quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Detento foi esquartejado e colocado em lixeira em presídio de Santa Inês

Foi a quarta morte registrada em janeiro, a 64ª nas cadeias do Maranhão

Unidade Prisional de Santa Inês
O presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Maranhão (Sindspem), Antonio Benigno Portela, afirmou que o corpo do detento Cledeilson de Jesus Cunha, de 29 anos, encontrado morto na noite desta quarta-feira (22) na Central de Custódia de Presos de Justiça (CCPJ) de Santa Inês – a 250 quilômetros de São Luís – foi esquartejado e depois colocado em uma lixeira.
A Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap) do Maranhão informou nesta quinta (23) que investiga as circunstâncias do assassinato do detento. A suspeita é que ele tenha sido morto em retaliação à transferência de presos ligados a facções criminosas para unidades federais em Mato Grosso do Sul. 
Cledeílson de Jesus

Cunha, o “Berruga”

37 anos teve o corpo

esquartejado
Segundo a Agência Brasil, a Delegacia Regional de Santa Inês também abriu inquérito para apurar as causas do assassinato do detento, que cumpria pena pelos crimes de roubo e homicídio.
Foi a quarta morte registrada em janeiro nas cadeias do Maranhão, a 64ª nos presídios do Estado no período de um ano. As outras três aconteceram em Pedrinhas.
A crise no sistema penitenciário maranhense chocou o país no final do ano passado pelas cenas de selvageria – decapitações, esquartejamentos e, agora, enforcamento – provocadas pelo confronto de facções inimigas dentro do presídio de Pedrinhas. Para tentar conter a guerra de criminosos, o governo estadual enviou homens da Polícia Militar e recebeu o apoio da Força Nacional para reforçar a segurança e vistoriar as celas. Centenas de armas improvisadas, uma pistola e dezenas de celulares foram encontrados.
A presença da PM em Pedrinhas irritou líderes das facções criminosas, que deram ordem para bandidos atacarem ônibus e delegacias nas ruas de São Luís. Uma criança de 6 anos morreu queimada após um ônibus ser incendiado.  O Ministério Público Estadual denunciou sete acusados pela morte da menina. 

Fonte: Revista Veja

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