Por Flávio Dino
Nas propagandas
governamentais sempre aparece um Maranhão que se desenvolve. Nele, há
indústrias, obras de saneamento, construção de casas, hospitais e geração de
emprego. O que a propaganda esquece de contar é que esses benefícios chegam
principalmente pelas mãos do governo federal, das prefeituras ou de empresas
privadas.
São fundamentalmente os bilhões investidos em nosso estado pelo Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) os responsáveis por milhares de obras que
movimentam a economia maranhense.
Apenas por meio do programa Minha Casa Minha Vida, uma das marcas da
gestão da presidenta Dilma, o governo federal investirá R$ 2 bilhões no estado.
Pelos programas Água e Luz para Todos, são outro R$ 1 bilhão. Em mobilidade
urbana e transporte, outros R$ 2 bilhões, que se materializarão, por exemplo,
nas urgentes obras de duplicação da BR 135.
Em saneamento básico, o Maranhão receberá mais de R$ 500 milhões. Também
são federais os R$ 365 milhões usados para construção de UBSs (Unidades Básicas
de Saúde), UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), creches, praças de esporte e
cultura. Igualmente são federais as retroescavadeiras que as prefeituras estão
recebendo, o bolsa-família, o reajuste do salario mínimo e das aposentadorias,
as escolas técnicas, a expansão do ensino universitário.
Em todas essas obras federais, o governo do estado só bota a “placa” e
tenta se apropriar simbolicamente das obras, recursos e programas do governo
federal. De sua parte, no entanto, o governo do estado faz muito pouco. Basta
olharmos para as obras que são 100% de responsabilidade do governo estadual, como
os prometidos 72 hospitais em todo o estado.
Disse em 2010, no único debate que houve na eleição para governador, que
achava que a oligarquia não entregaria todos os hospitais em funcionamento, no
prazo que prometiam. Infelizmente, tinha razão. Decorridos três anos apos o
prazo prometido, estão devendo mais de 50 hospitais e ninguém vem a publico
explicar com sinceridade o que o governo está planejando para compensar esse
atraso nas obras.
E assim poderia citar dezenas de situações similares, em que o esforço
do governo do estado reside apenas no mundo da propaganda. O que dizer, por
exemplo, da agricultura, em que os investimentos estaduais não chegam a 1% do
orçamento?
Merecemos um futuro melhor. Afinal, o orçamento do estado passa de R$ 12
bilhões, dinheiro que pode fazer muita coisa boa, se aplicado com competência e
honestidade. Tenho muita fé de que vamos virar a página do passado e deixar
para trás o patrimonialismo que direciona ilegalmente, para grupos privados, os
recursos e ações do Estado.
Nesse caminho novo que o Maranhão haverá de trilhar, os três níveis de
governo vão cumprir seus deveres, em um grande pacto em favor do
desenvolvimento, da democracia e da igualdade. É possível chegar lá.
Fonte: Blog do Neto Ferreira
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