Pesquisa de Tábuas de Mortalidade foi
divulgada nesta sexta-feira (2). Santa Catarina é estado com maior expectativa;
o Maranhão tem a menor.
A região Nordeste foi a que registrou o maior
crescimento na taxa de expectativa de vida em 30 anos, com aumento de 12,95
anos. É o que mostram números do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) divulgados nesta sexta-feira (2).
Em todas as regiões e estados do país, o IBGE
constatou acréscimos na esperança de vida ao nascer. No Brasil, em 2010, a
esperança de vida ao nascer no país era de 73 anos, 9 meses e 3 dias, revelando
um acréscimo de 11 anos, 2 meses e 27 dias em comparação com 1980, quando o
índice era de 62,52 anos.
De acordo com o levantamento, moradores da Região
Sul registraram a maior taxa de expectativa de vida, podendo viver até 75,84
anos. Em seguida, vem o Sudeste, com 75,40 anos; na terceira posição está o
Centro-Oeste, com 73,64 anos; o Nordeste ficou em quarto, com 71,20 anos e, na
última posição, está o Norte, com 70,76 anos.
As informações fazem parte das Tábuas de
Mortalidade, que usam dados do Censo de 2010, de estatísticas de óbitos
provenientes do Registro Civil e do Sistema de Informação sobre Mortalidade
(SIM), do Ministério da Saúde referentes a 2010. As tábuas, que são divulgadas
todos os anos, foram recalculadas a partir de um recorte regional. Os dados de
2010 por estado foram divulgados pela primeira vez pelo instituto.
ESTADOS - Santa Catarina foi o estado que apresentou a maior expectativa de
vida tanto para mulheres quanto para homens. Enquanto elas alcançam 79,90 anos,
eles podem chegar até 73,73 anos – a média de idade do estado é de 76,80 anos.
Na contramão está o Maranhão, com o menor índice de
esperança de vida ao nascer, com 68,69 anos. As mulheres de Roraima são as que
vivem menos, segundo o IBGE, com expectativa de vida de 72,81 anos. Já Alagoas
é o estado onde os homens vivem menos, com expectativa de vida de 64,60 anos.
O estado que mais elevou sua expectativa de vida
entre 1980 e 2010 foi o Rio Grande do Norte (média de 15,85 anos). A esperança
de vida aumentou 14,65 anos para homens e 17,03 anos para as mulheres na
unidade federativa.
Segundo o estudo, ao longo de três décadas a
expectativa de vida no país aumentou, anualmente, cerca de 4 meses e 15 dias.
As mulheres brasileiras alcançam idades mais avançadas que as dos homens.
Enquanto elas vivem em média 77,38 anos, eles podem atingir 73,76 anos – uma
diferença de 7,17 anos. Em 1980, essa diferença era de 6,07 anos, segundo o
instituto.
SOBRE MORTALIDADE MASCULINA - O levantamento chama a atenção para a sobre mortalidade masculina,
resultado da maior exposição dos homens aos óbitos por causas externas, como
homicídios ou acidentes de trânsito.
Segundo o IBGE, em 2010, a mortalidade masculina
atingiu principalmente jovens do grupo de idade entre 20 e 24 anos. Houve um
acréscimo de 115,6% na comparação com 1980, uma probabilidade que passou de 2
para 4,4 vezes nos últimos 30 anos. Ou seja, a chance de um homem de 20 anos
não atingir os 25 anos em 2010 era 4,4 vezes maior do que a mesma probabilidade
para a população feminina.
Todos os estados do Brasil tiveram alta na
mortalidade masculina, no grupo de idade entre 20 e 24 anos, segundo o IBGE. O
Nordeste registrou o maior índice, seguido do Sul do país.
O estado de Alagoas foi o que apresentou a maior
taxa de mortalidade, aumento de 348,3% nas últimas três décadas. Bahia vem em
seguida, com alta de 240% no período. O Acre foi o estado que deteve a menor
alta, com acréscimo de 35% nas mortes.
Fonte: G1
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