Decisões da Comissão de Reforma Política modificam bastante
as regras do sistema político brasileiro. Propostas esperam passar votação no
Congresso Nacional para entrar em vigor
| Congresso Nacional deve colocar em votação proposta de Reforma Política, caso modificações sejam aprovadas, sistema eleitoral será modificado |
Propostas que
tratam do financiamento público de campanha; da exigência de referendo para
alteração no sistema eleitoral do país; de mudança na data de posse de
presidente da República, governadores e prefeitos e proposição que altera
regras para coligações partidárias aguardam votação no Senado Federal. Além
disso, a Comissão de Reforma Política designada por encaminhar esses trabalhos,
propõe regras para escolha de suplentes de senador; fim da reeleição, com
mandatos de cinco anos; candidaturas avulsas inicialmente nas eleições
municipais; definição do limite de gastos para campanha; cotas para mulheres e
filiação partidária e domicílio eleitoral.
O grupo de trabalho composto por 15 parlamentares e presidida pelo senador Francisco Dorneles (PP-RJ), teve seus trabalhos iniciados no dia 22 de fevereiro de 2011 e o objetivo já cumprido desde sete de abril de 2011 de propor um anteprojeto com mudanças no sistema político e eleitoral. (Veja Infográfico) A previsão era que a Reforma Política fosse votada no Senado na quinta-feira passada (21), mas segundo a Secretaria Geral da Mesa do Senado Federal, essa votação não entrou na Ordem do Dia e ainda não está prevista para a próxima semana.
O grupo de trabalho composto por 15 parlamentares e presidida pelo senador Francisco Dorneles (PP-RJ), teve seus trabalhos iniciados no dia 22 de fevereiro de 2011 e o objetivo já cumprido desde sete de abril de 2011 de propor um anteprojeto com mudanças no sistema político e eleitoral. (Veja Infográfico) A previsão era que a Reforma Política fosse votada no Senado na quinta-feira passada (21), mas segundo a Secretaria Geral da Mesa do Senado Federal, essa votação não entrou na Ordem do Dia e ainda não está prevista para a próxima semana.
Modificações - Alguns projetos já tiveram decisão terminativa, como o Projeto de lei do
Senado (PLS 268/2011) que estabelece o financiamento público exclusivo das
campanhas eleitorais aprovado no ano passado. Decisão terminativa é aquela
tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita
terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e
do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados,
encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Mas a matéria que poderia ter
ido direto à Câmara, recebeu recurso para ser votada pelo Plenário do Senado.
"O
político é funcionário público, mas as normas têm que ser estabelecidas para
que políticos que estejam exercendo mandatos não tenham privilégios sobre os
demais.", manifestou-se o vereador de São Luís, Fábio Câmara (PMDB) sobre
a mudança na forma de financiamento de campanhas. Para o deputado estadual
Roberto Costa (PMDB), também favorável a mudança existe a necessidade de
reforma política para equilibrar o sistema eleitoral, evitar casos de caixa 2
e, segundo ele, como a eleição hoje é muito cara dar maior possibilidade de
participação política: "Esse financiamento público viabiliza a
participação de pessoas que não possuem recursos para disputar uma eleição
hoje.", destacou o peemedebista.
Outra matéria
pronta para votação é a Proposta de Emenda Complementar, PEC 38/2011, que muda
a data da posse de presidente da República para o dia 15 de janeiro e a de
governadores e prefeitos para 10 de janeiro. A proposta recebeu emenda no
Plenário, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça CCJ, para
determinar que os mandatos dos deputados estaduais e distritais eleitos em 2014
sejam encerrados em 31 de janeiro de 2019. Essa emenda visa unificar a data de
posse dos deputados estaduais e distritais em todo o país.
Para o
prefeito de Mirinzal, Amauri (PMDB) alguns pontos importantes não estão na
reforma, como a antecipação da posse de prefeitos para 15 dias após as eleições
municipais: "O que vemos hoje são prefeitos derrotados nas eleições
dilapidando as prefeituras e o eleito assumindo dívidas de PASEP, INSS que
deveriam ser de responsabilidade do anterior." Para o prefeito, a
antecipação diminuiria consideravelmente este problema comum nos municípios
brasileiros.
Os senadores também devem decidir, sobre a PEC 42/2011, que determina que qualquer alteração no sistema eleitoral dependerá de aprovação em referendo popular. Além disso, a proposta (PEC 40/2011) que permite coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias (para presidente da República, governador e prefeito) antes de ser incluída na pauta do Plenário para votação precisa antes passar por cinco sessões de discussão. A votação dessa PEC poderá ser adiada caso a matéria receba emendas de Plenário, que precisarão ser analisadas pela CCJ.
Os senadores também devem decidir, sobre a PEC 42/2011, que determina que qualquer alteração no sistema eleitoral dependerá de aprovação em referendo popular. Além disso, a proposta (PEC 40/2011) que permite coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias (para presidente da República, governador e prefeito) antes de ser incluída na pauta do Plenário para votação precisa antes passar por cinco sessões de discussão. A votação dessa PEC poderá ser adiada caso a matéria receba emendas de Plenário, que precisarão ser analisadas pela CCJ.
Quanto a
suplência e fidelidade partidária outras duas matérias que integram o conjunto
de propostas da reforma política receberam emendas de Plenário e agora aguardam
posição da Comissão de Constituição e Justiça: a PEC 37/2011, que muda as
regras para suplência de senador, e o PLS 266/2011, que trata da fidelidade
partidária. A PEC 37/2011 reduz de dois para um o número de suplentes de
senador e proíbe que o suplente seja cônjuge ou parente do candidato ao Senado.
Também estabelece que sejam convocadas novas eleições no caso de vacância
permanente do cargo.
A emenda de Plenário, apresentada por Romero Jucá
(PMDB-RR), prevê que, em caso de vacância decorrente de homicídio do titular, o
suplente será convocado, para assegurar que um aliado político assumirá o
mandato. O senador Luiz Henrique (PMDB-SC) foi designado para emitir relatório
sobre a emenda. "Extremamente importante quando a gente pensa que parentes
não poderão mais ser suplentes, o que aconteceu com Lobão onde o filho dele
assumiu o cargo.", relembrou Fábio Câmara.
Quanto à
fidelidade partidária, a CCJ já havia aprovado projeto prevendo que não
ocorrerá perda de mandato quando a desfiliação partidária ocorrer por justa
causa, ou seja, por incorporação ou fusão de legenda, desvio de programa
partidário e grave discriminação pessoal. A comissão excluiu a criação de novo
partido como justa causa para desfiliação partidária, mas essa possibilidade
foi reapresentada em emenda de Plenário, que agora está em exame na CCJ.
Demóstenes Torres (DEM-GO) foi designado relator da emenda.
Mas um dos temas mais polêmicos da reforma também voltou para exame da Comissão de Justiça: a proposta (PEC 43/2011) que institui o sistema eleitoral proporcional de listas fechadas nas eleições para a Câmara dos Deputados. A matéria, que tramita em conjunto com a PEC 23/2011, foi rejeitada na CCJ, mas recebeu recurso para votação em Plenário. As propostas voltaram à comissão, por conta de requerimento pedindo para que tramitem em separado. Se o congresso aprovar o modelo de lista partidária fechada, metade dos nomes da lista deverá ser de mulheres.
"É significativo aumentar a participação das mulheres nas eleições. As oportunidades têm que ser iguais", finalizou o prefeito de Mirinzal Amauri.
Mas um dos temas mais polêmicos da reforma também voltou para exame da Comissão de Justiça: a proposta (PEC 43/2011) que institui o sistema eleitoral proporcional de listas fechadas nas eleições para a Câmara dos Deputados. A matéria, que tramita em conjunto com a PEC 23/2011, foi rejeitada na CCJ, mas recebeu recurso para votação em Plenário. As propostas voltaram à comissão, por conta de requerimento pedindo para que tramitem em separado. Se o congresso aprovar o modelo de lista partidária fechada, metade dos nomes da lista deverá ser de mulheres.
"É significativo aumentar a participação das mulheres nas eleições. As oportunidades têm que ser iguais", finalizou o prefeito de Mirinzal Amauri.
Fonte:
O Imparcial on-line
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