![]() |
O assassino confesso de Décio Sá, Jhonatan Silva, foi levado para a sede da Superintendência Regional Polícia Federal, onde vai aguardar para prestar depoimento à Justiça |
Na manhã desta segunda-feira
(6), a Justiça do Maranhão colhe depoimentos dos envolvidos na morte de Décio
Sá na 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Desembargador Sarney Costa, no
Calhau. Os depoimentos dizem respeito ao caso da execução do jornalista em
abril de 2012 em um bar na Avenida Litorânea. O jornalista foi assassinado com
seis tiros à queima roupa (quatro tiros foram disparados na cabeça e dois no
tórax).
Segundo o
delegado da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), Augusto Barros,
o júri abordará exclusivamente o homicídio do jornalista embora o crime esteja
relacionado às denúncias com esquema de agiotagem envolvendo quarenta e uma
prefeituras maranhenses. A morte de Décio Sá foi resultado direto destas
denúncias feitas pelo jornalista sobre o esquema de corrupção envolvendo
agiotas.
Augusto Barros destacou que
doze pessoas foram indiciadas por envolvimento no crime dentre eles o assassino
confesso Jhonatan dos Santos Silva, o empresário Glauco Alencar e o pai dele José de Alencar Miranda, acusados
de serem os mandantes do homicídio. “As investigações sobre a morte de Décio
foram concluídas desde o ano passado e remetidas a Justiça. As investigações
sobre a agiotagem continuam normalmente e podem inclusive vários políticos
serão citados”, afirmou.
O delegado disse também que nas
investigações da polícia foi apontado o envolvimento de capitão da Polícia
Militar: Fábio Aurélio Saraiva Silva, o Fábio Capita, que está preso acusado de
ter fornecido a arma para o pistoleiro Jhonatan matar o jornalista. Fábio
Aurélio do Lago e Silva, o Bochecha, e José Raimundo Charles Sales Júnior, o
Júnior Bolinha, também foram indicados pela polícia como integrantes do esquema
de agiotagem. Eles teriam sido os responsáveis pela contratação do pistoleiro.
De acordo com as investigações
da polícia, o esquema começava antes das eleições. Para financiar suas campanhas, os gestores contraíam
empréstimos com a quadrilha, que, como pagamento, recebia dinheiro público por
meio de facilitação em licitações de merenda escolar, medicamentos e programas
federais.
Fonte: O Imparcial on-line
Nenhum comentário:
Postar um comentário