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Dilma Rouseff, Eduardo Campos, Marina Silva e Aécio Neves |
Faltam cerca de 20
meses para a eleição presidencial de 2014. Esse prazo dilatado impede
vislumbrar cenários futuros com precisão, mas a presidente Dilma Rousseff já passou
da metade do mandato e o Congresso acaba de escolher seus novos
dirigentes.
A partir de agora, só
um assunto dominará a política: quem serão os candidatos na corrida pelo Planalto.
Há quatro nomes mais
evidentes e com o bloco na rua. Dilma quer concorrer à reeleição. O senador
mineiro Aécio Neves é até o momento a principal aposta do maior partido de
oposição, o PSDB. Na corrente da renovação da política, Marina Silva está
prestes a lançar sua própria legenda e pretende disputar o Planalto. Por fim, o
governador de Pernambuco e presidente nacional do
PSB, Eduardo Campos, também está hoje dentro do jogo.
O
campo das especulações também é vasto. O ex-presidente Lula é sempre citado por
uma facção paulista do PT ""embora ele já tenha declarado que não
pretende disputar cargos em 2014.
Pelo menos outros dois
nomes aparecem na bolsa de apostas com alguma frequência. Um deles é o do
presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. O outro é o do
ex-deputado federal Fernando Gabeira, que é filiado ao Partido Verde. Não está claro se ambos estarão na disputa presidencial.
Desde o fim da ditadura militar (1964-85), o Brasil já teve seis eleições presidenciais diretas. A menos imprevisível até agora foi a reeleição de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 98. Ele sempre foi o favorito e ganhou.
Desde o fim da ditadura militar (1964-85), o Brasil já teve seis eleições presidenciais diretas. A menos imprevisível até agora foi a reeleição de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 98. Ele sempre foi o favorito e ganhou.
Já a reeleição de
Lula (PT), em 2006, demorou um pouco mais para se consolidar. Em 2005 foi o ano
do mensalão e havia dúvidas sobre as chances de vitória do petista.
Nas
outras disputas, os cenários estavam muito incertos a 20 meses do dia da
eleição ""como hoje. Em fevereiro ou março de 88, Fernando Collor nem
aparecia entre os possíveis candidatos, mas ele foi eleito em 89. Em 93, o
favorito era Lula, mas quem venceu em 94 foi FHC.
Mesmo
faltando 20 meses até a eleição e com a imprevisibilidade natural em torno do
cenário da sucessão, há alguns fatores vitais que são conhecidos na definição
dos nomes para 2014.
Três são os
mais relevantes, não necessariamente nessa ordem: o estado geral da economia, a
popularidade de Dilma e a capacidade de cada postulante ao Planalto de fazer
amplas alianças partidárias.
No
caso da economia e da popularidade presidencial, há um mistério ainda não bem
explicado. O desempenho do Brasil não tem sido bom, mas Dilma permanece bem
avaliada. Uma resposta para o aparente paradoxo é que o nível de emprego continua alto. Mas ninguém se arrisca
a dizer quanto tempo esse cenário persistirá.
No
caso das alianças, o PT conseguiu em 2010 montar a mais ampla coalizão formal
desde o final da ditadura. Dilma Rousseff foi apoiada oficialmente por dez
partidos.
Esse
arco de legendas hoje parece um pouco menos propenso a marchar com o PT em
2014. O PSB, com Eduardo Campos, pode ser o primeiro a sair. E o PMDB, o maior
de todos, é constantemente assediado por outros projetos de poder.
No
comando da Câmara e do Senado pelos próximos dois anos, o PMDB deve aumentar
seu apetite por cargos. Ao mesmo tempo, Dilma terá de acomodar as demais
siglas. A habilidade da presidente para satisfazer a fisiologia de seus aliados
determinará o tamanho de sua coalizão eleitoral em 2014.
Fonte: O Imparcial on-line
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