Deputados estaduais Carlos Alberto Milhomem (PSD) , Edilázio Jr. (PV) e Manoel Ribeiro (PTB) |
"Essencialmente a Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania é para dizer da legalidade ou não de um
projeto." Assim, em poucas palavras, o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), atual vice-presidente
da Comissão e com experiência anterior a frente da Comissão resume o papel de
uma das Comissões Parlamentares mais importantes da Assembleia Legislativa do
Maranhão.
Por isso, geralmente no início
de cada ano legislativo, quando são formadas, ela é objeto de disputas políticas,
já que sua importância está no fato de que todos os projetos encaminhados para
julgamento de mérito nas outras onze Comissões precisam antes passar por ela.
Além de que, casos de cassação de mandatos, proposta de emenda à Constituição,
intervenção em municípios, são alguns exemplos de temas específicos dessa
Comissão.
É sem dúvida a Comissão com
maior número de atribuições reguladas no Regimento Interno (Código de Ética e
Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa). Mas nem por isso, possui número
maior de componentes, conforme determina o
artigo 28 do Regimento sobre a composição e instalação da Comissão:
"Parágrafo 1º Cada Comissão Permanente terá sete membros efetivos e igual
número de suplentes".
Atualmente é
presidida pelo Deputado Edilásio Jr.(PV), Carlos Alberto Milhomem (PSD),
vice-presidente e respeitando-se a proporcionalidade da Casa entre governistas
e oposição, também é composta pelos deputados Marcos Caldas (PRB), Manoel
Ribeiro (PTB), Jota Pinto (PSL), Neto Evangelista (PSDB) e Rubens Pereira
Jr.(PC do B) Sendo suplentes os deputados Raimundo Cutrim (PSD), Francisca
Primo (PT), Hélio Soares (PP), Carlos Amorim (PDT), Cleide Coutinho (PSB), Rigo
Teles (PV) e Fábio Braga (PMDB).
PRESIDÊNCIA - A escolha do presidente da CCJ é uma decisão política dos parlamentares. Como historicamente o governo vem tendo a maioria na casa, em geral é um parlamentar com relação com o governo, que possa ter pulso para decidir, uma vez que tudo que é polêmico passa antes pela CCJ.
PRESIDÊNCIA - A escolha do presidente da CCJ é uma decisão política dos parlamentares. Como historicamente o governo vem tendo a maioria na casa, em geral é um parlamentar com relação com o governo, que possa ter pulso para decidir, uma vez que tudo que é polêmico passa antes pela CCJ.
Recentemente,
por exemplo, coube ao deputado Edilázio Jr (PV) decidir sobre o pedido de
vistas do deputado Rubens Pereira Jr. (PC do B) no caso da operação financeira
com o Bank of América.
Edilázio
Jr. é o mais jovem a presidir a Comissão, uma vez que o perfil historicamente
dos presidentes era de pessoas com mais idade como Carlos Brandão (PSDB), Tatá
Milhomem, Manoel Ribeiro (PTB). "O importante é conseguir ter pulso para
resolver os problemas e entender a dinâmica do jogo", explica Carlos Lula que faz parte de uma equipe de
dez pessoas da Consultoria Legislativa da AL, que subsidia o trabalho da
Comissão desde 2005, inclusive reconhecida pelo deputado: "Estamos
aprendendo muito. Temos a experiência de ex-presidentes como Rubens Jr, Tatá
Milhomem que estão sempre nos orientando e a gente procura estudar e tem um
corpo técnico que ajuda a gente.", afirma o deputado verde.
PARTICULARIDADE - No caso da AL existe uma particularidade quando comparada a Câmara Federal no que diz respeito à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), como é chamada por políticos e técnicos da Casa. Enquanto que na Câmara Federal os projetos são enviados primeiro para as comissões específicas e depois seguem para parecer da CCJ, no Maranhão o projeto primeiro chega a CCJ, para analisada a legalidade com parecer técnico, para depois seguir para as comissões específicas.
Carlos Lula exemplifica
esse trâmite com o caso do Projeto de Lei que segue em tramitação há algum
tempo na AL sobre a ficha limpa para os cargos comissionados: "Foi
proposto, ele vai para a CCJ. Chegando lá o relator designado pelo presidente
vai dá o voto para dizer se o projeto é constitucional ou não. O relator é
amparado pelo parecer da Consultoria Legislativa que é secreto, nem sempre
seguido pelo deputado." Portanto, só vão a Plenário, os projetos com
pareceres favoráveis da CCJ.
Para dar conta
de toda a demanda, a CCJ reúne-se semanalmente numa sala própria todas as
terças 8h30 da manhã, aberta ao público, "onde não só deputados e
jornalistas podem participar para deliberar sobre os assuntos", explica
Carlos Lula.
Fonte: O Imparcial
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