O deputado estadual
Othelino Neto (PPS) repercutiu, na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta
quinta-feira (08), o parecer do procurador geral da República, Roberto Gurgel,
pela cassação do mandato da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, por abuso
de poder nas eleições de 2010, e disse que a chefe do Executivo “está provando
do próprio veneno”, em uma referência ao engajamento do grupo Sarney pela
cassação do ex-governador Jackson Lago em 2009. “Quem com ferro fere, com ferro
será ferido”, frisou.
“A governadora está
provando do veneno que ela aplicou no doutor Jackson e nos seus adversários.
Com uma diferença: o doutor Jackson de fato foi injustiçado. E nesse caso,
começa-se a fazer justiça, porque ninguém há de ter dúvida de que, na eleição
de Roseana Sarney, houve abuso de poder político e econômico”, apontou Othelino
Neto.
Durante o
pronunciamento, Othelino disse que o próprio parecer do procurador geral
ressalta que convênios foram utilizados para cooptação de aliados, de
prefeitos, inclusive de partidos de oposição, para que apoiassem a candidatura
da governadora Roseana Sarney. Segundo o parlamentar, pelo longo tempo que
ficou sendo escrito e estudado, o parecer realmente teria que ser consistente,
sugerindo a cassação do mandato de Roseana.
“Eu ficava envergonhado
como maranhense e brasileiro quando via um processo como esse ficar meses na
gaveta do procurador geral. Hoje, fico renovado quando vejo a República
brasileira evoluir com um parecer como esse para mostrar que, mesmo para
aqueles mais poderosos que há anos mandam nesta República e há muitos mais anos
comandam o Maranhão, a lei pode ser aplicada e a punição pelos abusos cometidos,
numa eleição, pode custar o mandato da governadora e do vice-governador”,
comentou o deputado.
POSSIBILIDADE
REAL - Para Othelino, o Maranhão vive um momento
importante onde agora já se sabe que é concreta e real a possibilidade da
governadora do Estado ter seu mandato cassado por ter sido eleita de forma
ilícita. Ele ressaltou que a farra de convênios, evidenciada em gráficos que
foram anexados à peça da ação movida pelo ex-governador José Reinaldo e
preparada pelos advogados Rodrigo Lago e Rubens Júnior, deu-se nos dias em que
se aproximavam a convenção da governadora, nos prazos finais para assinar e
liberar a primeira parcela dorecurso, garantindo a eleição em primeiro turno.
“Agora é esperar que
este parecer seja confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que a
Justiça possa corrigir uma distorção porque, infelizmente, nesses dois anos e
oito meses, o Maranhão já foi penalizado com um péssimo governo”, finalizou
Othelino.
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