Por Lauro Jardim
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Loteando colegiado do governo |
O coração da mãe
Roseana atende pelo pomposo nome de Conselho de Gestão Estratégica das
Políticas Públicas do Governo (Congep).
Criado em 2007, o colegiado era composto inicialmente por secretários de
estado e tinha como objetivo debater e apresentar alternativas de ações de
governo. Com o passar do tempo, o número de integrantes cresceu, pulando para
quarenta e, depois, cinquenta.
Não estava bom: no dia 24 de abril, Roseana decidiu arrumar espaço para
abrigar mais 156 amigos de cidades do interior, ampliando para 206 o número de
conselheiros do Congep. Entre eles, há uma penca de correligionários de
Roseana, além de filiados a outros partidos.
Obviamente, a brincadeira não sai de graça. Cada um dos 206
representantes do colegiado recebe 5 800 reais por mês para dar as caras em uma
reunião a cada trinta dias.
A justificativa do governo maranhense: “conselheiro trabalha todo dia no contato com a comunidade e
na junção dos dados e informações de sua região que serão reunidos para
discussão geral uma vez por mês nos encontros(…)”.
O árduo trabalho do Congep custará aos cofres
estaduais aproximadamente 14 milhões de reais por
ano. Suficiente para bancar 6 400 alunos ao longo de um ano, de acordo
com o valor mínimo que deve ser gasto por estudante em 2013, estipulado pelo
MEC.
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