Com o MCCE, Marlon Reis pretende acabar com os privilégios dos parlamentares, como por exemplo, férias de 60 dias
Entre os
protagonistas da discussão está o juiz Márlon Reis, que atua no Maranhão, na
Comarca de João Lisboa. Ele é um dos fundadores da MCCE e integra a comissão,
composta por 16 pessoas, para elaborar o projeto de lei e é otimista quanto aos
resultados que Reforma trará para política brasileira. O jurista acredita que a
mudança é necessária porque o sistema que hoje vigora, compromete o desempenho
pleno da democracia e a qualidade do mandato dos políticos.
A Reforma prevê, entre outras medidas, a paridade entre homens e mulheres na
política, transparência nos partidos e o fim dos privilégios dos parlamentares,
como por exemplo, férias de 60 dias, auxilio-paletó, foro privilegiado e
imunidade parlamentar. O Financiamento Público de Campanha é uma das principais
bandeiras da Reforma.
“Acreditamos
que o sistema eleitoral induz a corrupção. Para ser eleito um político recebe o
financiamento de empreiteira, interessadas contratos governamentais, o que
compromete a gestão”, defende o magistrado.
A sociedade
civil organizada tomou frente depois de ver que a votação do projeto de Reforma
Política, que já tramita na Câmara Federal, sempre era adiada. Convém à maioria
dos políticos a manutenção do atual sistema eleitoral, o que pode ser um fator
complicador para aprovação rápida da alteração. Marlon acha que a classe
política tentará embaçar os trabalhos, mas com a adesão e pressão popular, não
terão como não aprovar o projeto. “Os seguimentos mais atrasados da política,
que é o grupo majoritário, tentarão complicar. Mas não vão querer se chocar com
o povo e botar a reeleição deles em prova”, assegura o juiz, que defende que
com um tempo, os parlamentares vão entender que é melhor se adaptar às novas
regras do que perder um mandato. Segundo ele, já tem sido até constante alguns
políticos procurarem o MCCE para entender a articulação.
Coleta das
assinaturas - O juiz Marlón Reis informa que é intenção do
MCCE ter as 1,4 milhão de assinaturas necessárias até o final de abril deste
ano. Confiante, ele acredita na rapidez do resultado porque hoje o Movimento
tem mais entidades engajadas na coleta de assinaturas do que tinha na
bem-sucedida Lei da Ficha Limpa. Além disso, dessa vez também serão coletadas
assinaturas via internet – além da assinatura presencial. “Vamos usar um site
confiável para receber as assinaturas e a redes sociais serão a nossa principal
plataforma de difusão de informações”, declara.
Na última reunião do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, realizada no
dia 15 de fevereiro, em Brasília, foram estipuladas as formas de coleta de
assinatura e os próximos passos. Foram agendados seminários e fóruns sobre o
assunto por todos o Brasil. O MCCE tem contactados os 330 comitês espalhados
pelo país para fortalecer o Projeto.
Fonte:
O Imparcial On-line
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