Presidente Dilma se reuniu nesta sexta com jovens de
movimentos sociais. Secretaria da Juventude informou que lançará 'observatório
participativo'
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A presidente Dilma Rousseff nesta sexta-feira com representantes de movimentos de jovens no Palácio do Planalto |
A Secretaria Nacional da Juventude, ligada à
Presidência da República, informou nesta sexta-feira (28) que o governo vai
lançar em duas semanas um canal de diálogo com jovens por meio das redes sociais.
O anúncio foi feito após reunião da presidente Dilma Rousseff com
representantes de movimentos sociais formados por jovens, no Palácio do
Planalto.
De acordo com a secretária Severine Macedo, da
Secretaria Nacional de Juventude – órgão ligado à Secretaria-Geral da
Presidência –, o chamado “observatório participativo” buscará discutir temas
como educação, saúde, mobilidade urbana, violência nas periferias e educação no
campo.
Segundo informou a Secretaria-Geral, o
“observatório participativo” será uma espécie de rede social, na qual o
visitante criará seu próprio usuário e poderá interagir com os demais. Estará à
disposição dos internautas também um banco de dados com textos e informações
dirigidas aos jovens com temas sobre mobilidade, educação e saúde.
“O observatório participativo fará com que a gente
tenha um canal permanente de diálogo com os jovens pelas redes sociais para
consultas públicas, mas também para aprofundar o conteúdo acerca do tema juventude
e das políticas publicas”, disse Severine Macedo.
Atualmente, existe o Conselho Nacional da
Juventude, mas os jovens ali representados devem ser eleitos por organizações
sociais. Com o "observatório", a diferença, segundo a secretária, é
que o governo poderá dialogar com qualquer jovem que queira ser consultado, sem
necessariamente ser eleito para o conselho.
“O Conselho Nacional da Juventude tem um caráter
institucionalizado, com instituições que são eleitas para participar. É muito
representativo, mas não cabe dentro dele todas as organizações. A gente quer
abrir um canal com jovens que não necessariamente estão em alguma organização
social”, disse.
A presidente da União Nacional dos Estudantes
(UNE), Virgínia Barros, também participou da reunião e disse que as medidas que
vêm sendo tomadas pela Presidência em relação às manifestações “dialogam e
tentam responder às demandas” dos jovens. “Nunca houve um momento tão favorável
para o Brasil debater reformas sociais”, disse.
O secretário nacional de Juventude da Central Única
dos Trabalhadores (CUT), Alfredo Santos, defendeu as manifestações e disse que
há consenso entre os movimentos sociais da juventude de que o “plebiscito é a
melhor forma” para se promover a reforma política.
A reunião da presidente Dilma Rousseff com os
movimentos sociais de juventude durou pouco mais de uma hora.
Após o encontro, o presidente do Conselho Nacional
de Juventude, Alessandro Melchior, disse que a instituição apresentará à
Presidência da República e à Organização dos Estados Americanos um relatório
sobre os casos de violência e repressão contra jovens durante as manifestações
das últimas semanas pelo país.
COMUNIDADE LGBT - Dilma Rousseff também recebeu nesta manhã representantes da
comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), que
deixaram o Planalto satisfeitos com o que ouviram da presidente, de acordo com
o presidente da Associação Brasileira LGBT, Carlos Magno.
“A presidente se posicionou claramente contra toda
violência contra a comunidade LGBT. Ela posiciona seu governo contra todas as
formas de discriminação que qualquer brasileira sofra”, afirmou Magno. “Foi uma
conversa extremamente agradável”.
A comunidade gay pede que a homofobia seja crime e
que seja criado um “plano de políticas públicas com recursos para a comunidade
LGBT, com ações em vários ministérios”. “A gente defende também a laicidade do
Estado”, afirmou.
A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário,
também participou da reunião. “Estado é laico, e em nome da presidente, devemos
agir contra todas as formas de intolerância e discriminação”, afirmou.
Fonte: G1
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