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A Vida em 12 semanas |
Após
polêmica decisão do Conselho Federal de Medicina (CFM) em apoio à autonomia da
mulher na decisão por um aborto até a 12ª semana, como prevê o projeto do Novo
Código Penal, os Conselhos Regionais da classe começaram a manifestar
posicionamento contrário à ampliação de casos de aborto não puníveis por lei.
No
Maranhão, o presidente do Conselho Regional de Medicina do Maranhão (CRM-MA),
Abdon Murad, a exemplo dos presidentes dos conselhos regionais do Paraná e de
Minas Gerais, manifestou-se sobre a polêmica. “O Conselho Federal de Medicina
não é a favor do aborto, até porque existem leis que dizem que isto é crime. O
médico, a mulher e todos que praticam o aborto em casos não previstos pela lei,
são todos criminosos”, afirmou.
SEM JUSTIFICATIVA - Para o presidente do
CRM-MA, o argumento que apela para autonomia da mulher não pode ser utilizado
para justificar um aborto sob o risco de igualar o procedimento a qualquer
método anticoncepcional. “A mulher tem liberdade sobre o próprio corpo desde
que respeite a liberdade da criança, do embrião, do feto de viver! A mulher tem
a liberdade sobre o uso do corpo dela usando camisinha, a pílula e o diafragma
para evitar gravidez indesejada”, ele diz.
De acordo com Abdon Murad, mesmo numa hipótese de legalização total do
aborto no Brasil os médicos que se opõe à prática não poderiam ser obrigados a
fazer o procedimento uma vez que estão amparados pelo direito de liberdade de
consciência. “No código de ética médico existe um artigo que diz que nenhum
médico é obrigado a fazer o que vai contra a sua consciência. O que quer dizer
que, mesmo sendo aprovada a lei, o Conselho Federal de Medicina ou o Conselho
Regional, não pode obrigar um médico a fazer aborto! Não podemos fazer isso e nem
queremos”, informa o presidente do CRM-MA.
MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO - A decisão do CFM
motivou protestos de grupos pró-vida em Brasília (DF) e em Fortaleza (CE). O
maior deles, o Movimento Nacional
da Cidadania pela Vida (Brasil Sem Aborto) lançou uma nota de repúdio
na qual defende apoio à mulher e um trabalho educativo para que se evitem
gravidezes indesejadas.
Nesta
quinta-feira (28) a nota será distribuída por simpatizantes do movimento em São
Luís, durante ato de defesa da vida programado para às 10h30, na praça Pedro II
(centro). Um dos participantes do ato, o jornalista Wagner Moura, afirma que
tem crescido no país o repúdio a qualquer alteração na lei sobre o aborto no
país. “O apoio do CFM ao procedimento até a 12ª semana de gravidez é
completamente arbitrário. Se o aborto é o problema, o aborto não pode ser a
solução”, afirma.
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