Afirmação, feita a portas fechadas antes da
abertura da reunião do diretório nacional do PPS, no DF
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Eduardo Campos e Aécio Neves |
O governador Eduardo Campos
(PSB-PE) afirmou ontem a dirigentes do PPS que ele e o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) vão se unir no segundo turno
da disputa à Presidência da República.
A
afirmação, feita a portas fechadas antes da abertura da reunião do diretório
nacional do PPS, em Brasília, foi confirmada à Folha por participantes da
conversa.
Principais
nomes na corrida contra a reeleição de Dilma Rousseff (PT), Campos e Aécio já
haviam acertado nos bastidores um pacto de não agressão na campanha.
O
senador mineiro preside hoje o principal partido de oposição a Dilma, o PSDB.
Em dezembro, em conversa informal com jornalistas, Aécio já tinha sinalizado a
intenção de apoiar o pernambucano caso não conseguisse chegar ao segundo turno.
Já
Campos comanda um partido que foi por quase 11 anos aliado da gestão do PT no
governo federal, o PSB, tendo ele próprio sido ministro de Estado.
De
acordo com os relatos, Campos disse haver dois motivos para que as duas
candidaturas fiquem unidas no segundo turno.
O
primeiro diz respeito às questões estaduais —PSDB e PSB devem se unir contra
Dilma e o PT na maioria dos Estados, entre eles São Paulo, Minas Gerais, Paraná
e Pernambuco.
O
segundo é o acirramento da troca de ataques entre PT e PSB, embora o
ex-presidente Lula tenha pedido a petistas para não hostilizarem o ex-aliado
como uma forma de manter as pontes.
Campos
chegou a ser chamado de "playboy mimado" na página do PT no Facebook.
Na semana passada foi classificado, embora não tenha tido o nome citado, como
"cara de pau" por Dilma.
No
seu discurso ontem no encontro com o PPS, Campos disse ter faltado
"humildade" a Dilma ao fazer essa declaração e afirmou que não levará
a disputa com ela para uma "briga de rua".
De
acordo com pesquisa do Datafolha de dezembro, Aécio era o desafiante mais bem
posicionado, com 19% das intenções de voto. Campos tinha 11%. A liderança era
de Dilma, com 47%.
Nos microfones, Campos teceu
ontem vários elogios a Aécio. "Mantemos uma relação de muito respeito
mútuo, pela qualidade do político que ele é, pela
capacidade que mostrou ao gerir o Estado de Minas.
SÃO PAULO - A conversa entre Campos e o PPS, que recentemente anunciou apoio à
sua candidatura, foi motivada pelo imbróglio em São Paulo.
O
pernambucano é instado pelo PPS a resistir à pressão da possível vice em sua
chapa, a ex-senadora Marina Silva, e apoiar a reeleição de Geraldo Alckmin
(PSDB).
Na
conversa, Campos explicou não poder melindrar Marina —que defende candidato
próprio no Estado— e ponderou que, assim como no plano nacional, PSDB e PSB
estarão juntos no segundo turno em São Paulo.
Ele
disse que a situação pode mudar caso consiga convencer o PV a apoiar sua
candidatura. Isso poderia levá-lo a endossar o nome do vereador Gilberto Natalini.
Fonte: Portal Hoje
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