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Fialho colocou ainda mais dúvidas sobre os convênios |
Pálido
e nervoso, ao ponto de não conseguir responder objetivamente nenhuma das
perguntas formuladas pelos deputados de oposição, o secretário de Desenvolvimento
Social e Agricultura Familiar, Fernando Fialho (PMDB), compareceu nesta tarde
de segunda-feira ao plenário da Assembleia legislativa e colocou ainda mais
suspeitas sobre os convênios realizados com entidades fantasmas para fazer
“caixinha” para a campanha eleitoral em 2014.
Ao
contrário do que o plenário esperava, Fialho nada soube informar sobre o
critério para a escolha do Instituto Ação Social Vera Macieira para execução de
obras de melhoria de caminhos de acesso ao povoado fantasma “Trechos”, no
município de Raposa, no valor de R$ 5 milhões e nem sobre esclarecer nada sobre
as empresas que venceram a licitação, uma vez que o endereço fornecido pela
Vera Macieira simplesmente não existe.
O
secretário confirmou todas as denúncias da oposição ao afirmar que houve erro
material na elaboração dos contratos. Para o líder da oposição, o convênios
feito com a Vera Macieira não se trata de erro formal porque não foi sequer
publicado no Portal da Transparência para evitar que alguém fiscalizasse.
A
sinecura com a entidade Vera Macieira, ao que tudo indica, foi feita sem
transparência. No ato da assinatura do contrato, o governo repassou para o
Instituto R$ 1,8 milhão e uma segunda parcela no valor de R$ 1,2 milhão. Um
detalhe, porém, chama a atenção: os dois pagamentos não constam no Portal da
Transparência.
Acuado
pela oposição e sem ter como responder aos questionamentos, não restou a Fialho
outra alternativa senão anunciar que autorizou uma auditagem no convênios e
que, caso seja comprovada a irregularidade, poderá cancelar o contrato.
O
secretário tomou a atitude após ser confrontado com a verdade e ver o líder da
oposição, Deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) solicitar a revogação do título
de utilidade da entidade por fraudar informações. Rubens Júnior mostrou a
Fialho que no local onde deveria funcionar a Vera Macieira existe apenas um
terreno com mato e que o CNPJ pertence a outra empresa.
Diante
do que foi exposto, o deputado Marcelo Tavares disse está seguro de que a Vera
Macieira é uma entidade fantasma que recebeu R$ 5 milhões do governo Roseana. Marcelo denunciou ainda outros 105 convênios
suspeitos que não foram publicados no Portal da Transparência e que somente
após a denúncia da oposição é que publicaram uma série de erratas no Diário
Oficial.
“Duvido
que V.Exª tenha feito misso sem ordem superior. Estou lhe usando para fazer
caixa para a eleição que não é sua. Não deixe que lhe utilizem e nem permita
ser utilizado por quem não está preocupado com V.Exª. Estão lhe usando para
fazer eleição. Ele vão se eleger e V.Exª como é que vai ficar? Acho que V.Exª
está sendo mais uma vítima”, observou Tavares.
Ao
final do seu pronunciamento, Marcelo Tavares advertiu que se Fernando Fialho
continuar pagando contratos suspeitos estará sendo conivente. Na mesma pegada,
Othelino Neto (PPS) lamentou que o governo tenha dado preferência a conveniar
com entidades fantasmas ao invés de conveniar com as prefeituras. Essa foi
outra pergunta que ficou sem resposta.
No
momento em que o secretário prestavam seu depoimento, um grupo de manifestantes
se concentrou em frente ao Palácio Manoel Bequimão gritando palavras de ordem
contra a corrupção. O movimento "Dia do Basta! Marcha Contra a
Corrupção" foi às ruas no final da tarde de hoje para protestar contra a
falta de honestidade do governo.
Fonte: Blog do Jorge Vieira
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