Walter Sorrentino,
secretário nacional de Organização do PCdoB, tem confiança na união de forças
nacionais para apoiar a candidatura de Flávio Dino (PCdoB) em 2014. “O Brasil
inteiro, as forças democráticas e progressistas torcem por ele,” afirmou. Em entrevista
ao Portal Vermelho, Sorrentino confirmou que a candidatura de Flávio Dino é
prioridade para o partido e falou de articulações nacionais para agregar ainda
mais partidos em torno do projeto de mudança no Maranhão.
Sorrentino
veio esta sexta (26) a São Luís para finalizar uma série de reuniões ocorridas
por todo o Brasil para organização de estratégias para as eleições de 2014. No
Maranhão, discutiu com lideranças locais e também dos estados do Pará e Amapá
as estratégias de atuação do PCdoB no período que antecede as disputas
nacionais em 2014.
Confira
abaixo a entrevista completa concedida ao Portal Vermelho:
Como o PCdoB nacional encara o crescimento da sigla no Maranhão?
O
Maranhão é o PCdoB que mais cresce no Brasil e é uma perspectiva
importantíssima para o povo daqui encerrar essa fase oligárquica da política do
Maranhão, que condenou o estado a um atraso muito grande e também as condições
do seu povo. E é uma alegria muito grande para o partido encabeçar essa perspectiva
com o nome de Flávio Dino, uma liderança que tem expressão nacional. O Brasil
inteiro torce por ele: As forças democráticas, progressistas do país. Então é
natural que o partido esteja crescendo muito porque representa a esperança para
o povo. Isso é uma felicidade pro partido, por estar nesse papel, por ajudar o
povo do Maranhão a superar esses anos de estagnação econômica e social.
Quais são os projetos do partido nacional para o Maranhão?
O
Flávio representa a maior prioridade para o PCdoB nacional. A eleição do
Maranhão empenha todas as energias do partido, todo o prestígio e a força
política do PCdoB nas negociações com as forças aliadas, a começar do governo
Dilma e as forças que podem se aliar a nós. É um projeto encabeçado pelo Flávio
aqui no Maranhão, mas que tem todo o empenho da direção nacional. Nos reunimos
esta semana com o Flávio e a direção estadual do PCdoB e asseguramos esse
interesse total e força total do PCdoB nacional nesse projeto.
É
uma condição que precisa fortalecer junto às forças aliadas com o PCdoB, porque
no nosso modo de ver, governar é partilhar responsabilidades e benesses, no
sentido de todas essas forças se fortalecerem. Esse é o nosso jeito de fazer
alianças e é isso que vamos colocar para as nossas forças aliadas.
Naturalmente
buscamos o fortalecimento também por outras vias, com a eleição de deputados
estaduais e deputados federais, que vão ajudar o partido a se fortalecer
nacionalmente.
A
nossa constatação é de que o país precisa, não só o Maranhão, mas que o país
inteiro precisa de uma nova arrancada pelo desenvolvimento e isso exige que se
superem alguns nós da economia e se mantenha uma ampla base de sustentação ao
governo para a reeleição da Dilma, mas com um núcleo de esquerda. É preciso que
as forças de esquerda se fortaleçam. Esse é o projeto do PCdoB e é isso que nós
esperamos também no Maranhão.
Essas negociações nacionais já estão em andamento?
Nós
precisamos atrair o maior número de forças para a renovação do Maranhão, os
diálogos para o desenvolvimento do Maranhão. É um projeto das forças
anti-oligárquicas para alinhar o Maranhão com o que acontece no Brasil depois
da presidência de Lula e Dilma. Neste fim de semana, se ultima uma série de
reuniões com os 27 estados do Brasil em que estamos fazendo um mapeamento do
nosso projeto eleitoral para 2014 e também preparando o 13º Congresso.
Com
esse mapeamento, nós pretendemos sentar com as forças aliadas da base de
sustentação de Dilma e apresentar as nossas considerações, esperar o apoio,
apoiarmos outras forças em outros estados. Então, sim, esse processo já
começou. Isso já foi conversado com o PT e com a própria presidenta Dilma e as
negociações estão em curso. Esse é um grande pleito do PCdoB nacional, que a
gente possa unir essas forças aqui no Maranhão com o concurso da base de
sustentação.
E qual a avaliação sobre o andamento das negociações até o
momento?
Há
muita compreensão de que Flávio hoje é uma liderança nacional. Não só do PCdoB,
mas no Congresso, apesar dele não ser mais deputado federal; no governo, onde
ele ocupa a presidência da Embratur. O Flávio Dino é falado no Brasil todo, é
uma liderança que extrapolou o Maranhão e o que você mais ouve das forças
aliadas é que a hora é de Flávio Dino.
Há
uma percepção de que a chance de vitória dele é muito grande e a perspectiva
dele ser o próximo governador é muito grande. Isso cria a expectativa dessas
forças estarem unidas. A sensação que a gente tem é que a maior parte dessas
forças não quer estar separada deste momento, que é uma mudança de era. As próprias
lideranças do governo e do PT reconhecem isso. Mas é um jogo político que está
em curso e cuja resultante não se pode antecipar.
Caso o PSB tenha candidato próprio à presidência com o Eduardo
Campos e Dilma Rousseff concorra à reeleição, como ficaria o palanque do PCdoB
no Maranhão?
O
PSB é uma grande força nacionalmente e no Maranhão, é um partido prestigiado,
cresceu muito nas eleições e tem uma liderança muito experimentada, que é o
Eduardo Campos, que partilhou conosco esses momentos todos de um novo Brasil
com os governos Lula e Dilma. É natural e legítimo que os partidos aspirem uma
candidatura presidencial.
Nós
acreditamos que o problema no Maranhão adquira uma certa especificidade, pois
põe em questão uma mudança de era contra a oligarquia e isso alia o Brasil ao
Maranhão. Acredito que, se for confirmada a candidatura do Eduardo Campos, que
ainda não é confirmada, as forças saberão se entender no sentido de colocar a
unidade para o Maranhão.
Mesmo
que haja vários palanques nacionais, de apoio a Dilma, de apoio ao Eduardo, a
unidade em torno do Maranhão continuará, porque é o estado em que restou mais
retardado na renovação que aconteceu em todo o Brasil. Portanto, não vejo
problema nisso. É uma questão que as forças saberão compor uma engenharia
política que resguarde os interesses da unidade do Maranhão em torno de Flávio
Dino e as diferenças em torno de, eventualmente, candidaturas diferentes a
presidente.
Fonte: Blog do John Cutrim
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