Peças publicitárias
trazem personagem transplantado há sete anos pelo Sistema Único de Saúde (SUS)
O ministro da Saúde,
Alexandre Padilha lançou, nesta quarta-feira (25), a nova campanha que marca o
Dia Nacional de Doação de Órgãos, comemorado nesta sexta-feira (27) - com as
mensagens-chave “Não deixe a vida se apagar. Seja doador de órgãos. Fale com
sua família”. A campanha tem objetivo de sensibilizar e estimular a doação de
órgãos em todo país. O Brasil é referência mundial no campo dos transplantes. Atualmente,
95% das cirurgias no país são realizadas no Sistema Único de Saúde (SUS). O
Sistema Nacional de Transplantes (SNT) é gerenciado pelo Ministério da Saúde,
pelos estados e municípios.
Nas peças da campanha
deste ano, o protagonista é Matheus Bitencourt Lazaretti, de sete anos, que foi
transplantado há alguns anos. Em 2007, a criança também participou da campanha
anual de estímulo à doação de órgãos.
Durante a solenidade, o engenheiro Haroldo Rodrigues da Costa, transplantado de rim desde 1997 dez um depoimento emocionado. Defensor da divulgação da importância dos transplantes, Costa disse que é um vitorioso por ter conseguido um doador de rim. “As pessoas que estão à espera por um transplante, assim como eu, podem vencer”, disse comovido.
Depois do transplante,
ele já participou de quatro participações no World Transplant Games, nos
anos de 1999, em Budapeste, Hungria; 2003, em Nancy, na França; no ano de 2011,
em Gothenburg, Suécia; e 2013, em Durban, na África do Sul. O evento reúne 1,5
mil participantes de 50 países, a cada dois anos. Haroldo Costa contou que foi
premiado duas vezes, nos anos de 2011 e 2013, com medalha de bronze na
modalidade tênis de dupla, disputada com Edson Arakaki, transplantado de rim.
AÇÕES – O
Ministério da Saúde vem investindo na adoção de medidas para estimular a doação
de órgãos no país. Uma foi a parceria firmada entre o MS e o Facebook, que
completou um ano no dia 30 de julho deste ano. Essa ação permite ao internauta
se declarar doador em seu perfil na rede de relacionamento. De 2012 eram 121
mil e, hoje, são 135 mil, aumento de 12% no número de internautas que se
declaram doadores.
DIVULGAÇÃO -
As peças da Campanha Nacional de Doação de Órgãos 2013 incluem vídeo para
televisão, spot de rádio, 177,2 mil cartazes, 450 mil filipetas, e-mail
marketing, intervenções na internet, no Facebook e Twitter, além de anúncios em
revistas e jornais. Também serão veiculadas peças em mídia alternativa –
televisões instaladas em elevadores e metrôs.
Para o vídeo da
campanha é exibida uma sequencia de cenas com velas que se ascendem e apagam,
simbolizando a vida que pode iluminar outras vidas. Em materiais gráficos,
informações e esclarecimentos úteis quanto ao processo de doação de órgãos. Por
exemplo, para ser doador no Brasil, não há necessidade de fazer uma declaração
por escrito, em nenhum documento. Basta conversar com a família sobre o desejo
de ser doador. A doação só acontecerá após a autorização da família.
Vários órgãos sólidos
podem ser doados, como fígado, coração e pulmão, além de tecidos (córnea) e
medula óssea. No caso de doador falecido, deve haver a constatação da morte
encefálica, diagnóstico dado por dois médicos diferentes, com a comprovação de
exame complementar, interpretado por um terceiro profissional. Portanto, não
existe dúvida quanto ao diagnóstico.
DOADORES – De
acordo com o Ministério da Saúde, melhorou a aceitação familiar quanto à
doação. A negativa para doação caiu de 80%, em 2003, para 45%, em 2012. Entre
os fatores que influenciaram essa mudança estão ações desenvolvidas pelo
Ministério da Saúde, como lançamento anual de novas campanhas, parceria inédita
com o Facebook e criação de incentivos financeiros para ampliar os serviços
habilitados.
Outro dado que reforça
essa mudança de comportamento é a de que o Brasil levou 23 anos (1987 a 2010)
para chegar a 9,9 doadores por milhão de pessoas (PMP). Já nos últimos
três anos, esse número cresceu para 13,5 doadores por milhão da população (1º
semestre de 2013). Meta do Brasil é chegar 15 por milhão até 2014. Em 2012,
esse percentual fechou em 12,8 doadores. Por outro lado, houve queda de 40% na
quantidade de pessoas na fila de espera por transplantes nos últimos anos. Os
números caíram de 64.774, em 2008, para 38.759, em 2013.
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