A ONU
(Organização das Nações Unidas) pediu nesta quarta-feira (08) uma "investigação
imediata, imparcial e efetiva" em relação às recentes cenas de violência e
decapitação no presídio de Pedrinhas, no Maranhão.
Questionado
pela Folha sobre as imagens reveladas ontem pelo jornal, o Alto Comissariado para os Direitos Humanos da
ONU disse, por meio de nota, "lamentar mais uma vez" a preocupação
com o que classifica de "terrível estado" das prisões brasileiras.
No vídeo,
filmado pelos próprios detentos com um celular, presos mostram em detalhes três
rivais decapitados. Diante das câmeras, os detentos comemoram as mortes e se
divertem exibindo as cabeças cortadas.
"Lamentamos
ter que, mais uma vez, expressar preocupação com o terrível estado das prisões
no Brasil e apelar às autoridades a tomar medidas imediatas para restaurar a
ordem na prisão de Pedrinhas e em outras prisões pelo país, bem como para
reduzir a superlotação e oferecer condições dignas para pessoas privadas de
liberdade", disse o Alto Comissariado para os Direitos Humanos, órgão
sediado em Genebra (Suíça).
Sobre as
imagens, a ONU respondeu: "Apelamos às autoridades brasileiras para
realizar uma investigação imediata, imparcial e efetiva dos fatos e processar
as pessoas consideradas responsáveis".
O Alto
Comissariado para os Direitos Humanos é a instância máxima das Nações Unidas no
combate à violação dos direitos humanos pelo mundo.
"Estamos
incomodados por saber das conclusões do recente relatório do Conselho Nacional
de Justiça, revelando que cinquenta e nove detentos foram mortos em 2013 no
Complexo Penitenciário de Pedrinhas, no Maranhão, assim como as últimas imagens
de violência explícita entre os presos libertados", disse.
Na
segunda-feira (06), o governo do Maranhão classificou as imagens da decapitação
de presos como "um ato de completa selvageria". A gestão de Roseana Sarney (PMDB)
também criticou a divulgação do vídeo.
Fonte: Gilberto Lima
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