O
Tricolor, com a vitória, está a dois passos de conquistar o Tetracampeonato
Brasileiro.
Jogadores festejam o primeiro gol, marcado por Eloir: o Sampaio sofreu, mas venceu o Vila Nova no Castelão e carimbou o passaporte para mais uma final de Campeonato Brasileiro |
Em pouco mais de um ano, o torcedor do Sampaio
Corrêa vive uma doce rotina nas disputas das competições nacionais. Campeão
brasileiro da Série B em 1972, da Série C em 1997 e da Série D em 2012, o
Tricolor voltará a disputar mais uma final da competição. E esse direito foi
conquistado na raça, diante de um Castelão lotado, na noite deste sábado (9):
diante de um Vila Nova bastante determinado, o Sampaio suou a camisa, mas
venceu por 2 a 1 e sacramentou seu passaporte para a final. Eloir e Tote
fizeram os gols do Bolivão, com o argentino Frontini descontando para o Tigre.
Com a vitória, o Sampaio segue com sua série
invicta dentro da competição: já são dez jogos desde a última derrota da
equipe, para o Baraúnas (RN), ainda na primeira fase. O time maranhense está
agora a dois passos do bicampeonato da Série C e do Tetra brasileiro, para
coroar uma campanha já premiada com o acesso para a Série B de 2014. Já o Vila
Nova, com a derrota em São Luís, se despede da Terceirona, mas com algo a
comemorar: após ter eliminado o Treze (PB), nas quartas de final, o Colorado
garantiu sua vaga na Segundona do ano que vem.
Agora, resta ao Sampaio aguardar quem será o
adversário na grande decisão da Série C, sendo que só há uma certeza: será um
velho conhecido. Luverdense e Santa Cruz, adversários tricolores na fase de
grupos, iniciam a outra semifinal neste domingo (10), em Lucas do Rio Verde. As
finais da Terceirona estão previstas para os dias 24 de novembro e 1º de
dezembro.
O jogo
Mesmo contando, mais uma vez, com o apoio dos
milhares de torcedores no Castelão, o jogo começou nervoso para o Sampaio, que
não conseguiu pressionar de cara e viu o Vila Nova assustar logo aos três
minutos, com Marco Aurélio recebendo cruzamento de Róbston e obrigando Rodrigo
Ramos a fazer uma grande defesa. O Tricolor tentava responder pelo setor
direito do ataque, explorando o lateral Tote. E foi do camisa 2 a primeira
grande jogada do Bolivão, que invadiu a área, chutou forte e Leandro Kivel
quase desviou para as redes.
Aos poucos, o Sampaio foi ganhando espaço no campo
e avançando para o campo de ataque, sempre na base do passe e das jogadas com
os laterais. Apesar das tentativas de infiltração, o time maranhense voltou a
incomodar o Vila através de uma finalização de longa distância de Leandro
Kivel, mas o atacante não conseguiu abrir o placar. Os goianos voltaram a
pressionar dois minutos depois, mas Marco Aurélio não aproveitou a jogada de
Frontini.
Na reta final da primeira etapa, o jogo voltou a
ficar parelho e o Sampaio encontrou dificuldades para chegar até a meta
colorada. Eloir, de longe, arriscou para a fácil defesa de Toni, aos 33
minutos. O Vila Nova respondeu à altura: Frontini, da entrada da área, acertou
a trave de Rodrigo Ramos e calou o Castelão por alguns instantes. Róbston, aos
37, também de longe, quase acertou o ângulo superior direito de Rodrigo Ramos.
A última chance da primeira etapa foi do Sampaio, com Jonas, mas o volante
também pecou na hora de concluir o lance.
Tote decide e garante o Sampaio na final
Com a decisão indo para os pênaltis, o Sampaio não
quis dar margem ao erro e partiu para cima do Vila Nova logo nos primeiros
segundos de jogo. Leandro Kivel, logo aos dois minutos, forçou Toni a fazer uma
defesa em chute de fora da área. Cleitinho, aos cinco, quase mandou para as
redes após a bola sobrar na área. O Vila Nova, mais fechado, tentava assustar
com o sempre perigoso Frontini, que quase marcou de cabeça, aos oito minutos.
Na luta para frear a blitz ofensiva do Sampaio, o
Tigre goiano ganhou território e passou a criar novas chances de gol. Tiago
Cametá, livre, arriscou de muito longe, mas a bola foi pela linha de fundo.
Frontini, novamente, obrigou Rodrigo Ramos a salvar em dois tempos, aos 15
minutos. Com dificuldades, o Sampaio só voltou a chutar a gol aos 24 minutos,
com Airton.
Diante de um novo cenário de equilíbrio na partida,
os técnicos resolveram alterar as equipes, com Flávio Araújo apostando na
juventude de Bruno Chocolate pelo Sampaio e Heriberto da Cunha contando com a
experiência de Romerito no Vila Nova. E foi o atacante tricolor que quase
marcou em seu primeiro toque na bola, de bicicleta, mas a conclusão não foi das
melhores.
Após mais da metade do segundo tempo ter passado e
uma disputa de pênaltis se desenhando no Castelão, as duas equipes sabiam que
era preciso contar com a estrela de seus destaques para decidir o jogo. E elas
apareceram, sendo que o Sampaio foi o primeiro premiado: aos 28 minutos, Tote
lançou em profundidade, Eloir foi mais rápido que a zaga vilanovense e chutou
forte, sem chances para Toni: 1 a 0, e festa no Castelão. Festa da torcida
tricolor e também do camisa 8, que voltou a marcar um gol decisivo após ter
sido responsável por marcar no acesso, em Macaé.
Diante, pela primeira vez, de uma situação
favorável na partida e também na semifinal, o Sampaio festejou por apenas três
minutos: foi o tempo que Frontini, sempre ele, desviou de cabeça após
cruzamento e balançou as redes de Rodrigo Ramos. Ducha de água fria no time,
mas não nos torcedores, que voltaram a incentivar mesmo com o gol sofrido.
Assim como foi em Macaé, o Sampaio surpreendeu pela
postura: mesmo diante de um adversário com a vantagem do resultado e o tempo
passando, a equipe maranhense seguiu firme no ataque, em busca do segundo gol,
que quase veio com Bruno Chocolate: aos 34 minutos, o atacante recebeu de
Airton e bateu, com Toni salvando novamente o Vila Nova.
Lutando com muita persistência e garra, o Bolivão
não facilitou as coisas para os goianos, que seguiram se defendendo para
garantir o resultado, que lhes dava a classificação. Entretanto, a luta
tricolor foi recompensada e a retranca goiana foi castigada aos 35 minutos:
Tote, o jogador mais acionado no campo de ataque e autor da assistência para o
gol de Eloir, cobrou falta com maestria e fez explodir de alegria o Castelão.
Com os torcedores em pé no Castelão, eufóricos pela
classificação que se aproximava, o técnico Flávio Araújo não arriscou e fechou
o time, com as entradas do zagueiro Robinho e do volante Róbson Simplício. Na
defesa, o Sampaio afastava todo o perigo e tentava arriscar no contragolpe, que
quase deu certo aos 45 minutos, com Bruno Chocolate. Sem mais chances no
ataque, restava ao Bolivão se defender e esperar os minutos passarem. E
passaram. Com o fim do tempo, teve início a festa de torcedores e jogadores,
que agora estão perto, novamente, de conquistar o Brasil novamente.
FICHA TÉCNICA
SAMPAIO CORRÊA: Rodrigo Ramos; Tote, Mimica, Paulo Sérgio e
Airton; Jonas, Arlindo Maracanã, Eloir e Cleitinho (Robson Simplício); Lucas
(Bruno Chocolate) e Leandro Kivel (Robinho). T: Flávio Araújo
VILA NOVA: Toni; Tiago Cametá, Vitor, Neto Gaúcho e
Bruninho; Arthur (Weslley), Osmar, Róbston e Thiago Marin (Romerito); Marco
Aurélio (Rodrigo Dantas) e Frontini. T: Heriberto da Cunha
Fonte: Imirante
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