Maioria da pauta da Comissão de Direitos Humanos tem projetos do pastor. Pauta anterior, publicada na segunda, previa plebiscito sobre união gay.
Após ser mantido do PSC no comando da comissão, Feliciano
disse que a pauta anterior não havia sido elaborada por ele. "Eu vou
analisar a pauta. Aquela não foi feita por mim", disse após reunião da
bancada do PSC.
Na noite desta terça foi publicada a nova pauta da comissão,
que prevê, sobretudo, a votação de pedidos para realização de audiências
públicas. A maioria dos requerimentos que serão colocados em votação na reunião
desta quarta é de autoria do próprio Feliciano.
Entre os requerimentos do pastor está uma
solicitação ao Ministério das Relações Exteriores "para que a Embaixada do
Brasil na Bolívia interceda em defesa dos torcedores brasileiros detidos
naquele país." O pedido diz respeito a corintianos presos após a morte de
um torcedor boliviano de 14 anos atingido por um sinalizador disparado pela torcida
do time brasileiro.
Feliciano também incluiu na pauta requerimentos
para a realização de audiências públicas para debater "a condição dos
moradores de rua" e "a exploração sexual de crianças e
adolescentes".
O presidente da comissão também propõe um debate
sobre "o desafio da inclusão no mercado de trabalho, assegurando a
igualdade de direitos e oportunidades, sem discriminação de cor, etnia,
procedência ou qualquer outra".
Pastor da igreja Assembleia de
Deus, o deputado é alvo de protestos porque, em 2011, fez declarações polêmicas
em redes sociais sobre africanos e homossexuais. Ele é alvo de ação penal no
Supremo por estelionato e de inqúerito no qual foi acusado de discriminação por
frase supostamente homofóbica.
Projetos polêmicos - Outro projeto polêmico previsto antes, de autoria do deputado André
Zacharow (PMDB-PR), propõe que os eleitores brasileiros respondam a seguinte
questão: "Você é a favor ou contra a união civil de pessoas do mesmo
sexo?". A relatora da proposta é a deputada Erika Kokay (PT-DF),
parlamentar ligada a entidades que defendem os direitos dos homoxessuais.
O projeto começou a ser apreciado pelos integrantes
da comissão em dezembro, porém, a votação foi suspensa por um pedido de vista
(mais tempo para analisar) do deputado Ronaldo Fonseca (PR-DF).
Outro projeto que constava da pauta, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), define de forma mais objetiva os crimes resultantes de "discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem". Tramitando desde 2005 no Congresso Nacional, a proposta também é relatada pela deputada Erika Kokay.
Outro projeto que constava da pauta, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), define de forma mais objetiva os crimes resultantes de "discriminação e preconceito de raça, cor, etnia, religião ou origem". Tramitando desde 2005 no Congresso Nacional, a proposta também é relatada pela deputada Erika Kokay.
Também constava da pauta que foi alterada por
Feliciano projeto de lei que criminaliza a suposta discriminação contra
"heterossexuais". Idealizada pelo deputado líder do PMDB, Eduardo
Cunha (RJ), membro da bancada evangélica da Câmara, a proposta determina que as
medidas e políticas públicas antidiscriminatórias se atentem para o alegado
preconceito contra heterossexuais.
Fonte:
Globo.com
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