Deputado Manoel Ribeiro
O deputado
estadual Manoel Ribeiro (PTB), um dos líderes do governo Roseana Sarney na
Assembleia Legislativa fez um discurso duro nesta terça-feira (25) na tribuna
da Casa. Ele condenou os atos de baderna praticados por vândalos durante o
protesto realizado ontem em São Luís. O parlamentar saiu em defesa da Polícia
Militar do Maranhão, que em alguns momentos agiu com truculência para dispersar
a manifestação.
“O que se fala é na
Polícia Militar que encampou, bateu, gente desmaiou e tudo mais. Quantos
policiais militares ontem foram feridos? Só no Itaqui-Bacanga, foram oito com
cabeça quebrada. Não se fala. Afinal de contas, cadê os direitos humanos? O
policial militar é um cidadão, ele está ali querendo preservar a ordem. Mas
não! Os vândalos se aproveitam dos bem intencionados”, afirmou Manoel Ribeiro.
O deputado disse ser a
favor dos protestos, mas quem sejam, segundo ele, feitos de maneira ordeira e
pacífica.
“Eu duvido que essas
pessoas que foram presas estavam apenas protestando querendo melhoria. Não,
estavam tentando roubar, estavam quebrando o patrimônio público, estavam
quebrando as pessoas que passavam jogando pedras na Polícia, estavam fazendo
badernas”, alertou o ex-presidente da AL.
O trecho que causou
polêmica no discurso de Ribeiro foi a parte em que afirmou que se fosse um
comandante de Polícia, “o pau comeria”.
“Ninguém vem aqui dizer
que a Polícia Militar sofreu isso, não! Só que a Polícia Militar bateu. A
Polícia Militar bateu e tudo, mas hoje deve ter mais ou menos uns quinze homens
da Polícia Militar feridos por esses movimentos desde sábado. Gostaria que
tivessem coragem de dizer: eu sou a favor do movimento, mas de baderna não. Se
eu fosse chefe de Polícia, o “pau comeria””, disparou.
Deputada critica ação da PM - A presidente da Comissão de Direitos
Humanos e das Minorias, deputada Eliziane Gama, criticou a ação dos policiais
na tentativa de reprimir a manifestação pacífica ocorrida nesta segunda-feira,
dia 24 de junho. Na tribuna da Assembleia Legislativa, a parlamentar denunciou o
despreparo e a truculência dos policiais contra os manifestantes e que resultou
em confronto e revolta.
O protesto intitulado
“São Luís Acordou” iniciou às 17h em frente ao Tropical Shopping no Renascença
e seguiu para a Assembleia Legislativa. Os manifestantes se dispersaram logo
depois do confronto com a cavalaria e a Tropa de Choque da Polícia Militar.
A informação é que após
confronto, os manifestantes se retiram da Assembleia Legislativa, e um grupo
menor se dirigiu ao elevado da Cohama e fechou as duas vias da Avenida Jeronimo
de Albuquerque. O CPM e a Tropa de Choque dispersaram os manifestantes com
spray de pimenta, bombas de efeito moral (jogadas inclusive de um helicóptero
do GTA) e balas de borracha.
Segundo o relato da
parlamentar, foi neste momento que ela passava no local e tentou socorrer uma
jovem desmaiada, e recebeu ameaça e ordem de prisão de um PM, identificado como
major Welligton.
“Estava indo à casa da
minha mãe, no São Cristóvão e passamos pela rotatória da Cohama e ficamos lá
aproximadamente uma hora parados. Estava lá e vi que não houve nenhuma ação dos
jovens de forma truculenta ou tentando afrontar a ação da polícia. Quando de
repente chega a Tropa de Choque da PM com bombas de gás lacrimogêneo e balas de
borracha dispersando a multidão”, contou.
Fonte: Blog do John Cutrim
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