Com a intensificação das chuvas nos últimos meses a
Secretaria de Estado da Saúde (SES), através da Vigilância Epidemiológica
Estadual tem intensificado o monitoramento dos casos suspeitos de dengue em
todo o Maranhão. O último monitoramento apontou que apesar de ter havido uma
redução no número de casos confirmados em 2013, a indicação da vigilância é de
que os municípios continuem desenvolver ações de combate ao mosquito.
De acordo com a
Superintendente de Vigilância Epidemiológica, Maria das Graças Lírio, o último
Levantamento Rápido de Índice do Aedes
Aegypti (Lira), que
apresentou uma redução dos casos em relação ao mesmo período no ano passado,
foi realizando entre janeiro e março de 2013. A redução percentual foi de 59,2%
no número de casos em todo o Estado, o que corresponde a 1.385 casos a menos se
comparado com os índices compilados em 2012.
A superintendente
explica, no entanto, que apesar deste fato a situação ainda é de alerta por que
estes dados devem sofre uma mudança devido a uma série de fatores negativos que
contribuíram para aumentar a incidência de casos. Dentre estes fatores estão
chuvas que se intensificaram e a circulação do sorotipo DENV4 ainda considerado
novo no Brasil com apenas dois a três anãos de circulação, mais que sabidamente
já circula no Maranhão e Estados vizinhos desde 2011.
Em 2012, foi
identificada a circulação de DENV4, nos municípios de Timon, Trizidela do Vale,
Santa Inês, Presidente Dutra, Porto Franco, Turiaçu e Santa Luzia. Os dados a
que chegamos agora indicam que este tem se estendido para o interior do Estado.
Outro fator que para
ela é ainda mais preocupante, está ligado a uma questão prática de gestão
devido a mudanças em estruturas de governo nos municípios com a troca de
prefeitos, e também das equipes de profissionais que atuam no monitoramento e
combate. “O que tememos é que agora, quando fecharem os dados do segundo Lira
(março a abril), haja um aumento desses índices de infestação, em função de
possível redução das ações de campo ocorrida na maioria dos municípios, por
conta da mudança de gestão, que sempre trás prejuízos para o combate ao
mosquito, devido a situações como troca de comando de equipes e até mesmo destituição
de equipes e profissionais que passaram por treinamento reciclagem e detêm todo
conhecimento técnico”, avaliou Graça Lírio, informando ainda que o levantamento
de novos dados já foi iniciado em 53 municípios tidos como prioritários.
Dados e
recomendações - O levantamento feito em 33 municípios pólos
apontou a notificação de 956 casos de dengue em todo o interior do Estado e
mais 52 casos na capital, somando 1.008. No interior, sete casos foram
considerados casos graves de dengue e destes dois evoluíram a óbitos, sendo um
registrado em Senador Alexandre Costa e outro em São João dos Patos.
Para que a situação não se agrave, a vigilância
epidemiológica está instruindo aos gestores municipais que desenvolvam ações
emergências para tentar conter a proliferação do mosquitoAedes Aegypti e manter índices baixos de casos
notificados para dengue. “Nós divulgamos para o conhecimento dos municípios e
seus gestores uma série de recomendações divididas em quatro vertentes que
devem ser feitas para barrar o avanço da dengue, são ações estratégicas que
fazem a diferença no combate e alteram positivamente as estatísticas quando
desempenhadas”, ressaltou Graça Lírio.
Fonte: Imirante
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