terça-feira, 16 de abril de 2013

PEC-37: Gardênia Castelo afirma que proposta é um retrocesso

Dep. Gardênia Castelo afirma que PEC-37
 é uma forma de proteger  criminosos

A deputada estadual Gardênia Castelo (PSDB) ocupou a tribuna na sessão desta terça-feira (16), para expressar seu posicionamento contrário à Proposta de Emenda à Constituição, número 37, ou simplesmente PEC-37″, também chamada de “PEC da Impunidade”.

Para a parlamentar tucana, uma vez aprovada a PEC-37 “representará uma ameaça à democracia brasileira”, já que, no momento em que ela restringe as investigações apenas à polícia, estimula o corporativismo, e alimenta a impunidade, pois a gente sabe perfeitamente que a polícia, sozinha, não tem nem recursos humanos, nem financeiros, nem materiais, nem tecnológicos, para conduzir todas as investigações que diariamente desafiam a banda sadia da sociedade brasileira.

A PEC-37 está em tramitação no Congresso Nacional e tem recebido críticas de diversos setores democráticos da sociedade brasileira, pois a mesma visa limitar a atuação do Ministério Público em investigações criminais, dando exclusividade apenas à polícias civis e federais.

Gardênia Castelo afirmou ainda que a sociedade brasileira chegou a um nível de consciência cidadã em que não é possível mais retornar aos tempos em que usava-se escaramuças e subterfúgios para esconder criminosos.

“Presidente Arnaldo Melo, quero aproveitar este momento de revolta em que a sociedade brasileira se encontra e que não aceita mais escaramuças e subterfúgios para esconder criminosos, para manifestar, também, desta tribuna, meu voto contra a PEC 37, porque este projeto de emenda que tramita no Congresso Nacional em fase acelerada, dá exclusividade às Polícias Civil e Federal, para atual nas investigações criminais, afastando do processo o Ministério Público”.

Ao final do seu pronunciamento, Gardênia Castelo reforçou seus argumentos a partir de estatísticas oficiais irrefutáveis. Veja:

“O Departamento Penitenciário Nacional – Depen – órgão do Ministério da Justiça, informou em recente publicação que o Brasil tem 513.802 presos, sendo a terceira maior população carcerária do mundo. Porém – ponderou – punem-se com extremo rigor os crimes que recaem sobre as camadas mais pobres da população – cerca de 70% dos detentos cometeram crimes contra o patrimônio privado – em detrimento dos que praticaram crimes contra a administração pública, apelidados de “crimes do colarinho-branco – que não alcançam nem meio por cento da população carcerária, já que representam precisamente 0,12% dos presos, ou seja, a impressão que se tem, com a edição de uma PEC dessa natureza, é a de que, querem eliminar até este percentual inexpressivo de presos que respondem por crimes do colarinho branco”, arrematou.

Fonte: Blog do Robert Lobato

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