Moradores
do Distrito de Talhado em Rio Preto (SP) denunciaram a vida lamentável que
estão levando 17 maranhenses abrigados numa casa no município.
Eles
são agricultores do Maranhão que foram trabalhar como operários na construção
civil em São José do Rio Preto (SP), desde maio deste ano, com a esperança de
uma vida melhor.
Eles
vivem em situação precária, sem receber salários há três meses, em condição
análoga à escravidão, passando fome, sem medicamentos e nem mesmo cama têm pra
dormir.
Eles foram levados por uma espécie de agenciador
que consegue trabalhadores para atuarem no setor da construção civil. Só que
ele desapareceu levando o dinheiro da construtora e as carteiras de trabalho da
maioria dos operários.
Revoltados os
maranhenses que estão trabalhando na construção de casas populares de um
conjunto habitacional no bairro resolveram depredar os imóveis. Casas foram
apedrejadas e tiveram portas e janelas danificadas. Até as placas da Prefeitura
com anúncio da obra foi destruída por eles.
A construtora diz ter passado o dinheiro pra a empreiteira responsável
pela obra, mas o agenciador não foi encontrado.
Agora sem dinheiro pra voltarem para o Maranhão os trabalhadores estão
pedindo ajuda em São Paulo.
Lembrando que este é só mais um caso de trabalhadores que vão para São
Paulo com a ilusão de um trabalho digno e melhor qualidade de vida.
Em agosto 9 maranhenses morreram soterrados num desabamento de um prédio
em São Mateus, também no estado de São Paulo. As causas da tragédia ainda estão
sendo apuradas mas até o momento a construtora responsável pela obra não foi penalizada.
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