Segundo a ação da OAB, além da indenização, deverá
ser acrescido o pagamento de pensão vitalícia de um salário mínimo mensal para
as vítimas e famílias dos mortos
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Seis pessoas foram queimadas durante ataques, 01
criança morreu
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A
OAB-MA (Ordem dos Advogados do Brasil) e Conselho Federal da OAB moveram ação
contra o governo Estado do Maranhão, nesta quarta-feira (29), em que pedem que
a Justiça Federal determine a indenização de R$ 100 mil às cinco vítimas dos
ataques a ônibus, ocorridos na região metropolitana de São Luís, no último dia
3. Uma criança de seis
anos morreu com 95% do corpo queimado e duas
pessoas ainda estão internadas em estado grave.
A
ação pede ainda que tanto as famílias das vitimas dos ataques quanto as dos 64
presos assassinados no complexo penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, que
foram mortos de 2013 até agora, também sejam indenizadas.
O
Estado do Maranhão vive uma crise na área de segurança pública, que tem como
foco o complexo de Pedrinhas. Superlotado, com
1.700 vagas e 2.200 presos, o complexo registrou 60
assassinatos de presos, sendo que a maioria deles foi ocasionada por briga
entre facções criminosas que agem dentro dos presídios maranhenses.
Segundo a ação da OAB, além da indenização, deverá
ser acrescido o pagamento de pensão vitalícia de um salário mínimo mensal para
as vítimas e famílias dos mortos.
EXIGÊNCIAS - O presidente da OAB-MA, Mário Macieira, afirmou
que a ação também pede sejam efetivadas melhorias no sistema prisional
maranhense, como a abertura de novas vagas no sistema prisional, para preservar
o direito à integridade física e moral dos presos.
"Existe a
necessidade de separar presos provisórios dos presos com condenação definitiva,
pois os novatos que ingressam no sistema são forçados a integrarem facções
criminosas para não serem assassinados", disse Macieira.
O presidente nacional da
OAB, Marcus Vinicius Furtado, afirmou que a entidade está exigirá atitudes
reais para solucionar a crise no sistema prisional do Maranhão. "Não
aceitamos promessas. É necessário que os gestores deem ênfase à questão
prisional porque hoje há um descaso dos governantes com o sistema
carcerário", afirmou.
DEFICIÊNCIAS - A OAB ainda destacou sobre o problema da
terceirização da segurança dos presídios do Estado e reforçou na ação a
necessidade de realização de um novo concurso público.
Atualmente, o sistema prisional
do Maranhão tem 382 agentes penitenciários, mas existem 1.500 prestadores de
serviço terceirizados trabalhando nos presídios. No último dia
18, o Estado anunciou a nomeação de 80 candidatos aprovados no concurso de
agente penitenciário, realizado em 2013, que destinava apenas 41 vagas.
Fonte: Uol
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