Anúncio da linha de crédito foi feito pelo
governo nesta quarta-feira (12). Conjunto de medidas foi batizado como Minha
Casa Melhor.
O governo anunciou nesta quarta-feira (12) uma
linha de crédito de R$ 18,7 bilhões para os beneficiários do Minha Casa, Minha
Vida adquirirem móveis e eletrodomésticos. Cada família poderá financiar até R$ 5 mil com taxa de juros de 5%
ao ano e prazo de 48 meses para pagamento.
De acordo com o ministro das Cidades, Aguinaldo
Ribeiro, as famílias de qualquer faixa de renda terão acesso ao crédito. O ministro
anunciou ainda que haverá desconto de 5% na nota fiscal sobre os preços à vista
e que as prestações poderão ser pagas por boleto bancário ou por débito em
conta. O governo espera que 3,7 milhões de famílias do Minha Casa Minha Vida
sejam beneficiadas.
O conjunto de medidas foi batizado pelo governo
como Minha Casa Melhor. O programa foi anunciado durante cerimônia no Palácio
do Planalto, com presença da presidente Dilma Rousseff.
A condição para ter acesso ao programa, de acordo
com o ministro, é estar em dia com as prestações do imóvel adquirido por meio
do Minha Casa, Minha Vida. Os beneficiários poderão comprar geladeira, fogão,
lavadora de roupas, computador, TV digital, guarda-roupa, cama de casal e de
solteiro (com ou sem colchão), mesa com cadeiras e sofá.
A presidente Dilma Rousseff enviou a proposta
do Minha Casa Melhor ao Congresso Nacional por meio de medida provisória. Em
discurso, afirmou que o programa de aquisição de móveis e eletrodomésticos
assegura acesso a bens mais eficientes e de melhor qualidade.
“O Minha Casa Melhor é preciso naquilo que ele se
dispõe a fazer: garantir acesso aos bens modernos que não gastem tanta energia
para a população que, no Brasil, não tem acesso ao crédito e que pode ter
acesso ao crédito”.
Dilma destacou ainda que o acesso aos bens vai dar
mais conforto e dignidade às famílias. “Uma coisa é o tanquinho, que usa a
energia braçal das mulheres, outra coisa é a máquina de lavar roupas
automática”, disse. “Dar dignidade a uma família consiste também em dar acesso
aos melhores bens possíveis”.
A Caixa Econômica Federal vai emitir um cartão magnético
para ser usado pelos interessados a usar o crédito. A linha de financiamento, de acordo com o ministro, estará disponível por 12 meses a partir da
data de emissão do cartão. O ministro esclareceu que mesmo aqueles que
contrataram o Minha Casa Minha Vida pelo Banco do Brasil terão acesso ao
cartão.
O governo estipulou um preço máximo para cada
produto que o beneficiário queira adquirir por meio da linha de financiamento
(veja tabela ao lado). O produto com maior limite de preço é a TV digital, que
pode chegar a R$ 1.400, e o de menor limite é a mesa com cadeiras, que pode
chegar a R$ 300.
A contratação do Minha Casa Melhor poderá ser feita
pelo telefone 0800-726-8068 ou nas agências da Caixa Econômica Federal. O
cartão magnético poderá ser utilizado em 13 mil lojas credenciadas em todo o
país, que estão listadas na página da Caixa na internet.
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Dilma cumprimento beneficiárias do Minha Casa, Minha Vida durante lançamentodo Minha Casa Melhor |
JUROS - A taxa de juros oferecida dentro do programa, de 5% ao ano, é
bastante inferior à praticada pelo mercado, que chega a ultrapassar os 100% ao
ano.
Em maio, segundo levantamento da Anefac divulgado
nesta quarta-feira (12), a taxa média de juros anual cobrada pelo comércio
(crediário) era de 61,59%, chegando a 93,83% em artigos do lar, 61,4% em
eletroeletrônicos, e 96,71% em decoração.
No cartão de crédito, a taxa era de 192%, e no empréstimo
pessoal, de 42% nos bancos e de 123% em financeiras.
Os recursos para bancar o programa sairão do
Tesouro Nacional, que fará inclusive a compensação à Caixa pela taxa de juros a
5%, segundo informou o diretor executivo de Cartões da Caixa Econômica Federal,
Mário Ferreira Neto. “Há um compromisso do Tesouro de compensar toda a demanda
de beneficiários, principalmente na taxa de juros”, afirmou.
O diretor disse que a atual taxa de inadimplência
do Minha Casa, Minha Vida “está em linha” com a inadimplência dos correntistas
da Caixa. “É bom lembrar que o próprio programa vem motivar os clientes a
baixarem essa inadimplência”, afirmou.
Fonte: G1
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