Página da Presidência na rede social será atualizada por assessores. Assim como o da Casa Branca, perfil da presidente será mais institucional.
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Página do perfil do Palácio do Planalto no Facebook |
Depois de reativar seu perfil
no Twitter e atingir mais de 2 milhões de seguidores, a presidente Dilma
Rousseff anunciou nesta quarta-feira (20) em sua conta pessoal no microblog a
criação de uma página da Presidência da República no Facebook. Em uma mensagem
publicada na rede social, a chefe do Executivo ressaltou que o novo espaço
virtual servirá para os cidadãos acompanharem "de perto" as
atividades do governo federal.
Em vídeo publicado nesta
manhã no perfil do Palácio do Planalto no Facebook,
Dilma comentou sobre as características da nova ferramenta digital de sua
administração.
“Olá, convido você a
participar da página do Palácio do Planalto no Facebook. Ela foi lançada para
ser mais um espaço para você acompanhar de perto as atividades do governo
federal. Nesta página, vamos também debater a evolução dos nossos cinco pactos:
o da responsabilidade fiscal, o pela reforma política, o pela saúde de
qualidade, o pela educação e o pelo transporte público de qualidade. Curta
nossa página, opine, participe e compartilhe conosco a transformação do Brasil
em um país com igualdade de oportunidades para todos”, declarou a presidente no
vídeo de lançamento da página no Facebook.
Após análises feitas por sua
equipe de comunicação, ficou decidido que a página seria mais institucional e
levaria o nome do Palácio do Planalto. Estão previstas algumas intervenções
mais pessoais de Dilma, mas esse não será o foco. O modelo foi inspirado nas
páginas do presidente norte-americano Barack
Obama e do governo do Reino Unido.
Quando Dilma retomou suas
atividades no Twitter,
ela se encontrou com o blogueiro Jéferson Monteiro, autor do perfil “Dilma
Bolada”. O lançamento da conta no Facebook, por sua vez, foi apenas
anunciado no Twitter da presidente.
De acordo com o porta-voz da
Presidência, Thomas Traumann, o perfil será criado para ampliar as ferramentas
de comunicação do governo com a população.
“No Twitter é como se você
estivesse em um bar, com várias pessoas falando, e você precisasse gritar
esperando para ser ouvido. No Facebook não. É como um jantar, para o qual você
convidou seus amigos, e cada um tem sua vez de se manifestar”, comparou.
Segundo ele, são formas diferentes de comunicar, que contemplam objetivos
diferentes.
No Facebook, a estratégia
será explicar, de forma didática, quais são os programas do governo, suas metas
e como está o andamento. A ferramenta será usada para destrinchar as principais
ações do Executivo.
Já no Twitter, as publicações
estão mais relacionadas às agendas e mostram, em linhas gerais, onde está a
preocupação do governo. Dilma utilizou sua conta para comentar, por exemplo, a
morte de Douglas Rodrigues, jovem assassinado por um policial em São Paulo.
Com o comentário, explicaram
os assessores do Planalto, a presidente quis passar o recado de que está atenta
à situação. A partir daí, houve uma mudança na direção da condução da situação
e um grupo de trabalho foi criado sob a coordenação do Ministério da Justiça e
das Secretarias de Segurança Pública de Rio de Janeiro e São Paulo.
O modelo que será usado no
Facebook é semelhante ao da página de Barack Obama. O perfil do norte-americano
na mais famosa rede social do mundo leva o nome da Casa Branca e
publica, ocasionalmente, posições pessoais do presidente. Em geral, detalha
ações governamentais.
Tendo como base o exemplo dos
Estados Unidos, o Planalto espera não ter problemas para lidar com comentários
negativos de opositores. Segundo a avaliação da equipe de comunicação, assim
como no perfil da Casa Branca, as pessoas que curtirem e acompanharem a página
deverão ser, em sua maioria, favoráveis ao governo.
Por isso, os espaços para
comentários estarão abertos e não serão moderados. As críticas ficarão
publicadas e, na avaliação do governo, devem ser minoria. A única moderação
será a feita pelo próprio Facebook, que monitora termos ofensivos e ameaças.
CAMPANHA - A entrada de Dilma Rousseff no Facebook acontece às vésperas do
ano em que disputa a reeleição. Atualmente, existe um perfil da presidente na
internet, mas ele é mantido pelo Partido dos Trabalhadores, e sobre ele o
governo não tem nenhuma ingerência. Os demais presidenciáveis já aderiram à
rede social.
Dilma Rousseff começará do
zero. A ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), por exemplo, já tem 371,9 mil
seguidores, o senador Aécio Neves (PSDB) tem 103,5 mil e o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), possui 80,4 mil.
Já de olho em 2014, auxiliares
da presidente Dilma Rousseff veem na rede social uma possibilidade de
consolidar sua candidatura à reeleição. A ideia inicial não é conseguir votos
com o perfil. Como há a expectativa de os fãs serem pessoas favoráveis ao
governo, a estratégia no Facebook será municiar militantes e eleitores com
informações para que eles possam multiplicar os aspectos do governo que
interessam à coordenação da campanha ressaltar. A ideia é manter os que
simpatizam com a presidente e dar condições para eles replicarem o discurso do
governo em seus círculos.
Fonte: G1
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