19 em 140 cidades.


A presidente Dilma Rousseff  (PT) aparece com 40% das intenções de voto na eleição deste ano, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta quinta-feira (22).
Outros nove pré-candidatos a presidente da República somados acumulam 37%.
O segundo colocado na pesquisa é Aécio Neves (PSDB), com 20%; o terceiro, Eduardo Campos (PSB), com 11%; e o quarto, Pastor Everaldo, do PSC (3%). As intenções de voto nos outros seis pré-candidatos somam 3%.
Nos dois levantamentos anteriores do Ibope, Dilma tinha 40% em março e 37% em abril; Aécio registrou 13% em março e 14% em abril; Campos, 6% em março e em abril; e Pastor Everaldo, 3% em março e 2% em abril (veja as comparações no gráfico abaixo).

Confira abaixo os resultados da pesquisa de maio do Ibope:
- Dilma Rousseff (PT): 40%
- Aécio Neves (PSDB): 20%
- Eduardo Campos  (PSB): 11%
- Pastor Everaldo (PSC): 3%
- Eduardo Jorge (PV): 1%
- José Maria (PSTU): 1%
- Eymael (PSDC): 0%
- Levy Fidelix (PRTB): 0%
- Mauro Iasi (PCB): 0%
- Randolfe Rodrigues: 0%
- Brancos e nulos: 14%
- Não sabe/não respondeu: 10%

O Ibope ouviu 2.002 eleitores em 140 municípios entre os últimos dias 15 e 19. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

O nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que o instituto tem 95% de certeza de que os resultados obtidos estão dentro da margem de erro.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-00120/2014.

SEGUNDO TURNO
O Ibope simulou quatro possibilidades de segundo turno, duas das quais com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidato no lugar de Dilma Rousseff.

Veja os resultados:
- Dilma Rousseff: 43%
- Aécio Neves: 24%
- Branco/nulo: 24%
- Não sabe/não respondeu: 10%
- Dilma Rousseff: 42%
- Eduardo Campos: 22%
- Branco/nulo: 25%
- Não sabe/não respondeu: 12%
- Lula: 49%
- Aécio Neves: 20%
- Branco/nulo: 21%
- Não sabe/não respondeu: 9%
- Lula: 50%
- Eduardo Campos: 16%
- Branco/nulo: 23%
- Não sabe/não respondeu: 11%

AVALIAÇÃO DO GOVERNO
O Ibope também pediu aos eleitores opinião sobre o governo da presidente Dilma Rousseff. Dos 2.002 entrevistados, consideram o governo
- ótimo: 7%
- bom: 28%
- regular: 30%
- ruim: 13%
- péssimo: 20%
- não sabem ou não responderam: 2%
À pergunta sobre a maneira como Dilma administra o país,
- 47% disseram aprovar
- 48% afirmaram que desaprovam
- 5% não sabem ou não responderam.

Fonte: G1



quarta-feira, 21 de maio de 2014

Arari vai participar de capacitação em perícia e licenciamento ambiental


A Prefeitura de São Luís promove a partir desta quinta-feira (21) o curso de “Aperfeiçoamento em Perícia e Licenciamento Ambiental” que qualificará servidores para o desenvolvimento de atividades relacionadas ao licenciamento ambiental e perícia judicial. O processo de capacitação segue a determinação do prefeito Edivaldo para compartilhamento de novas práticas na gestão pública e valorização dos servidores.
O curso terá carga horária de 480 horas e será realizado na Escola de Governo e Gestão Municipal (Eggem). Sob a coordenação da Secretaria de Meio Ambiente (Semmam), a capacitação foi desenvolvida pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) que expedirá os certificados aos participantes. As aulas serão ministradas por professores e técnicos do Departamento de Ciências Ambientais da UFSCar e profissionais de outras Instituições de Ensino Superior.
Com a formação, os servidores terão contato com experiências em âmbito nacional sobre a melhor forma de controle da utilização dos recursos naturais. Além do funcionalismo municipal de São Luís, esta primeira turma também será formada por membros do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE); e das prefeituras de Balsas, São João dos Patos, Bacabeira, Miranda do Norte e Arari.


Campos admite que pode romper de vez com o PSDB

Pacto de não agressão entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) parece estar próximo do fim; a decisão do PSB em lançar candidato próprio em Minas Gerais, associada às pressões da vice na chapa de Campos, Marina Silva, para evitar uma aliança com os tucanos, estremeceram a relação entre os partidos; “Estamos vivendo uma nova fase. Uma nova eleição. O PSB recebeu, em outubro, a Rede Sustentabilidade, e os companheiros do PSB e da Rede entendem que depois da escolha do PSDB [em lançar o ex-ministro Pimenta da Veiga como candidato ao governo de Minas], é hora de o PSB ter candidato”, disse Campos.

O pacto de não agressão entre os presidenciáveis Eduardo Campos (PSB) e Aécio Neves (PSDB) parece estar cada mais próximo do fim. A decisão da legenda socialista em lançar candidato próprio em Minas Gerais associada às pressões da vice na chapa de Campos, a ex-senadora Marina Silva, para evitar uma aliança com os tucanos em diversos estados estremeceram as relações entre os partidos. O último ato desta pendenga foi desferido pelo próprio Eduardo Campos, nesta terça-feira (20), durante sua passagem por Feira de Santana (BA).
“Agora estamos vivendo uma nova fase. Uma nova eleição. O PSB recebeu, em outubro, a Rede Sustentabilidade, e os companheiros do PSB e da Rede entendem que depois da escolha do PSDB [que lançou o ex-ministro Pimenta da Veiga como candidato ao governo de Minas] é hora do PSB ter candidato”, disse o ex-governador de Pernambuco. Apesar da declaração, o socialista disse que a decisão de lançar ou não candidato próprio em Minas caberá ao diretório estadual e que ele não irá interferir na decisão.
 “Nós temos uma aliança com o PSDB em Minas que não é de hoje. Tivemos o apoio do PT e do PSDB para o nosso candidato (Márcio Lacerda) em Belo Horizonte, mas agora estamos vivendo uma nova fase, uma nova eleição e eu respeito as instâncias partidárias. Tenho a formação política de quem respeita a opinião dos outros”, justificou Campos.
O pacto entre as legendas teria sido selado em fevereiro, quando Aécio Neves encontrou-se com Campos, no Recife. Na ocasião, Aécio declarou que o PSB apoiaria a chapa tucana em Minas Gerais enquanto o PSDB apoiaria a candidatura do socialista Paulo Câmara em Pernambuco. Nos últimos dias, porém, com o crescimento da possibilidade do PSB lançar Júlio Delgado como candidato ao Palácio da Liberdade, os tucanos elevaram o tom ao cobrar o cumprimento do acordo.
Em Pernambuco, o partido já tem o deputado estadual Daniel Coelho como opção para disputar o Palácio do Campo das Princesas, evidenciando a possibilidade de um rompimento total com a campanha de Paulo Câmara. No caso da aliança naufragar, o tucanato pernambucano – que ingressou na base do governo socialista no início do ano – tenderá a apoiar a postulação do senador Armando Monteiro Neto (PTB) em um eventual segundo turno, que já tem o PT como seu maior aliado nas eleições estaduais.
O rompimento do pacto entre as legendas também deverá atiçar os ânimos entre Campos e Aécio. Nas últimas semanas, Campos vem tentando mostrar ao eleitorado as diferenças programáticas e ideológicas entre o PSB e o PSDB, o que inclui uma série de críticas a Aécio e ao partido tucano. A guinada é atribuída a dois fatores: a necessidade de tornar-se mais conhecido pelo eleitor e firmar-se como alternativa à polarização entre PT e PSDB, e acalmar os ânimos de Marina e de membros da Rede que não desejam uma aliança com o que chamam de “velha política”, neste caso representada pelo PSDB.
Fonte: Brasil 247


terça-feira, 20 de maio de 2014

"A família Sarney está saindo do cenário político. Saindo por idade ou cansaço", diz Edinho Lobão ao Valor Econômico

Edinho Lobão diz se considerar "o novo", promete "ruptura" com a "cultura política" que prevalece no Estado e afirma que fará "auditoria" das gestões anteriores para identificar "erros". Para ele, "a família Sarney está saindo do cenário político".

Por Raquel Ulhôa 

Candidato da governadora Roseana Sarney à sua sucessão e polarizando a disputa no Maranhão com Flávio Dino (PCdoB), líder nas pesquisas, o senador Lobão Filho (PMDB) adota como estratégia o distanciamento do grupo político ao qual pertence. Diz se considerar "o novo", promete "ruptura" com a "cultura política" que prevalece no Estado e afirma que fará "auditoria" das gestões anteriores para identificar "erros". Para ele, "a família Sarney está saindo do cenário político".

Em sua primeira campanha eleitoral - assumiu o Senado como suplente do pai, Edison Lobão (PMDB), licenciado para ser ministro de Minas e Energia -, Edinho, como também é chamado no Estado, fala até em "revolução" na gestão e compara o que pretende fazer no Maranhão com o que Tasso Jereissati fez com o Ceará em seu primeiro governo (1987-90), ao derrotar os chamados "coronéis" da política local.

"Eu me considero o novo. Faço analogia direta ao que foi o Tasso Jereissati no Ceará. É uma nova forma de gestão pública, de resultados, de metas, de meritocracia. (...) Quando se fala em coronel no Maranhão, se imagina logo a família Sarney. A família Sarney está saindo do cenário político. Saindo por idade ou cansaço. Roseana não é mais candidata a nada. Então, não preciso combater os coronéis. Eu preciso, agora, combater a cultura política, que não é exclusiva à família Sarney."

O pemedebista diz não ter "críticas profundas à forma de gestão" de Roseana, mas garante que a sua seria "completamente diferente". Dá exemplos. "Roseana ouviu pouco os prefeitos. Eu quero ouvir mais. Não dá para imaginar ser professor de Deus, saber tudo. Tem que ouvir as vozes que chegam do interior", cita. Defende fiscalização mais rígida de convênios e penalizações mais duras a desvio de recursos.

Para Dino, ex-juiz federal, ex-deputado federal, advogado e professor universitário, adversário da família Sarney, Lobão é "aventureiro, não tem qualquer ideia sobre o Estado e representa o modelo coronelista e oligárquico". O PCdoB é da base da presidente Dilma Rousseff, mas Dino não tem apoio do PT, que deve indicar o vice do adversário. Dino está fazendo aliança com os presidenciáveis Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB). Mas setores do PT preferem o ex-deputado e ex-deputado diz que seu palanque "continua aberto à presidente, se ela quiser."

A campanha nem começou e o embate entre os dois principais pré-candidatos a governador do Maranhão ambos está acirrado. Na semana passada, Dino entrou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) por injúria contra o senador. Lobão Filho disse em entrevista a uma rádio que ofereceria R$ 20 mil reais "a quem trouxesse os processos da Embratur [na gestão de Dino, que deixou o cargo em março], onde há claramente crime de má gestão, de roubo e de furto".

Ao Valor, Lobão Filho admite ter cometido um erro. "Candidato não pode ter um linguajar desse", reconhece. Segundo ele, a orientação para sua equipe é não fazer ataque pessoal.

Para o senador José Sarney (PMDB-AP), Lobão Filho vai ganhar a eleição. "Ele foi lançado agora e já está com 25%", diz, referindo-se a pesquisas de intenção de voto de institutos locais. Nelas, Dino aparece, em geral, com cerca de 50%. Sarney não considera a falta de experiência um problema. "Ele teve bom desempenho como senador. E a estrutura política que o sustenta é muito grande."

Dino tem procurado mostrar o contraste entre as duas candidaturas. Há um ano, vem realizando seminários e plenárias para discutir os problemas do Maranhão e elaborar o programa de governo. Chamado de "Diálogos pelo Maranhão", o movimento ganhou um site, para o eleitor conhecer as propostas e fazer sugestões.

O ex-presidente da Embratur quer trocar o que ele chama de "lógica do sarneyzismo desde os anos 70, cuja ênfase são os grandes projetos exportadores", como Grande Carajás, Base de Alcântara e refinarias, por uma política de apoio a atividades econômicas primárias, como agricultura, pecuária e pesca. A empresários garante melhoria do ambiente de negócios, combatendo "o patrimonialismo, a corrupção e a propina generalizada". Planeja implantar uma política de desenvolvimento industrial aproveitando a terra abundante, energia, gás, ferrovias e complexo portuário, entre outras vantagens do Estado.

Empresário com investimentos diferentes, entre eles um grupo de comunicação com rádio e televisão e uma construtora, Lobão Filho diz que pretende adotar gestão empresarial no governo e "transformar o Maranhão numa potência econômica". Para ele, Dino tem um discurso "de uma nota só", contra "os 50 anos do que ele chama de oligarquia e contra a família Sarney, como se fosse responsável por todas as mazelas do Estado".

A ideia do senador é adotar "metodologia científica" para identificar as vocações econômicas de cada região do Estado e investir nelas. Cita, entre os objetivos, expandir a fronteira pecuária para todo o país, explorar o potencial de pesca e levar a produção agrícola do sul para o centro do Estado.

"Meu pai ficou conhecido como governador das estradas [Edison Lobão governou o Maranhão de 1991 a 94]. João Alberto ficou conhecido como governador da segurança [senador do PMDB, governou de 2009 a 2010] e Roseana, da saúde. O meu foco vai ser mudar a realidade econômica do meu Estado", diz. Lobão Filho ia disputar o Senado, mas foi escolhido candidato de Roseana ao governo depois que o ex-secretário de Infraestrutura Luis Fernando Silva desistiu.

Ex-presidente do Senado, com 84 anos de idade, Sarney só não confirma a previsão de Edinho que a família sairá do cenário político. Ele diz não ter se decidido se disputará ou não novo mandato de senador pelo Amapá. Questiona suas "condições de exercer o mandato com todo vigor", por causa da idade, e afirma ter "questões pessoais" a resolver.

Fonte: Gilberto Lima


Políticos apostam em derrota de Sarney no Amapá e Maranhão

Senador, que tem seis décadas na vida pública e meio século de parceria com todos os governos, deve se candidatar de novo, porém seu grupo enfrenta dificuldades nos dois Estados
Por Vasconcelo Quadros

Políticos do Maranhão, Amapá e dirigentes nacionais do PSB e PSDB apostam nas eleições de outubro para interromper o ciclo de influência do senador José Sarney (PMDB-AP), a mais felpuda e longeva raposa do Brasil republicano, com seis décadas na vida pública e meio século de parceria com quase todos os governos (a exceção foi o breve período de Fernando Collor) instalados depois do golpe de 1964.
É nos Estados onde Sarney erigiu um grupo político e um império econômico de raras proporções que moram seus principais adversários. Flávio Dino (PC do B), no Maranhão, e Dora Nascimento (PT), vice-governadora do Amapá, fazem parte de uma movimentação que une adversários de peso na tentativa de desgastar a imagem de Sarney para tirá-lo do cenário político.
“Será um prazer ajudar a colocar o senador Sarney num pijama”, diz o senador João Alberto Capiberibe (PSB-AP), o Capi, que assume a contenda como se dela dependesse o aperfeiçoamento do processo democrático. “Será o encerramento de um projeto político clientelista e patrimonialista que não cabe mais no Brasil. Sarney é o atraso”, cutuca.
Entre os adversários do governo, a intenção de jogar luzes sobre Sarney durante a campanha é uma estratégia eleitoral. Os presidenciáveis Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Eduardo Campos (PSB-PE), por exemplo, há poucos dias pediram aos eleitores a chance de colocar o PMDB e Sarney na oposição.
Capi, que já foi governador do Amapá, atribui a influência do ex-presidente à cassação de seu mandado, e da mulher, Janete, em 2006, eleitos à época, respectivamente, para o Senado e Câmara. “Fomos acusados de comprar dois votos por R$ 26,00, pagos em duas prestações. Nossa cassação teve influência direta do Sarney”, lembra Capi.
No Amapá, Capi orientou seu grupo, representado pelo governador Camilo Capiberibe, seu filho, a dar apoio incondicional à candidatura de Dora Nascimento para a única vaga em disputa para o Senado. Dora voltou do encontro nacional do PT, em São Paulo, há duas semanas, animada por não ter recebido um veto explícito do presidente do partido, Rui Falcão, e mandou seus assessores tocar a campanha.
“Ela tem todas as condições para vencer e só não será nossa candidata ao Senado se o PT não quiser”, avisa Capi. O problema de Dora leva o nome de Luiz Inácio Lula da Silva, o “comandante geral” da campanha petista que, ao priorizar a reeleição de Dilma – ninguém duvida – passará como um trator por cima das questões regionais.
Dora ouviu de Falcão que o comando nacional quer o apoio do PT do Amapá a Sarney. Mas como é ainda pré-campanha e para evitar a antecipação de uma crise anunciada, Falcão não deu ao desejo tom de imposição. Crítico do fisiologismo do PMDB governista, do qual Sarney é um dos principais representantes, o presidente petista está deixando a corda esticar.
Ciente das dificuldades apontadas pelas pesquisas, Sarney fez na semana passada uma parada obrigatória em Macapá, a capital do estado por ele criado quando foi presidente da República e para onde raramente vai, embora há 24 anos o Amapá venha lhe cedendo a cadeira do Senado que o mantém no centro do poder.
Sarney ainda não assumiu a candidatura, mas envolveu-se em intensa costura de bastidores para tentar reverter o favoritismo do candidato do DEM, Davi Alcolumbre, e brecar o crescimento de Dora, que aparece em quarto lugar. Com o ex-senador Gilvam Borges (PMDB), o terceiro nas pesquisas, seu fiel escudeiro, Sarney nem se preocupa. Confia na hipótese de que ele abriria mão da disputa a seu favor.
Nas contas do PSB, os indicativos políticos conspiram contra Sarney. Se insistir na candidatura, embora seja o responsável pela indicação de todos os ocupantes de cargos federais no estado, ele terá a máquina estadual totalmente contra. Caso Dora seja obrigada a retirar a candidatura, o PT local dificilmente apoiaria Sarney porque ela se manteria na disputa pela reeleição a vice-governadora.
“Em 2006, o Sarney teve o apoio do governo, de 23 dos 24 deputados estaduais, de todos os deputados federais, de 132 dos 140 prefeitos e de todos os vereadores. Ainda assim, teve de despejar R$ 20 milhões no estado. O cenário agora é oposto: o Amapá quer se livrar de Sarney e, aos 84 anos ele sabe dos riscos que enfrentaria”, diz Capi, para quem o fim do mais longo ciclo de hegemonia na história da República pode se dar por uma simples desistência de Sarney.
CACOETE - Procurado pelo iG por meio de sua assessoria de imprensa, Sarney informou apenas que está avaliando o cenário. Dentro de 30 dias deve anunciar sua decisão. Os sinais de que pretende disputar apareceram no gesto de um pupilo, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), que abriu mão da relatoria da PEC 111 (que incorpora aos quadros da União servidores demitidos dos antigos territórios do Amapá e Roraima), para que Sarney assumisse a paternidade da medida e, assim, possa fazer média com os cerca de 6 mil servidores que podem ser beneficiados.
Quem conhece Sarney acha que o instinto de sobrevivência o empurrará para a disputa, já quem sem um mandato, com seu grupo se esfacelando no Maranhão e problemas acumulados pela família na Justiça, ficaria desconfortável como opositor. Há 50 anos na “janela” do poder, Sarney adquiriu cacoetes de cacique por exercer com raro apetite o controle das máquinas: é o responsável direto ou indireto pelos principais cargos de cinco ministérios (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Aviação Civil e Turismo), indicou mais de 30 cargos federais no Amapá e no Maranhão, e domina a Esplanada, em Brasília, com dezenas de apaniguados em postos-chave. Minas e Energia ele controla de “porteira fechada”.
“O Sarney nem sabe o que é ser de oposição”, alfineta o ex-governador do Maranhão, José Reinaldo Tavares, ex-aliado e hoje desafeto instalado no PSB. O poder de Sarney é tão visível que, em 2011, o Palácio do Planalto rendeu-se a seu veto a indicação do delegado Roberto Troncon para a direção da Polícia Federal. Hoje superintendente da PF em São Paulo, Troncon era responsável pela direção executiva do DPF, órgão que havia cacifado as investigações que encontraram pegadas de Fernando Sarney, o filho empresário do senador, em irregularidades nas obras da Ferrovia Norte-Sul no Maranhão.
É impossível dimensionar o império econômico da família Sarney porque ele se fraciona em dezenas de integrantes. O senador declarou à Justiça Eleitoral em 2006, ser dono de bens e valores que totalizam R$ 4.263.263,45, cifra modesta de uma contabilidade em que nem consta a mansão onde ele mora, no Lago Sul de Brasília, avaliada, por baixo, em R$ 4 milhões.
No Maranhão, sede do Grupo Mirante, que inclui a afiliada da TV Globo, repetidoras, emissora de rádio e jornais, os bens da família chegam à casa dos bilhões, resultado de uma vida inteira dedicada aos negócios impulsionados pela influência política do chefe do clã. “O grupo político de Sarney acaba em 2014”, avalia José Reinaldo, empenhadíssimo na derrocada do clã.
SEM CANDIDATO - Lá, o ex-secretário de Infraestrutura, Luiz Fernando, que estava havia um ano e meio em campanha e representaria o grupo, foi afastado da disputa pela governadora Roseana Sarney para abrir espaço para Edison Lobão Filho, o Edinho, filho do ministro das Minas e Energia, o senador Edson Lobão Filho. Edinho nunca disputou uma eleição e só se tornou senador na vaga do pai, gentilmente aberta pelo governo.
José Reinaldo acha que sem um candidato a cargo executivo e diante do amplo favoritismo de Flávio Dino, o governo no Maranhão começa a escapar das mãos do grupo, abrindo caminho para encerramento do ciclo de hegemonia do cacique que acumulou mandatos de deputado, governador, presidente da República e senador. Com 36 anos de parlamento, é o mais antigo congressista da história.
“Quem começa a ocupar o espaço é o Lobão. A família Sarney não terá candidato no Maranhão. Estamos assistindo um desmoronamento de um império por dentro”, diz José Reinaldo, para quem as chances de as oposições – todas elas contra Sarney – triunfarem no Maranhão são matemáticas. Segundo as pesquisas, Dino, que tem o PSDB de Aécio Neves e o PSB de Eduardo Campos na coligação, conta com mais de 50% de vantagem sobre Edinho Lobão e os demais.
A possível eleição de um candidato comunista no Maranhão tem também o sabor de uma vingança histórica: Dino pertence ao mesmo partido dos militantes massacrados na Guerrilha do Araguaia na década de 1970, conflito ocorrido na confluência do Maranhão com o Pará e Tocantins iniciado numa época em que Sarney representava na região, como cacique da Arena e, depois, do PDS, um dos principais aliados do regime militar.
“Acho cedo para se falar em encerramento do ciclo. Não é a primeira vez que Sarney enfrenta uma eleição difícil. Em 2006, com a vitória de Jackson Lago (PDT), falaram a mesma coisa e ele ressurgiu forte, com o apoio do Lula”, lembra o professor de história política da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Wagner Cabral. “A verdade é que o Sarney nunca teve uma eleição fácil. E não tenho dúvidas de que Dilma e Lula subirão no palanque de Edinho para apoiar Sarney”, afirma.
DESGASTE NO CLÃ - Segundo Cabral, a oposição ganhou musculatura porque a imagem da governadora Roseana Sarney se desgastou em função de promessas de campanha não cumpridas – como a instalação de uma refinaria da Petrobras no município de Bacabeira – e a repercussão da mortandade no Presídio de Pedrinhas, no final do ano passado. A crise penitenciária, segundo ele, escancarou a ausência de política de segurança pública e expôs os péssimos números do governo maranhense na área social.
O desgaste, juntado com problemas de saúde, teriam levado a governadora a desistir de disputar o Senado, abrindo mão inclusive de indicar um candidato do grupo ao governo. Assim, abriu espaço para o crescimento de outros caciques peemedebistas, como Lobão e o senador João Alberto Souza.
Um dos dados que reforça a parceria de Lula com Sarney, mas ao mesmo tempo revela a tragédia social do Maranhão, estado com Índice de Desenvolvimento Humano entre os mais baixos do país, está no programa Bolsa Família: 54% da população recebem o benefício. “Esse é o grande libelo acusatório contra Sarney”, diz o ex-governador José Reinaldo Tavares.
As controvérsias ficam por conta dos números eleitorais. Em 2010, um sexto dos 12 milhões de votos que garantiram a vitória de Dilma no segundo turno saíram do Maranhão graças, em boa parte, a influência de Sarney, que converteu em votos os benefícios do Bolsa Família.
Os problemas colocaram Sarney num labirinto cujo caminho, mais uma vez, só poderá ser iluminado pela interferência de Lula, que já deu seu veredito no Maranhão. O presidente do PT, Raimundo Monteiro anunciou oficialmente o apoio a Edinho Lobão, mas a maior parte do partido, algo em torno de 70%, se rebelou e, ainda discretamente, está ao lado de Flávio Dino. “No Amapá o Lula tentará fazer a mesma coisa. Eu até torço para que o Sarney saia candidato ao Senado. Será melhor derrotá-lo nas urnas”, diz o senador João Capiberibe.
O único nome da família Sarney que certamente disputará as eleições em 2014 é o deputado José Sarney Filho, o Zequinha, que sempre se manteve longe do PMDB governista e é dirigente nacional do PV. É o filho “rebelde”, que representa a ala verde, sempre em choque com os interesses do agronegócio defendido pelo pai.
Fonte: IG