Evento foi realizado na última
sexta-feira por estudantes da faculdade de Direito da UFMG
Fotos do
trote realizado na última sexta-feira, 15, por estudantes da faculdade de
Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) têm gerado polêmica das
redes sociais. As imagens, consideradas racistas, têm causado indignação entre
estudantes, da instituição inclusive.
Em uma das
fotos, uma caloura pintada de preto aparece acorrentada junto a uma placa com a
inscrição “caloura Chica da Silva”. Em outra imagem, três estudantes, um deles
com um bigode semelhante ao do ditador Adolf Hitler, fazem saudações nazistas
ao lado de um calouro preso a uma pilastra com fita adesiva.
No Facebook,
um evento convocado pela Assembleia Nacional dos Estudantes (Anel) e pelo o
Movimento Mulheres em Luta (MML) convida estudantes, entidades e coletivos da
UFMG para uma reunião que vai discutir ações contra o trote racista e machista
ocorrido na Faculdade de Direito. "É inaceitável que na Universidade
práticas machistas, racistas homofóbicas não sejam combatidas", afirmam na
descrição do evento, programado para esta segunda, 18.
As fotos
ganharam repercussão após serem publicadas pelo perfil “Dilma Bolada” no
Twitter. O perfil falso da presidente Dilma Rousseff criticou a medida tomada
pelos estudantes: "Que absurdo é esse? Exijo que este estudante de Direito
seja jubilado da UFMG!", comentou, referindo-se primeiro à foto da caloura
"Chica da Silva". Em seguida, em outro post, completou: “Não podemos
tolerar, nos dias de hoje, racismo em nosso país! Nada que envolva isso pode
considerado 'brincadeira'. Completo absurdo!”.
No final da
tarde desta segunda-feira, a assessoria de comunicação da UFMG divulgou uma
nota oficial assinada por Clélio Campolina Diniz, reitor da UFMG, e Rocksane de
Carvalho Norton, vice-reitora da instituição. No documento, afirmam que a
direção da universidade "repudia quaisquer atos de violência, opressão,
constrangimento ou equivalentes, praticados contra membros da comunidade
universitária, em particular aqueles relacionados aos chamados 'trotes'
aplicados aos novos estudantes."
Com esse espírito,
a instituição se manifesta "veementemente contrária" ao ocorrido na
Faculdade de Direito e diz que já iniciou procedimentos cabíveis para apuração
dos fatos e punição dos envolvidos.
Fonte:
Blog do Gilberto Lima
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