Cerca
de 5 mil pessoas sentaram em avenida para facilitar trabalho da PM. Vândalos
começaram a invadir supermercados durante ato pacífico.
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Manifestantes se sentaram para ajudar o trabalho da polícia (Foto: André Sermarini / Arquivo Pessoal) |
Cerca de 5 mil manifestantes em Santos, no litoral de São Paulo,
adotaram uma estratégia para tentar se diferenciar de vândalos e ajudar no
combate contra os criminosos que invadiram supermercados na Baixada Santista
durante os protestos desta quinta-feira (20). Enquanto os suspeitos tentavam
saquear lojas e atiravam pedras contra policiais, o grupo pacífico se sentou imediatamente
no chão e os vândalos foram facilmente localizados, já que permaneceram de pé.
Ainda não há informações sobre quantas pessoas foram detidas durante os
protestos em Santos.
Os protestos de quinta-feira na cidade de Santos
tiveram início entre o fim da tarde e o início da noite. A concentração
aconteceu em frente ao Terminal Rodoviário e à Cadeia Velha. Em seguida, os
manifestantes seguiram até a Avenida Nossa Senhora de Fátima, com o objetivo de
interromper o trânsito na entrada da cidade. O grupo chegou até o ponto
combinado, mas foi impedido de ficar na via por conta do confronto entre a
Polícia Militar e os vândalos que não faziam parte do protesto.
Segundo o estudante André Sermarini, que registrou
o momento em que os manifestantes se sentavam na avenida, a ação foi inspirada
em uma iniciativa semelhante ao que acontece durante os protestos na Argentina.
"A passeata estava indo completamente bem até que um pessoal, a maioria
menor de idade, desceu dos morros não só na tentativa de saquear os estabelecimentos,
mas também os manifestantes. Para nos diferenciarmos dos menores infratores foi
combinado que a gente sentaria no chão", explica.
NAS REDES SOCIAIS - A imagem dos manifestantes de Santos sentados rapidamente se espalhou
pelas redes sociais e, por volta das 8h desta sexta-feira (21), já tinha sido
visualizada por dezenas de milhares de pessoas. Os internautas aprovaram e
apoiaram a atitude do grupo, chegando a sugerir que a medida seja tomada por
manifestantes de outras partes do Brasil que também enfrentam o problema dos
vândalos infiltrados durante os protestos.
Fonte: G1
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