Festival acontece há 12 anos em Arari e reúne surfistas do mundo inteiro.Cidade receberá investimentos de R$ 5 mi em infraestrutura.
A grande onda só aparece uma vez por dia. Em Tupi, a palavra poro'oka significa estrondo. E é o barulho do
encontro das águas que avisa a proximidade da pororoca.
O fenômeno natural produzido pelo encontro das
águas do mar com as correntes dos rios acontece foz do Rio Amazonas, nos
afluentes no litoral do Pará e Amapá. No Maranhão, acontece com maior intensidade na foz do Rio
Mearim, onda a onda é tão forte que derruba árvores e chega a mudar o leito de
alguns rios.
Só que há 15 anos uma turma resolveu explorar a
onda de uma forma diferente. Aqui no Estado o ponto de encontro dos surfistas é
a cidade de Arari, distante pouco mais de 150
quilômetros da capital. Em 12 anos vários eventos foram realizados, com a
participação, até mesmo, de surfistas estrangeiros. Toda essa história agora
estará no livro Auêra-Auara.
“Ao longo desses anos houve uma grande
transformação na cidade. Tanto na parte econômica, como na cultural, que
influenciou as gerações mais novas. Os jovens agora querem se vestir como
surfistas. Então tudo isso nós vamos abordar no livro”, contou Noélio Sobrinho,
presidente da Associação Brasileira de Surf na Pororoca.
Este ano o festival de surf vai começar em 24 de
junho, durante a lua cheia. E a novidade na pororoca será o stand-up paddle, que
usa uma prancha maior que a normal e também um remo. Serão oito atletas, entre
eles Leco Salazar, atual campeão brasileiro da modalidade. O único representante
do Maranhão será
Vinícius Gomes. “Quando fui convidado para surfar no campeonato, já comecei a
treinar. Não vou competir de igual para igual, porque eles fazem isso muito.
Mas já tenho uma certa experiência e vais ser muito bom”, disse o
fisioterapeuta.
A pororoca do Maranhão possui um potencial tão
grande que o governo federal viu aqui a possibilidade de incentivar o turismo
na região. Para isso, R$ 5 mi serão investidos para melhorar a infraestrutura
da cidade e dos locais onde há competições.
“Nós já possuímos em Arari hotéis cadastrados
pelo Ministério do Turismo, pequenos restaurantes. O que falta é realmente é
essa redução do custo, porque hoje se consegue sair do aeroporto e chegar para
surfar em três horas”, explicou Ricardo Pororoca, um dos organizadores do
evento.
Fonte: G1MA
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