Gilmar Mendes (STF) mandou Polícia Federal investigar Lindbergh Farias. Nesta semana, em outro inquérito, Dias Toffoli quebrou sigilo de senador
O ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Gilmar Mendes autorizou nesta quinta-feira (13) instauração de
inquérito para averiguar se o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) está envolvido
em supostas fraudes em licitações quando era prefeito de Nova Iguaçu, entre
2005 e 2010. Nesta semana, em outro inquérito, o ministro Dias Toffoli determinou
a quebra de sigilos de parlamentar em investigação sobre o fundo de previdência
dos servidores do município.
Segundo a
Procuradoria Geral da República, no inquérito determinado por Gilmar Mendes, há
suspeitas de irregularidades em contratos envolvendo a empresa Rumo Novo
Engenharia.
A
Procuradoria diz que documentos sobre o contrato com a empresa e depoimento
dado pela ex-chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Economia e Finanças
de Nova Iguaçu (Semef) Elza Elena Barbosa Araújo evidenciam "indícios de
arranjo criminoso para entrega de propinapor contratadas do município."
Nesse
depoimento, Elza Elena afirmou que empresas contratadas não executavam serviços
e que dinheiro de contratos foi utilizado para "financiamento de campanha
eleitoral de Lindbergh Farias e [que] o pagamento de despesas pessoais do então
prefeito [foi realizado] com o dinheiro proveniente de caixa dois".
Ao se
defender no processo, o senador argumentou que não cuidava diretamente dos
contratos, que as denúncias foram feitas por desafetos políticos e que o
Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro julgou regular a contratação.
O advogado
Celso Villardi, que defende o senador no STF, afirmou que a investigação existe
desde quando Lindbergh era prefeito e passará a tramitar no Supremo porque
agora ele é senador. "Na verdade, é natural esse prosseguimento. O
ministro só está ratificando."
No despacho
que autorizou o novo inquérito no STF, Gilmar Mendes determinou que a Polícia
Federal faça diligências (coleta de provas) e ouça depoimentos, entre os quais
o da ex-chefe de gabinete que fez as acusações contra o senador. Entre os
pedidos do procurador, estão perícias contábeis em documentos da empresa.
O ministro
acatou pedido da PGR para quebra de sigilos fiscal e bancário da empresa Rumo
Novo e de seus diretores no período entre janeiro de 2004 e março de 2010.
Fonte: G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário