Sempre que ela aparece você toma um analgésico para
amenizar a dor de cabeça? O alívio pode até ser imediato, mas saiba que
automedicação pode acabar retardando o diagnóstico de uma dor mais severa. A
dor de cabeça atinge cerca de treze milhões de brasileiros, segundo dados da
Sociedade Brasileira de Cefaleia. Por ser uma queixa muito comum nos
consultórios, à maioria das pessoas ignoram seus sintomas e não procuram um
medico para avaliar o quadro da dor. Quando as pessoas tem dor de cabeça, muitas
vezes pensam no pior: Será que tenho um aneurisma?! Se a sua dor de cabeça vai
e volta com frequência, fique sabendo que não deve ser um aneurisma. “O
aneurisma só da dor de cabeça quando rompe. Logo, a dor de cabeça típica é
súbita, muito intensa associada com outros sintomas como náuseas e vômitos”,
afirma Mauricio Mandel (CRM 116095), neurocirurgião e membro da Sociedade
Brasileira de Neurocirurgia (SBN).
E ainda alerta que mesmo com o diagnóstico, é
importante ficar de olho na intensidade da dor de cabeça. “O aneurisma pode
estar presente desde o nascimento, e só vai apresentar sintomas quando romper.
Entretanto o mais comum é o diagnóstico entre 30 e 50 anos de idade”, explica
Mandel.
É DOR DE CABEÇA OU ANEURISMA?
Uma pessoa pode apresentar um aneurisma e não ter
sintomas, o que dificulta ainda mais o diagnóstico. “Por isso, sempre
orientamos os pacientes a procurar o médico assim que notar uma dor de cabeça
muito forte e súbita”, revela o neurocirurgião.
TEM TRATAMENTO?
Dependendo do aneurisma, pode ser feita uma
cirurgia por meio de clipes metálico ou por via endovascular. “A clipagem é
modo mais comum de reparar um aneurisma, pois impede que o fluxo sanguíneo
provoque o rompimento e uma hemorragia. Já a endovascular, é realizado por
intermédio de cateteres que são introduzidos remotamente (à distância) no
sistema vascular”, disse o Mandel.
Hoje esta sendo realizado um protocolo no Hospital
das Clínicas de São Paulo para a Clipagem de aneurismas de forma minimamente
invasiva através de um pequeno corte na pálpebra do paciente. O paciente faz o
procedimento e tem alta no dia seguinte com a mesma segurança do método
tradicional. O corte é muito pequeno e fica escondido na dobra da palpabra o
que não deixa cicatrizes. Muito diferente das cirurgias tradicionais com
grandes cortes e grandes aberturas no crânio. Procure um médico sempre que você
sentir fortes dores de cabeça, principalmente se você tem algum parente que já
sofreu de aneurisma.
Fonte: Imirante
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