quinta-feira, 11 de abril de 2013

Decisão do TSE também deve alterar número de deputados estaduais


Pela Constituição, composição das assembleias está ligada à da Câmara. Novo cálculo altera o número de deputados de 13 estados. Cabe recurso.

A decisão do Tribunal Superior Eleitoral que redividiu a composição dos parlamentares na Câmara dos Deputados também deve alterar o número de cadeiras nas assembleias legislativas estaduais a partir de 2015.

O novo cálculo que altera o número de deputados federais de 13 estados foi feito com base dos dados do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Atualmente, a divisão das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados tem por base a população dos estados em 1998. 

Pela Constituição, o número de deputados das assembleias estaduais está diretamente ligado à representação do estado na Câmara dos Deputados.

“O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze”, diz o artigo 27 da Constituição.

Pela nova conta, as assembleias de 13 estados também vão ter um novo número de deputados.  No entanto, estados já informaram que pretendem questionar a nova norma na Justiça e tentar derrubar a decisão.  A Câmara dos Deputados também estuda entrar com ação contra a decisão do TSE.

Alagoas, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, Paraíba e Piauí devem perder cadeiras. Já Amazonas, Ceará, Minas Gerais, Pará e Santa Catarina devem ter mais deputados.

Para Márcio Silva, advogado especialista em direito eleitoral, deve-se aguardar a decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a constitucionalidade da decisão do TSE para que se saiba o número de deputados de cada estado a partir de 2015.

“É a primeira vez que o TSE decide algo assim.  Enquanto o Supremo não se manifestar sobre a constitucionalidade da decisão,  ficamos na expectativa. Também não dá para gerar registro de candidaturas, que são proporcionais ao número de vagas”, disse Silva.

Assembleias - Nas assembleias, os estados que mais devem perder deputados são Piauí e Paraíba, que vão deixar de ter 6 cadeiras cada um, seguidos de Espírito Santo e Alagoas, que devem perder três, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, que terão um deputado a menos.

Já o estado que mais deve ganhar cadeiras a partir das eleições de 2014 é o Pará, com quatro, seguido do Amazonas, com três, Ceará e Minas Gerais com duas, e Santa Catarina com uma.

O TSE informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não fez o cálculo com base no artigo 27 da Constituição para saber quantos deputados estaduais cada unidade da federação vai ter a partir de 2015.

Segundo o TSE, a resolução com as instruções para a eleição de 2014, com a nova composição dos deputados, deve ser divulgada em outubro deste ano.
Fonte: G1

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