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Roseana Sarney reuniu-se com ministro da Justiça em São Luís |
Em entrevista coletiva no Palácio dos Leões,
nesta quinta-feira (09), a governadora Roseana Sarney (PMDB) disse,
contrariando o que afirmou o procurador geral da República, Rodrigo Janot, que
não acredita em uma possível intervenção federal no Estado devido aos episódios
de violência registrados recentemente no sistema carcerário e na capital
maranhense.
A declaração foi feita ao final da entrevista
coletiva onde foi anunciado um plano emergencial para conter a crise no sistema
carcerário do Maranhão.
“Não acredito em intervenção porque estou
cumprindo com o meu dever, como sempre fiz. Hoje o Maranhão, por exemplo,
possui o 16º PIB do país, está se industrializando e investindo fortemente em
infraestrutura, com a construção de estradas, na educação e com um plano ousado
em saúde”, disse.
INTERVENÇÃO E PLANO EMERGENCIAL - A intervenção deve ser solicitada pela Procuradoria-Geral da
República e necessita de autorização do Supremo Tribunal Federal. Só no ano
passado foram registradas 60 mortes de detentos em unidades prisionais do
Estado. Em 2014, quatro foram registradas pela Secretaria de Justiça e
Administração Penitenciária (Sejap).
Dentre as medidas anunciadas em conjunto pelo
governo maranhense e o Ministério da Justiça, estão a criação de um comitê
gestor, gerido pela governadora e supervisionado pelo governo federal, que
prevê ações integradas entre executivo, legislativo e judiciário
Além disso, o plano, que terá ações implantadas anteriormente em outros estados, prevê a remoção de presos; a realização de mutirão de defensores públicos para analisar caso a caso a situação de detentos; integração do Ministério Público e Poder Judiciário; plano de ação integrada de inteligência prisional; reforço no número de homens da Força Nacional no estado; implantação de núcleo de atendimento a familiares de presidiários (saúde, assistência psicológica); implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão envolvidos diretamente em ações de segurança; penas alternativas e monitoramento; e construção de novas unidades prisionais.
Além disso, o plano, que terá ações implantadas anteriormente em outros estados, prevê a remoção de presos; a realização de mutirão de defensores públicos para analisar caso a caso a situação de detentos; integração do Ministério Público e Poder Judiciário; plano de ação integrada de inteligência prisional; reforço no número de homens da Força Nacional no estado; implantação de núcleo de atendimento a familiares de presidiários (saúde, assistência psicológica); implantação de plano de atendimento e capacitação para policiais que estão envolvidos diretamente em ações de segurança; penas alternativas e monitoramento; e construção de novas unidades prisionais.
“Não existe família. Quem manda aqui sou eu”,
diz governadora
- Não existe família. Eu sou a governadora.
Quem manda aqui não é a família, sou eu. Vocês querem penalizar a família, mas
eu, Roseana, sou a responsável pelo que acontece no Maranhão – afirmou Roseana
ao mostrar irritação pela pergunta de um dos jornalistas.
As ações anunciadas pelo ministro da Justiça e
pela governadora, porém, não têm um impacto imediato – exceto pela
transferência de presos para penitenciárias federais, que José Eduardo
recusou-se a dizer quando se dará, quantos serão transferidos e para onde.
Entre as ações está prevista a criação de um
comitê de gestão, comandado por Roseana, mutirão da Defensoria Pública para ver
os presos que podem deixar os cárceres, interligação do sistema de
inteligência, criação de um núcleo de atendimento prisional, melhoramento no
atendimento à saúde, capacitação de policiais e implantação de alternativas
penais e monitoramento eletrônico.
Fonte: Sílvia Tereza
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