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Ed Wílson Araújo |
Depois do petista e membro da corrente “Articulação de
Esquerda”, João de Deus Castro, criticar as sucessivas declarações de amor
de Flávio Dino ao ex-prefeito João Castelo (PSDB), agora foi a vez do destacado
dinista e integrante da tal Resistência Petista, Ed wilson Araújo, bater duro
no que considera “pragmatismo” do comunista.
Ressalta-se que tanto João de Deus quanto Ed wilson são quadros
qualificados da chamada “esquerda petista”, e ambos defendem a candidatura do
comunista ao governo do Maranhão.
Portanto, não vale os queridos leitores e
comentarista do Blog do Robert Lobato dizerem que se trata-se de
um “peniqueiro do Sarney” ou “sarnopetista”. Não, a crítica vem novamente de um
aliado do dinismo, mostrando que a cada vez que Flávio Dino distribui loas a
Castelo, mais corre o risco de perder não somente o apoio oficial do PT, mas
também da fração petista que ainda acredita que o comunista representa o “novo”
e a “mudança”.
A seguir a íntegra do artigo de Araújo.
FLAVIO DINO, JOÃO CASTELO E A
HONRA DO ATRASO
“Daqui a
pouco, com tantos aliados retrógrados, Dino vai ficar a cara do continuísmo. E
Luis Fernando pode até se apresentar como a renovação.”
Flavio Dino (PCdoB) já percebeu que só ganhará a eleição para o
governo do Maranhão se formar uma aliança ampla, sem distinção de perfis ou
coloração ideológica.
As questões programáticas já ficaram para trás. Eram
palavras-de-ordem nos tempos do movimento estudantil da UFMA.
Se fizer aliança apenas com os companheiros, Dino agrada parte do
eleitorado simpático a ele, mas não ganha a eleição.
Agora é o pragmatismo político que leva o comunista a elogiar
aquele que mais atacou, João Castelo (PSDB), fazendo com que a máxima do senso
comum ganhe o status de verdade: “todos os políticos são iguais” ou “é tudo
farinha do mesmo saco”.
Para além do óbvio, Dino está à busca do que não tem – o PSDB. A
procura pelos tucanos tem duas justificativas: o tempo de propaganda e a
candidatura de João Castelo a senador.
Flavio quer capturar Castelo antes de Sarney, que também está de
olho no PSDB, podendo até oferecer a candidatura do Senado aos tucanos. Ou a
vice-governadoria.
Nessa matemática eleitoral, Castelo, que era o símbolo do atraso,
virou uma liderança destacada e de uma importância fundamental na vitória das
oposições.
Com esses elogios a Castelo, Dino segue o caminho de Jackson Lago
(PDT) quando formou a Frente de Libertação: reuniu todos os partidos, pessoas e
resíduos que se opunham a Sarney para ganhar a eleição.
Observa-se também que a lógica eleitoral de Flavio, aproximando-se
do PSDB, é a opção que restou. A cada dia que passa, o comunista vê mais
distante o apoio do governo federal.
É quase certeza que Dilma e Lula estarão com Luis Fernando Silva
(PMDB) no Maranhão. Sem o palanque nacional dos petistas, Dino terá que se
arrumar com Eduardo Campos (PSB) ou Aécio Neves (PSDB).
PERDAS E DANOS - A tendência de Flavio é buscar
mais apoios no refugo de Sarney, fazendo um jogo perigoso.
As alianças com Waldir Maranhão
(PP), Zé Vieira (Pros), Raimundo Cutrim (PCdoB) e outras figuras estigmatizadas
como atraso, agora tidas como honra, podem levar Dino a anistiar os
adversários.
Daqui a pouco, com tantos aliados retrógrados, Dino vai ficar a
cara do continuísmo. E Luis Fernando pode até se apresentar como a renovação.
Na propaganda eleitoral de televisão, se for bem trabalhado, esse
mote corre o risco de pegar.
E a imagem de Flavio Dino com João Castelo pode ser o pior retrato
da mudança no Maranhão.
Fonte: Blog do Robert Lobato
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