Após quatro meses de
análise, o ministro Castro Meira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), atendeu
o pedido de desfiliação do PMDB encaminhado pelo deputado federal Pitiman. Com
a decisão, que lhe reconheceu a justa causa para deixar o partido, o
parlamentar está livre para escolher uma nova legenda sem ter seu mandato
questionado pela regra da fidelidade partidária. Pitiman foi eleito em 2010 e
ocupou a Secretaria de Obras no primeiro semestre da gestão de Agnelo Queiroz,
mas deixou o Executivo após atritos com o governo. Com o posicionamento de
ontem do TSE, um novo cenário de forças políticas se desenha para a disputa do
ano que vem no DF.
Pitiman recebeu o
salvo-conduto dos diretórios nacional e regional do PMDB para deixar a sigla.
“Eu entendo que a atitude foi importante no sentido de reconhecer que eu passei
a ser tratado com indiferença pelo governo e pelo próprio partido”, avalia. O
deputado deixou a Secretaria de Obras após divergências com relação às
modificações feitas na Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap) e sobre o
papel da Secretaria de Obras na construção do Estádio Nacional de Brasília Mané
Garrincha.
Chapas - O parlamentar deve
desempenhar um papel fundamental na formação das chapas para as eleições do ano
que vem. Ele é um dos cotados para encabeçar a aliança de direita e aglutinar
forças de oposição, junto de nomes como o do ex-secretário de Transportes
Alberto Fraga (DEM). O Partido da República (PR), que hoje faz parte da base
governista, também deve polarizar a disputa. O atual presidente da legenda no
DF, Salvador Bispo, tem tentado a filiação dos ex-governadores Joaquim Roriz e
José Roberto Arruda (ambos sem partido).
Um dos caminhos
possíveis a Pitiman é ir para o PSDB, onde mantém estreita relação com o
senador Aécio Neves, mas ele não descarta outras alianças. “Quero iniciar as
conversas a fim de saber para que cargo concorrerei e por qual partido, mas
posso dizer que vou trabalhar por uma grande coalizão que, certamente, fará um
enfrentamento de ideias com o que está hoje posto no DF”, ressalta.
Fonte: Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário