Gina DeJesus e Amanda Berry voltaram para
casa nesta quarta-feira. Terceira sequestrada, Michelle Knight permanece no
hospital de Cleveland.
Duas das três mulheres que eram mantidas em cativeiro
havia dez anos em Cleveland, no estado de Ohio (EUA), deixaram o hospital nesta
quarta-feira (8). Amanda Berry, de 27 anos, e Gina DeJesus, de 23, foram
levadas para casas de parentes.
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Gina DeJesus faz sinal de positivo ao chegar à casa de seus pais |
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Vizinhos e amigos acenam após Amanda Berry chegar de carro à casa da irmã |
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Beth Serrano fala com a imprensa após a chegada da irmã Amanda Berry |
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Casa foi enfeitada para a chegada de Amanda Berry |
Segundo a imprensa local, Amanda chegou à casa de sua irmã levando a
filha de seis anos de idade, que nasceu enquanto ela estava no
cativeiro. Gina, que tinha 14 anos quando foi raptada, voltou para a casa de
seu pai, Felix DeJesus.
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Amanda Berry (centro), com a irmã, (à esquerda), e a filha, que teve durante o cativeiro, posam em hospital após a libertação |
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Familiares recebem Gina DeJesus com festa |
Hoje com 27 anos, Amanda estava desaparecida desde
2003. Gina DeJesus, de 23, tinha sido sequestrada em 2004. A outra sequestrada,
Michelle Knight, de 32, estava sumida desde 2002. Segundo a emissora
"ABC", Michelle permanece no hospital.
INVESTIGAÇÃO
Os investigadores que vasculharam a casa em Cleveland onde as três mulheres
permaneceram sequestradas por uma década encontraram correntes e cordas que
eram utilizadas para prendê-las, mas, por enquanto, não detectaram restos
mortais.
O diretor de segurança pública de
Cleveland, Marty Flask, indicou em entrevista à emissora "ABC" que
por enquanto não foram encontrados restos humanos na casa de Ariel Castro, de
52 anos, que foi detido junto com seus irmãos Pedro e Oniel.
Por outro lado, o chefe da
polícia da cidade de Cleveland, Richard McGrath, apontou à "NBC" que
foram achadas correntes e cordas que serviriam para limitar os movimentos das
três vítimas.
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A partir da esquerda, Ariel, Oneil e Pedro Castro, que foram presos pela polícia |
McGrath disse que serão conhecidos mais detalhes
quando forem completados os depoimentos das sequestradas, mas adiantou que
"de vez em quando elas podiam sair ao pátio traseiro".
"O estado físico delas era
muito bom, considerando as circunstâncias", explicou McGrath, que explicou
que as três mulheres não demonstravam sinais de desnutrição, como alguns meios
informaram.
Amanda, Gina e Michelle desapareceram
entre 2002 e 2004 e podem ter passado todo esse tempo sequestradas na casa de
Ariel Castro, onde os investigadores seguem coletando pistas sobre o sistema
que as manteve escondidas.
McGrath também negou que a
polícia tenha registros de denúncias de vizinhos sobre comportamentos estranhos
dentro da casa.
Uma vizinha dos Castro indicou
que há cerca de dois anos ligou para a polícia e informou que vira uma mulher
nua engatinhando pelo pátio traseiro da casa antes que um homem a obrigasse a
entrar no imóvel novamente.
Outro vizinho informou em
novembro de 2011 que ouvira ruídos estranhos vindos da casa e assinalou que as
janelas eram cobertas com panos escuros. Na ocasião, a polícia chegou a ir ao
imóvel, mas foi embora após não receber respostas, segundo a testemunha.
Em entrevista coletiva na
terça-feira, as autoridades indicaram que não receberam pistas da vizinhança sobre o sequestro nos últimos 11 anos
e que só têm registros de dois incidentes relacionados com a casa, um em 2000 e
outro em janeiro 2004, quando duas das três mulheres já estavam desaparecidas.
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Casa onde jovens eram mantidas em cativeiro fica em Cleveland; à direita, agentes do FBI recolhem provasFonte: G1 |
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