Segundo o delegado Luís André, fraudes justificam baixo IDH de municípios. Maranhão é o Estado com maior número de crimes de agiotagem do país.
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Delegado Luís André Almeida |
A Operação realizou nesta sexta-feira (27) 10 conduções coercitivas, entre ex-prefeitos, ex-secretários e empresários. Foram apresentadas provas dos desvios de dinheiro de sete municípios: Arari, Serrano do Maranhão, Pedro do Rosário, Paulo Ramos, Cajapió, Vitória do Mearim e Turilândia. Os sete ex-prefeitos foram ouvidos.
"Esses gestores contraíam dívidas durante as eleições
para ascender ao cargo púbico, com quadrilha de agiotas. O pagamento era feito
com fraudes licitatórias, por meio de repasses federais, municipais e outros
constitucionais. O que era mais estarrecedor é exatamente o modo de pagamento,
que era muito peculiar. Muitos repassavam cheques em brancos, assinados, ou
guias de saques em brancos, o que possibilitava à quadrilha uma verdadeira
gestão dos recursos do município pela quadrilha. Era uma verdadeira transferência
de responsabilidades", disse o delegado.
A Polícia Federal confirmou, nesta sexta-feira (27) que 32
prefeituras do Maranhão estão sendo investigadas por desvio de recursos
federais comandados por quadrilhas de agiotas. "Sete ex-prefeitos foram
intimados. As outras 25 investigações prosseguem, a um ritmo que é muito
peculiar a essas investigações, pois envolve análise de contas, sigilos
fiscais, movimentações bancárias. É preciso que se aprimorem para que no
momento certo possamos intimar todos os envolvidos".
Os ex-gestores vão responder pelo crime previsto no decreto
lei nº 201, que é um crime de responsabilidade de prefeitos, que trata de
desvio de recursos públicos. "A devolução espontânea dos recursos
desviados me parece que não é clara, mas a polícia e os órgãos de controle vão
fazer seu trabalho para que seja feita a recuperação desse montante",
concluiu.
Fonte: G1MA
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