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Deputado Henrique Fontana (PT-RS), relator da reforma |
Os principais pontos da reforma política
deverão ser votados no Plenário da Câmara nos próximos dias 9 e 10, como
anunciado anteriormente. O relator da reforma, deputado Henrique Fontana
(PT-RS), disse que a votação não depende de acordo.
"Se a gente esperar um acordo para votar
a reforma política, nós não votaremos reforma política nas próximas dez
gerações. Reforma política é um assunto para sentar com civilidade, abrir a
votação no Plenário e compor maiorias."
Fontana defende o financiamento de campanhas
eleitorais com recursos públicos para reduzir a influência do poder econômico
nas eleições. Segundo ele, quem defende o financiamento privado poderá ir à
tribuna e expor seu ponto de vista, e a questão será disputada no voto. Depois,
ele sugere a votação de duas propostas de emenda à Constituição.
Sobre a ameaça dos pequenos partidos de impedir
a votação da reforma, por receio de serem inviabilizados, o relator afirmou que
esse temor é infundado. Segundo ele, o novo texto da reforma política,
relativamente a esse ponto, é favorável a essas agremiações políticas.
"A proposta nova é que esses partidos
apresentem 10, 15, 20 candidatos a deputado federal, a deputado estadual, e que
a soma do trabalho de todos eles eleja um, dois ou três parlamentares”,
explicou o deputado.
Além disso, Henrique Fontana ressaltou que
retirou a cláusula de barreira que hoje existe em torno do chamado quociente
eleitoral. “Então, a proposta que eu faço é equilibrada, que respeita, sim, os
pequenos partidos, mas que diz a eles: vocês têm que se apresentar com uma cara
própria."
Na reunião de líderes da próxima terça-feira,
será discutido um acordo de procedimentos para a votação. Esse acordo não prevê
o voto a favor ou contra, apenas a garantia de que não haverá obstrução.
Fonte:
iDifusora
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