Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Presidente do
Conselho Regional de Medicina do Maranhão, diz que a falta de infraestrutura é
o principal problema
O Sudeste é a região do
país que mais concentra médicos, são pouco mais de dois para cada mil
habitantes. Já na região Nordeste esse número cai e o Maranhão é o último da
lista com o pior índice, menos de um médico para atender mil pessoas.
O fato do Sudeste está
acima da média nacional se explica pela região ser bem servida de
infraestrutura e de recursos que ajudam a manter os profissionais não só nos
grandes centros, mas principalmente em regiões mais afastadas e comunidades dos
interiores de estados como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande
do Sul e Espírito Santo.
Segundo o Ministério da Saúde, dos 360 mil
médicos em atividade no Brasil em 2012, 206 mil trabalhavam na região Sudeste.
Destes apenas 4% dos registrados em conselhos estão na região Norte. A
porcentagem equivale a 0,9 médico por mil habitantes.
Cinco estados brasileiros
estão com menos de um médico para atender a quantidade de pacientes recomendado
pelo Ministério que destaca como a pior situação o Maranhão. O estado apresenta
uma quantidade muito inferior 0,58 médico para cada 1 mil habitantes, atrás de
estados como Amapá, Pará e Piauí que também estão a baixo da média nacional que
é de 1,8 médico/mil habitantes, também considerada inferior pro que é
necessário ao Brasil.
Para o Presidente do Conselho Regional de Medicina, Abdon Murad, os dados do Ministério da Saúde tentam maquiar a realidade existente na maioria dos estados do país. Segundo ele não faltam médicos, mas sim condições necessárias para a execução dos trabalhos e o atendimento ideal para a população. "Esses dados confundem a cabeça das pessoas. Na realidade no estado falta condições de trabalho, laboratórios, aparelhos, além da baixa remuneração", afirma o presidente.
De acordo com o Conselho
Regional de Medicina do Maranhão, um médico ganha em média dois mil reais por
20 horas de trabalho semanais.
"O estado tem que elaborar um plano de carreira para os médicos e oferecer condições de estrutura para que estes possam viver em regiões consideradas inóspitas, para que a família deste profissional tenha condições de estudar e ter qualidade de vida", acrescenta Abdon Murad.
A alternativa do governo
para sanar a problemática é contratação de médicos estrangeiros sem a
revalidação, prova necessária para analisar a qualificação do profissional da
saúde.
A medida está sendo amplamente contestada
pelo médicos brasileiros que
não concordam com a vinda de estrangeiros.
Nesta quarta-feira
(3) os conselhos realizaram paralização em vários estados, em passeatas pelas
ruas eles se manifestavam contra a medida do governo. Em São Luís a caminhada percorreu as ruas do centro da cidade
até a prefeitura municipal.
Fonte:O Imparcial on-line
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