sábado, 9 de novembro de 2013

PPS foi o que mais perdeu representatividade no Maranhão

O Partido Popular Socialista (PPS) foi o que mais perdeu em representatividade de importância estadual, federal e municipal após o fim do período de trocas partidárias. O partido teve as desfiliações de um deputado federal, um estadual e um vereador da capital maranhense. Sua única representatividade nas três esferas ficou por conta da deputada estadual Eliziane Gama, que é presidente estadual da legenda. A parlamenta agora terá a missão de reconstruir o partido. O outro nome de maior peso da legenda é o vice-prefeito de Imperatriz, Pastor Porto. 

O primeiro a deixar a legenda foi o deputado estadual Othelino Neto (PCdoB), seguido do deputado federal Simplício Araújo (SDD). Desde fevereiro, os dois pediram à Justiça Eleitoral a concessão de “Justa causa” para se filiarem em outra legenda. Os dois não compactuavam com a “Terceira Via” proposta por Eliziane para o governo do estado, na qual ela seria a candidata. Eles são adeptos da aliança com o PCdoB, que terá como candidato o presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB). 

Simplício e Othelino organizaram um congresso que elegeu o deputado federal presidente estadual da legenda. Porém, o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire, interviu e garantiu a presidência a Eliziane, já que segundo ele, o encontro em que se deliberou sobre a eleição do novo presidente do partido no Maranhão foi convocado e realizado ao “arrepio das orientações e em confronto com a decisão tomada” pelo comando nacional sem critério de legalidade. A intervenção culminou com o pedido de saída dos dois da legenda.

Em agosto deste ano, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) autorizou a desfiliação de Othelino sem prejuízo ao seu mandato de deputado estadual. Apesar da liberação ainda no final de agosto, apenas no final de setembro, o deputado se filiou ao PCdoB, aumentando a bancada comunista de um para três deputados na Assembleia Legislativa, já que Raimundo Cutrim (ex-PSD) também se filiou ao partido comunista. 

Já Simplício Araújo, teve seu pedido de justa causa negado pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE), que optou pelo arquivamento do caso. Sem a autorização para mudar de legenda, Simplício utilizou a prática já comumente adotada para desfiliação sem perda de mandato por infidelidade partidária: a filiação em partido novo. A lei da Infidelidade partidária garante a manutenção do mandato em caso de filiação a partido criado a menos de 30 dias da data de filiação.

Assim, Simplício garantiu sua filiação no Partido Solidariedade (SDD). Ele ainda garantiu a presidência do partido no Maranhão. Ainda se filiaram ao SDD o deputado federal Domingos Dutra (ex-PT) e por último o vereador de São Luís, Estevão Aragão, mais um a deixar o PPS.

Estevão Aragão se chateou com a presidente estadual da legenda, Eliziane Gama, pelo fato de não tê-lo chamado para discutir a aliança com o PSDB para sua candidatura. Ao vereador foi concedida a presidência do diretório municipal de SDD de São Luís.

Othelino Neto acredita que as saídas do PPS se deram pelo fato dos filiados não terem plena segurança do lado da deputada Eliziane Gama. “O momento político que vive o Maranhão é que ocasionou este movimento. De um lado está o grupo Sarney e do outro o grupo da oposição, que é representado pelo Flávio Dino. As pesquisas mostram isso. Estas perdas do PPS foram geradas porque o partido não se posicionou efetivamente de um dos lados deste embate”, pontuou.

Para a deputada Eliziane Gama, o partido não diminuiu com as perdas por ter filiado figuras importantes. Ela garante que se a representatividade é menor, ele avançou com filiações competitivas para o pleito de 2014. “O partido cresceu. Nós ganhamos 40 novos filiados de peso. Muitos egressos do PDT. Filiamos figuras importantes como o professor Wellington do Curso, professor Sampaio, o empresário Josélio”. 

A presidente do PPS garante que para o partido, o período de troca partidária foi positivo, uma vez que as novas filiações têm uma ideologia mais identificada com a legenda, o que garante um crescimento a médio prazo. “A prática do partido não é crescimento pelo poder. Mas construir para transformar uma realidade. Temos afinidade com políticas sociais. Nacionalmente o PPS também perdeu filiados de mandato. Mas o partido ideologicamente o partido ficou mais forte”.

Eliziane não quis tecer muitos comentários sobre os motivos que levaram às desfiliações na legenda, disse apenas que eles tiveram suas razões e ela respeita, mantendo a legenda no rumo que considera o correto. 

Perdas do PPS

1 deputado federal
1 deputado estadual 
1 vereador da capital
Fonte: O Imparcial on-line


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