Regulamentação
garantirá sete benefícios, como adicional noturno.
Segundo Manoel Dias, desoneração depende da equipe econômica.
O ministro do Trabalho, Manoel Dias, afirmou nesta
quinta-feira (28) que em 90 dias a PEC das Domésticas deverá estar
regulamentada. Na prática, significa a efetivação de 7 dos 16 direitos
adquiridos pelas empregadas e outros funcionários do lar que ainda dependem da
edição de novas normas pelo governo para começarem a valer.
Os benefícios que ainda vão precisar de
regulamentação são: 1) indenização em demissões sem justa causa, 2) conta no
FGTS, 3) seguro-desemprego e 4) salário-família, 5) adicional noturno, 6)
auxílio-creche e 7) seguro contra acidente de trabalho. Os outros nove direitos
(veja tabela ao lado) já estarão valendo a partir da promulgação da emenda
constitucional, prevista para a próxima terça (2).
Atualmente, os direitos não
regulamentados já existem para trabalhadores urbanos e rurais, porém com
condições específicas, dependendo da natureza do trabalho. A assessoria de
imprensa do ministério disse que a obrigação para aplicar algum deles poderá
demorar mais se for necessária a edição de projetos de leis, que deverão passar
pelo crivo do Congresso. Já normas como decretos e portarias, mais simples,
valem a partir da publicação, pelo próprio governo.
Em entrevista à imprensa, Manoel Dias disse que a regulamentação sairá do grupo de trabalho interministerial formado há cerca de dois anos para estudar e formular o detalhamento das condições e critérios para a validação dos benefícios. Compõem o grupo técnicos das secretarias de Política para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial, dos ministérios do Trabalho, da Fazenda, do Planejamento, da Previdência e da Casa Civil.
Em entrevista à imprensa, Manoel Dias disse que a regulamentação sairá do grupo de trabalho interministerial formado há cerca de dois anos para estudar e formular o detalhamento das condições e critérios para a validação dos benefícios. Compõem o grupo técnicos das secretarias de Política para as Mulheres e de Promoção da Igualdade Racial, dos ministérios do Trabalho, da Fazenda, do Planejamento, da Previdência e da Casa Civil.
Questionado sobre as dúvidas que
surgirem com as novas regras, Dias disse que colocará a estrutura da pasta para
atender patrões e empregados. "As regionais, as superintendências estão disponíveis para atendimento. Todos
estarão disponíveis para contribuir com esse gesto enorme praticado pelo
Congresso Nacional ao estender aos empregados domésticos os benefícios dos
trabalhadores regulados pela CLT", afirmou.
A PEC das Domésticas foi aprovada em
definitivo pelo
Senado na última terça (26), por unanimidade. A proposta já havia passado pela
Câmara, sem alterações. Serão beneficiados empregadas, cozinheiros,
jardineiros, motoristas, cuidadores de idosos e babás.
Desoneração - Questionado sobre eventuais propostas para desonerar a folha de
pagamento e aliviar a conta final do patrão, Manoel Dias disse que decisões
desse tipo dependem de aval da equipe econômica do governo, formada pelos
chefes da Fazenda, Planejamento e Banco Central, principalmente.
Entre as propostas para reduzir o
custo do empregador, está a redução de alíquotas do FGTS (hoje de 8% sobre o
salário bruto) e do INSS (12%). Dias disse que o Ministério do Trabalho não
será responsável por eventuais alterações; disse apenas que "setores do governo
pensam nessa possibilidade".
O ministro do Trabalho disse não
acreditar que haverá "dispensa muito grande" com as novas obrigações
para o patrão, nem no aumento de diaristas, que não possuem os direitos.
"As pessoas vão se adequando, o que não implicará em aumento elevado de
custos", afirmou.
Fonte: G1
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